quinta-feira, dezembro 20, 2007

Yings e yangs

Hoje fomos visitar o bebé João, nascido há pouco mais de uma semana, filho de uma grande amiga, companheira de tantas boas e más horas. Ele é pequeno, tão pequeno, com aquilo que parecem ser umas almofadas na planta dos pés e um nariz igual ao da mãe, àquele mesmo que sempre a aborreceu e que ela agora revê em pequenas dimensões com um imenso orgulho...
Os meus amigos, três numa casa que agora decerto parece nova, estão felizes, tão, tão felizes...
Novamente a lembrar que o mundo e a vida são feitos de yings e yangs (será assim que se escreve?), uma outra grande amiga ligou mais tarde a desejar os parabéns atrasados e disse que o seu avô tinha partido no sábado passado. De voz tão tristinha, a minha amiga vai ter agora de reaprender a continuar a caminhar, com certeza não tão bem acompanhada... e, como eu, provavelmente interrogar-se-á daqui a um ano sobre como o fazer...
Eu cá estou, de coração disforme (porque «as alegrias partilhadas são alegrias redobradas e as tristezas partilhadas são tristezas divididas»), com duas grandes amigas, também a recordar-me. Ying e yang.
Rita

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Poema à chuva

Chuva.
Roupa na máquina.
Mais de duas horas a chegar.
Bateria do carro a mostrar-se descontente.
Falta, trabalho para entregar noutro dia, a Prof. aproveitou e saiu mais cedo.
Dúvidas sobre os presentes, que nas filas de trânsito o tempo é muito para pensar.
Lembram-se assuntos que estavam adiados para melhores dias.
A discussão que fica cá dentro mas mandam-se umas bocas.
Chuva na rua.
Chuva da alma.
Ana Cristina

terça-feira, dezembro 18, 2007

Os últimos dias ...

Desde sexta que entre os turnos, as prendinhas, uma tarde de visita que durou até às onze da noite e umas festinhas, não tenho tempo de aqui vir deixar umas palavras.
De realçar o lanche de domingo com uma menina que visita este cantinho muitas vezes. Foi divertido e lá teremos nós de marcar outros, não é Rute?

Mas não posso deixar de lembrar que a minha maior amiga fez anos ontem. A Rita, a minha princesa, apagou as suas velas com ajuda da Alice, a princesa-herdeira. Fotos? Desta vez não há, que eu estava dedicada a cantar os parabéns e lembrar velhas festas de aniversário, com hinos cantados de forma estridente. Desta vez portei-me bem...

Hoje e amanhã serão dias dedicados à Tese.

Ana Cristina

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Venho cá só para dizer que estou um pouco apalermada com o facto de, num dos telejornais, haver uma notícia sobre o facto dos cães do Bush terem feito um filme e serem nomeados guardas-florestais ou assim qualquer parvoíce do género... não querendo dizer que outros canais ofereçam uma maior qualidade, foi um alívio perceber que em outro se discutia de forma séria os últimos homicídios na noite portuense... ufa, por momentos pensei que tinha caído (mais uma vez) numa realidade paralela (como às vezes acontece, enfim)...
Rita

20.000 visitas

Parabéns D.
Ficámos muito contentes por a menina premiada ser uma visitante tão assidua e tão comentadora como tu. Em breve receberás o teu presentinho. E estás convidada para, se quiseres, fazer um post para nós editarmos aqui neste nosso espaço. Escreve o "teu post" (se quiseres com foto) e envia-nos esse post por mail. É escolha tua, nós só serviremos de meio de publicação.
Rutinha:
Não fiques triste. Também gostamos muito das tuas visitas, assim como adoramos ler o teu diário e ver as tuas criações.
Beijinhos para as duas comentadoras do último post.
Ana Cristina

terça-feira, dezembro 11, 2007

Visita especial

Lanço o desafio da visita nº 20.000, que estará para muito próxima.
Essa visita especial receberá um presentinho das Oficinas RANHA, que já está a ser preparado.
Amigo/a identifica-te, manda-nos os teus dados e um envelope aparecerá em tua casa, para que não te esqueças do nosso cantinho na blogosfera.
Até breve; AnaCristina

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Medos

Até hoje a Alice não tem sido mocita de muitos medos. Chegou a dizer que tinha medo de algumas coisas, mas com um distanciamento afectivo que denotava que se encontrava mais a experimentar afirmações do que sentimentos.
No entanto, ou não fosse próprio da idade, começou a descobrir medos reais nos últimos tempos. Um dos primeiros (ou dos últimos, dependendo da perspectiva), foi o medo da sombra.
Numa manhã de fim-de-semana, enquanto experimentamos diversas brincadeiras uns com os outros na cama, a Alice resolve acender um dos candeeiros e, divertida, olha para os jogos que fazemos na parede, usando a sombra das mãos. Lembra-se de acender o outro candeeiro, e vira-se para ver novamente a parede. De repente, com um olhar de pânico, vê a sua própria sombra, destacando-se, enorme. Começa a gritar que tem medo, agarrando-se a nós. O medo é real, está bem patente na expressão.
Claro que não há truques infalíveis para os ensinar a lidar com estas coisas. Entretanto, a Alice já demonstrou medo de outras coisas, nomeadamente de alguns desenhos animados, mesmo para a idade dela (ai o Pimpão, do dvd da "Escolinha de Música"!). Nessas alturas, o que parecem esperar de nós difere de momento para momento e é estranho. Em algumas ocasiões quer que eu esteja ao seu lado e que altere as circunstâncias do que a amedronta. Em outras, parece querer olhar para o que lhe faz medo, de frente, como quem percebe que conhecer bem o obstáculo, mesmo que de longe ou de mão dada, seja o primeiro passo para o vencer...
Com a sombra, o medo passou inesperada e repentinamente, fins-de-semana mais tarde,
no momento em que percebeu que podia dizer-lhe adeus... literalmente... Ou seja, quando percebeu que a sombra era uma espécie de duplo e soturno ego que, no fundo, não faz mais do que repetir o que lhe ordenamos... e, por isso, responde ao adeus... no quarto, no corredor, na sala, na rua...
A transição de sentimentos foi tão engraçada que não consegui impedir-me de ir a correr buscar a máquina e registar o momento de valentia.
Rita

domingo, dezembro 09, 2007

Quadro do dia

Nós os três na festa de Natal do nosso amigo Tomás, 4 anos.
Um Pai Natal à saída a distribuir congéneres de chocolate (enormes...!) e prendas.
A Alice a arrancar o topo do chapéu do seu Pai Natal à dentada. A Alice, isolada do resto do mundo, a comer quase um terço do boneco.
A Alice, depois de nos entregar o Pai Natal sem cabeça, a requisitar ao de carne e osso o livro de prenda a que pensava ter direito. O Pai Natal humano a fingir-se despercebido, era só para os meninos da escola.
A nossa amiga Inês, irmã do Tomás, do alto dos seus experientes 9 anos, a sentir-se na necessidade de consolar a Alice, fazendo até uma festinha na cabeça: «Deixa lá Alice, eu se receber assim uma prenda daquelas que não gosto muito, depois dou-te, está bem...?».
Rita

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Desabafo dos bons:

Todas as vezes que vou deitá-la (e que costuma ser mais cedo do que foi hoje, mais uma vez caímos na esparrela de pensar que nos irá deixar dormir um pouquito mais amanhã por se deitar mais tarde hoje... não há patranha pior do que esta de que nos convencemos, olhando para o nosso caso... COM ELES ISSO É INVERSAMENTE PROPORCIONAL AO QUE ACONTECE CONNOSCO, não se esqueçam) penso no bom que será dormir ali, naquela caminha pequenina, enroscadinha nos amigos (eu que dormi com amigos até ao dia em que saí da casa dos meus pais) de todas as noites, ainda para mais agora, com aqueles lençóis de flanela e o edredon das girafas que a avó fez... e a música, a música da caixinha pendurada na grade... ai, ai... seria bom às vezes ser pequenina e levarem-nos ao colo para a cama, e deitarem-nos com beijinhos... e ouvir dizer para dormir um sono grande que amanhã estamos todos juntos para brincarmos muito...
Rita

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Hoje estou cansada

Perdi algures o fato de super mulher (que todas nós temos escondido) e sinto-me cansada. Cansada o suficiente para de repente me esquecer do que fiz de importante na segunda-feira. Cansada por ter que ouvir algumas coisas e ter que manter sempre o ar profissional, sem disparatar, ralhar e não acreditar. Cansada por ter de me sujeitar a outras a que ainda não estou habituada (quererei estar? terei de estar?). Cansada por não ter "tempo" para ela como quereria e como de certeza que merece. Cansada por outros terem esgotado todo o "tempo" que tiveram e que deixaram de merecer. Cansada por não me apetecer tanta coisa por estar cansada.
Mas estou bem porque os dias têm sido produtivos, surpreendentemente agradáveis e até facilmente resolvíveis... Só tenho pena que, algo mais ou menos inevitável quando se chega aos trintas, já faça parte do grupo de pessoas em que se olha para a cara delas e se veja que estão cansadas...
Rita

segunda-feira, dezembro 03, 2007

No banho...

Desde que o João partiu o pulso, a Fera, sabe-se lá porquê, passou a acompanhar-me ao banho. Segue-me (deve perceber perfeitamente que só lhe dou de comer depois) e desafia as leis da gravidade como só os felinos sabem fazer, ao subir para cima do resguardo da banheira... quem não sabe que a Fera pesava até há pouco tempo (antes da dieta) quase oito quilos, não desconfiará da habilidade que isto é...
Como nós, humanos, somos muito dados a exibir as coisas tão giras que os nossos fazem, há muito tempo que queria mostrar isto aqui. Mas a verdade é que a Fera raramente o faz com outras pessoas a tomar banho e eu não costumo levar a máquina comigo para o duche. Parto do princípio que isto é mais uma das coisas que fazem parte da nossa cumplicidade, ela a subir lá para cima e ficar a mirar-me durante o tempo todo em que tomo banho e a descer no momento imediato em que puxo a toalha para me limpar... e gosto mais uma vez, aliás, gosto sempre...
Rita

sábado, dezembro 01, 2007

ONTEM

Estive, mais uma vez de greve.
Em luta pelo direito a manter um nível de vida médio baixo.
Em luta pelas colegas que começam um contracto de seis meses e não sabem o que será da vida delas dentro de seis meses e um dia.
Em luta pelo direito ao reconhecimento de uma profissão onde é necessário ser licenciado mas se recebe como bacharel.
Em luta pelos meus utentes, que têm direito a ser cuidados por pessoas bem integradas, bem tratadas e reconhecidas.
... em luta por muitos outros motivos.
Ontem estive em greve e fiz parte dos 22%, segundo números oficiais, das pessoas descontentes pelas medidas políticas dos últimos anos, em relação aos funcionários públicos.
Ontem estive em greve e mais uma vez vi o quão mentirosos podem ser os números oficiais.
Ontem estive em greve num dia tão atarefado que nem deu para vir aqui.
Mas estou cá hoje.
Ana Cristina

quarta-feira, novembro 28, 2007

Em casa, com ela doente

Os períodos mais longos (três dias, uma semana) com a Alice em casa, doente, têm variado com o tempo, à medida que ela cresce.
Já não é mais a bebé que dorme a grande maioria do dia na sua caminha e quartinho. Agora, os nossos dias juntas, com ela doente, são feitos de muita coisa. Alguma brincadeira, alguma leitura, alguns jogos - entretenimentos que duram pouco tempo cada um e sucedem-se a uma velocidade difícil de satisfazer. Remédios tomados à colher. Muito tempo deitada no sofá, ou aninhada no meu colo, comigo sentada no sofá. Muito mimo, mãos entrelaçadas, beijinhos, festinhas, dependência, interdependência. Provavelmente algum cansaço uma da outra no final de um dia.
No entanto, estes períodos continuam a deixar a mesma marca, daquelas indeléveis e intimamente dolorosas. No dia em que tenho de sair da nossa reclusão e deixá-la, na melhor das hipóteses na escola, na pior delas, em casa com o pai ou com os avós, vou trabalhar de coração domiciliado, com nó na garganta e ruga na testa, uma imensa saudade, uma imensurável falta, um sentimento quase orgânico. É já amanhã, eu vou, ela ainda fica.
Rita

terça-feira, novembro 27, 2007

Verde...

Sabem aqueles momentos que ficamos a saber algo que se passa à distância, mas não tão distante assim, que nos faz ficar verde de raiva e saber que arriscamos azedar todo um serão...?! Grrrrrr!!!!!!!!!
Rita

segunda-feira, novembro 26, 2007

Frio

Por cá, o tempo do frio chegou mesmo...
E sabemo-lo porque:
- começa a apetecer a camisola interior a tapar o final das costas;
- entrámos na casa dos meus pais e achámo-la mais gelada do que a rua;
- durante o tempo que estivemos na casa dos meus pais pensámos mais do que uma vez como é que tínhamos conseguido ali sobreviver durante tantos anos;
- quando saímos da casa dos meus pais, concluímos pela sabe-se lá quanta vez, que era a casa mais fria que conhecíamos;
- já tive necessidade de, em momentos mais calmos cá por casa, vestir um robe por cima do polar que tinha por cima da t-shirt;
... e, principal e infelizmente, porque a Alice já está novamente doente, cheia de tosse e com febre, em casa.
Rita

sábado, novembro 24, 2007

Sugestão

Ouvimos falar pela primeira vez na "Kid to Kid" há uns meses, mas a verdade é que ainda não tínhamos tido oportunidade de a conhecer ao vivo. Hoje lá fomos e voltámos com as mãos cheias de coisas e a cabeça com a certeza absoluta de ser um projecto útil e que se recomenda.
A "Kid to Kid" é um loja com alguns (poucos...) pontos de venda em Portugal, que vende artigos para criança em segunda mão. Os artigos estão em boas condições e os preços são bastante (bastante mesmo!*) módicos. Encontra-se todo o tipo de marcas e todo o tipo de produtos: roupa, sapatos, carrinhos para bebé, brinquedos, cadeiras auto, banheiras, roupa de grávida... até uma bicicleta cor de rosa da Barbie que a Alice fez questão de que caísse para cima de si quando, à sucapa, a tentava montar...
Claro que, assim como vende, compra a quem tiver em excesso nas suas casas e não saiba o que fazer com o tanto que as crianças parecem exigir, principalmente nos primeiros anos de vida.

Numa altura em que o nosso Presidente começa a interrogar-se sobre a baixa de natalidade no país, e acreditando que as cabeças pensantes que nos regem demorarão algum tempo a permitir-se debruçar-se sobre as questões que isso levanta (será porque não se tem suficientes apoios para investir na paternidade? será que é porque se recebe menos de IRS quando se é um casal? será que é porque os preços só aumentam quando os salários parecem estar numa constante diminuição? será que é porque não há creches do Estado? enfim, será tudo isto e ainda mais?? Ná...), este blog surge assim na vanguarda de quem precisa... porque afinal somos todos nós... e deixa aqui uma sugestão útil para as poupanças de cada um (e para o Natal que se aproxima, porque não?)...
Rita
*por módicos significa que paguei bem menos do que 10 euros por cada peça de roupa que trouxe, inclusivamente vestidos da marca Clayeux e calças jardineiras

sexta-feira, novembro 23, 2007

...

Numa quase repetição deste post, constato que tenho andado pouco interventiva neste espaço. A inspiração para a escrita tem-se esgotado nos trabalhos escritos, e com as pesquisas para a tese. O desânimo para deixar aqui umas palavras vai-se com as desilusões com o projecto. Se a tese é como um filho, até para este está difícil engravidar.

E mais uma vez prometo fazer um esforço para voltar com maior dedicação, apesar das limitações. Espero em breve poder lançar um desafio.
Ana Cristina

quinta-feira, novembro 22, 2007

O que é tradicional é bom...


O bilboque ou lá como raio se chama, foi trazido de uma FIA. O equilibrista foi oferecido à Alice pelo meu pai, não faço ideia de onde vem. O carrinho foi uma aquisição da minha mãe nesta última Festa do Avante.
Lembro-me do Miguel dizer que a mãe dele gostava de dar brinquedos tradicionais, de madeira e toscos, como prenda de aniversário. Lembro-me até dele ter a ideia que os miúdos até preferiam, dada a invulgaridade.
A mim, continuam a fascinar-me. Talvez um miúdo ache mais giro ter um carrinho para os seus bonecos feito de plástico e semelhante ao seu... eu gosto que a Alice tenha este e a verdade é que tem tido grande sucesso na miudagem que vem cá a casa.
Quanto ao equilibrista, ou ginasta, ou como quer que lhe queiramos chamar, não tenho qualquer dúvida sobre como a irá divertir, porque eu mesma me recordo de ficar imenso tempo diante de um parecido. E sei que o bilboque também não nos irá desiludir, é um entretenimento para todas as idades (incluindo a nossa, a dela e todas as intermédias... pelo menos).
Acho que, mesmo que não tivesse filhos, iria ter alguns destes brinquedos, os tradicionais, de madeira e um pouco toscos, que um pouco por todo o lado ainda se encontram nas feiras portuguesas... são lindos... talvez não aprovados pela União Europeia ou pela ASAE, mas lindos...
Rita

segunda-feira, novembro 19, 2007

domingo, novembro 18, 2007

Barro

Há umas semanas fomos fazer um atelier de barro.
Encontrei o Espaço Azul na Agenda Cultural de Lisboa, quando pesquisava por actividades para a levar a fazer. O barro pareceu-me interessante e lá rumámos à baixa lisboeta num dos últimos Domingos.
A Alice era a mais nova de todos os meninos presentes e aprendemos que a experiência com ela é isso mesmo, uma experiência. Aos dois anos, uma miúda não vai fazer nada com os pedaços de barro que lhe entreguemos, só mexer, apalpar, calcar, esticar, dividir. E mesmo assim, é muito engraçada a observação do contacto que faz com o material, a forma como se surpreende, como começa a tocar com um dedo e sai de lá com as duas mãos todas sujas.
Saímos satisfeitos por descobrir coisas importantes. Que, para não causar resistências futuras, não se insiste com uma criança quando esta se cansa de um material, mesmo que só o esteja a experimentar há quinze minutos. Que existe beleza no toque de uma coisa diferente, mesmo que não seja com o objectivo de dali criar algo - é algo que esquecemos e tornamos a lembrar com os miúdos. Que o pai tem muito mais jeito do que alarda e que das suas mãos saem coisas muito giras. Atelier de barro, aprendizagem em família.
Rita

sexta-feira, novembro 16, 2007

Um não post

Como não tenho comentários hoje não faço nenhum post. Não me apetece.
Ana Cristina

quarta-feira, novembro 14, 2007

Depois das pinturas

Os livros aguardam, num local que não serve habitualmente de estante, um armário novo. A estante anterior serviu para subir umas prateleiras às outras, porque o numero de livros continua a crescer e à contagem anterior já se acrescentou mais uma mão cheia.

A escolha do armário/estante torna-se urgente. É que, cá em casa cozinha-se pouco, mas não tarda a cheirarem a refogado...

Ana Cristina

terça-feira, novembro 13, 2007

Já há muito tempo que começámos o dito treino para deixar as fraldas... Mesmo sem stressar muito com o assunto, achei que fosse ser mais fácil... quer dizer, achei que as coisas acontecessem todas naturalmente e nos últimos tempos tenho pensado que devia, sem emprestar muitas expectativas ao procedimento, empenhar-me mais...
Balanços do "até agora" que me venham assim à cabeça de repente: já tivemos (pais e filha) direito a uns xixis pelo chão; estamos apaixonadas (mãe e filha) pelas cuecas minúsculas e gostamos (filha) de as usar sempre, mesmo que por cima da roupa ou na cabeça; pomos (mãe e filha) várias vezes por dia os bonecos no bacio minúsculo que herdámos (filha, da mãe e da tia); já nos ouvimos dizer (pai e mãe) que comprávamos aqueles três pacotes de fraldas e que não devíamos comprar mais (os pacotes cujo resto está lá dentro no armário, quase no fim)...
Das histórias várias para contar, a melhor foi a de ontem, quando a Alice se lembrou de se querer sentar cinco (!) vezes seguidas (!) no redutor da sanita para fazer cocó... e fê-lo, de todas as ditas cinco vezes!!!!!! (satisfeitíssima a sair para o chão, depois de limpinha, para olhar a sua obra e a seguir dizer: quelo mais...)
Rita

domingo, novembro 11, 2007

Rotinas

Cá em casa os fins de semana são dias de organizar máquinas de roupa. O processo implica toda a multiplicidade de variados jogos que imaginar se possa desde que envolvam o cesto da roupa suja, os alguidares e peças de vestuário espalhadas por todo o lado...
Rita

sábado, novembro 10, 2007

Desencontros... e encontros

Então não é que hoje, passadas três semanas desde o momento em que a utilizámos pela última vez e duas desde a altura em que a pensámos perdida (demorámos um tempo a perceber porque julgávamo-la numa outra casa), reencontrámos a nossa máquina fotográfica?! No fundo, bem no fundinho da mochila anexa à Alice, onde sempre pensámos que a tínhamos guardado, lá estava ela, à espera de uma mão mais expedita que ali a procurasse, ali precisamente naquele fundo... Será que o "anjinho das coisas perdidas" cá de casa andou a tirar fotografias com ela...?!
Rita

quinta-feira, novembro 08, 2007

A minha ou nossa caixa, ainda não percebi...


Gosto de caixas - de todas, até das de cartão - por aquilo que representam, porque lá dentro se pode guardar tudo, todos os segredos, todos os mistérios...
Gosto de caixas de lata pelo toque que têm, o barulho típico que fazem, porque me trazem à lembrança bolachas e o antigamente...
Gosto destas porque são todas absolutamente maravilhosas, em todos os seus ângulos e linhas rectas e cores e desenhos, todas absoluta e completamente perfeitas (*)...
Gosto especialmente desta porque é a da Alice, da "minha Alice", da Alice que é muito minha. Sem lhe pedir autorização peguei-lhe, sem me pedir autorização ela colou-se-me às mãos... e tive de a trazer.
Rita
(*) e caras, mas isso nem sempre pode contar...

quarta-feira, novembro 07, 2007

Pinturas

No outro dia convidaram-nos a subir as escadas e a experimentar pintar com os dedos.
Tirando as experiências da escola, este foi o primeiro feito desse tipo da Alice na vida doméstica. A mim ajudou-me a desmistificar a grande sujidade que eu pensava que iria ficar, a preparação prévia que teria de fazer de determinado espaço, os cuidados que me exigiriam todos os móveis e objectos. Tendemos demasiadas vezes a pensar no trabalho que vamos ter e não no prazer que retiraremos e faremos retirar de determinada actividade. Por essa razão, é prática que teremos de repetir e, porque não, partilhar... para não deixar a primeira pintura abandonada sozinha nos azulejos da cozinha.
Muito obrigada Joana. Muito obrigado R.
Rita

segunda-feira, novembro 05, 2007

Experiências na cozinha


Porque há uns tempos atrás ouvi alguém dizer que desde muito cedo levava a filha para a cozinha, resolvi experimentar.


Receita de Bolo de Chocolate
- vestir a filha com roupa prática
- pelo sim pelo não, pôr também o avental magnífico dado pela tia Pocahontas (onde andas que nunca mais apareceste por aqui?!)
- sentá-la na bancada
- deixá-la mexer os diversos ingredientes
- deixá-la mexer nos diversos ingredientes
- preparar-se para as descontrações, desconcentrações, descordenações e os pingos de chocolate no tapete, parede, sua roupa, bancada
- quando a vir preparada para fazer asneiras ou mesmo a começar a fazê-las, dar-lhe a ideia de lamber a colher
- não se preocupe, ela não vai querer fazer mais nada
Misture tudo e saboreie o momento. É delicioso. O melhor bolo de chocolate do mundo.
Rita

domingo, novembro 04, 2007

O Balão




Faz hoje quinze dias que levámos os pais a gozar a prenda dos aniversários. Fomos só nós, as filhas, porque um dos genros estava a trabalhar e o outro ficou com a neta... doía-nos ter de acordá-la de madrugada...
O balão parte de Coruche e nunca se sabe exactamente onde vai parar. É uma coisa imensa, linda, que se ergue do chão de forma muito suave e de forma suave vai subindo e voando... Cá em baixo vimo-lo a crescer como um grande chapitô alongado e depois a diminuir com a distância enquanto acenávamos aos balonenantes. Pegámos então nas nossas coisas e fomos tomar o segundo pequeno-almoço a uma pastelaria espectacular na vila. Cerca de uma hora e meia depois os sortudos telefonavam-nos, maravilhados.
Acho que a experiência de ver o balão a ser desenrolado, lentamente crescer e começar a pairar foi quase tão intensa como subir para o cesto e andar nele. Eu, de pés húmidos de andar de crocs na relva orvalhada de Novembro, fiquei literalmente nas nuvens, cheia de Willie Fog na cabeça. E para transmitir a sensação o melhor possível, fiz uma bela reportagem fotográfica dos vários momentos... melhor dia, só se não tivéssemos depois perdido a máquina no restaurante...
Rita

sexta-feira, novembro 02, 2007

Lata reciclada

Para um rapaz que, a ver pela decoração do seu quarto, demonstra ser um fã deste filme de animação. Feita especialmente para o nosso afilhado.
Experiência em decoupage e pintura.

Ana Cristina

quinta-feira, novembro 01, 2007

Noutros tempos

... hoje seria dia de descanso depois da festa de ontem à noite. Teríamos juntado uns amigos, decorado a casa com pratos de bruxas, feito petiscos acompanhados de aranhas e espalhado os fantasmas pela sala. E tínhamos tido mascaras de bruxas, mortas-vivas, fantasmas, terroristas e almofadas assassinas (que pena não ter um scanner para poder mostrar essas fotos).
Estes últimos anos os acessórios ficaram mais uma vez guardados nos caixotes. Aguardam por novos tempos, onde as crianças também entrem nas brincadeiras.
Ana Cristina

terça-feira, outubro 30, 2007

Dias há em que nos vamos deitar sob um enorme ponto de interrogação... sobre nós, sobre o que pensamos, sobre o que decidimos ou devíamos decidir, o que dizemos e o que não dizemos... em dias assim... ou melhor, em noites assim, sinto-me frustrada com o sentido de honestidade que atribuo a mim mesma... e penso com esperança que o próximo dia me faça acordar com pensamentos mais claros.
Rita

quinta-feira, outubro 25, 2007

Quadro do dia

Duas moças no autocarro hoje, à minha frente.
No início não consegui perceber-lhes as idades, mas fui para ali de propósito, só para as ouvir...
Em diálogo: «Olha ali o João e a Rita [eheheh]. Sempre a pé. O João não tem passe, mas a Rita tem. Mas assim vão juntos. Sabes há quanto tempo eles namoram?! Começaram no 10º. Vai fazer neste Abril [neste Abril?!] dois anos! Dois anos! Dois anos a andar com alguém... É uma vida!»
Foi neste momento que o casal riu. Seguiam nos dois lugares do lado, os que ficam logo depois do corredor estreitinho. Tinham à volta dos seus sessentas. Olharam de esguelha. E riram. Não sei se do mesmo que eu, mas de levinho como eu. Mais ou menos como quem faz uma festa. Na cabeça.
Rita

quarta-feira, outubro 24, 2007

Porque é que...

... os dias não podem ter de vez em quando o filtro fotográfico que alguém colocou no anúncio à "Anatomia de Grey" que dá no Fox Life?!
... no quotidiano que é o nosso, ficar molhado da chuva é desagradável, e nunca cantamos, dançamos e disparatamos como na famosa serenata...?!
... alguns momentos das nossas vidas não têm direito a uma banda sonora como as dos filmes...?!
... não conseguimos fazer rewinds e backups de sorrisos, abraços, miminhos...?!
Como é citado no "Olhar sobre a Cegueira": "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara." E se podes ver, olhar, reparar, sentir, absorver, pensar... aproveita, curte, goza. Sempre.

Rita
Apeteceu-me.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Informação

(a foto está desfocada, mas eu não gosto muito de máquinas fotográficas)
Eu e a minha dona estamos a pintar a casa (pelo menos uma parte dela). Ela manda dizer que não tem tempo para ligar o computador, que lhe doem os ombros e os pulsos. Eu digo que pintar a casa é um espectáculo; dorme-se muito bem ao som do rolo a passar nas paredes, eu ajudo muito e ainda só tenho os bigodes pintados e umas pintinhas, o que dá mais trabalho é limpar o material mas isso é com ela, que eu água das tintas só para beber.
Ronronadelas
Pilas

quarta-feira, outubro 17, 2007

Ainda recordação das férias 2

(O tempo hoje escasseia... por isso aqui fica um momento.)
A minha Alice na minha Viana.
Nat, este é para ti.
Rita

domingo, outubro 14, 2007

Onde estou?

«Os meus donos-pais puseram-me de dieta rigorosíssima... dizem que peso quase oito kilos, o dobro do que deveria, e que qualquer dia chegam a casa e me encontram estendida por aí, com uma síncope qualquer... Não percebo... ainda consigo esconder-me tão bem... aqui, por exemplo, ninguém me vê...»
(calculo que seja o pensamento da Fera)
Rita

sábado, outubro 13, 2007

Tantas alturas a lembrar-me de posts a fazer, do que eu acho interessante ou tão simplesmente do que me apetece dizer, para depois me sentar aqui e não me lembrar de nada...
Rita

sexta-feira, outubro 12, 2007

Pincéis e tintas, huuummm

Pegar nos pincéis, misturar as tintas, fazer novas cores, começar. Já tinha saudades de pintar.
Estou a preparar umas peças já pensadas há muito, mas primeiro mostro a menina com o cão, numa versão melhor que a inicial.
Seguiu ontem para a parede de uma menina com dois anos que esperamos venha a gostar do cão e nos desculpe de não termos pintado a sua irmã-gata Mimi.
Beijinhos para a Carolina.


Ana Cristina

quarta-feira, outubro 10, 2007

Recordação de férias 1

A Alice a regar as plantas da Tia Armanda, na casa dela.
Cá em casa, tirando os três cactinhos, temos só duas plantas: a Domitília e a outra, sem nome. A Domitília já dura da outra casa e, embora não seja de especial beleza, tiro-lhe o chapéu em termos de sobrevivência. Quem sobrevive a uma Fera pequenina a saltar-lhe para dentro/cima do vaso todos os dias durante algum tempo, ao pó de todas as obras, às mudanças de casa, é de facto de louvar. E por isso a Domitília é alta e, com toda a certeza, forte. A que não tem nome não tem nome porque, sinceramente, tinha um ar tão apetitoso que não esperei que resistisse aos ímpetos gastronómicos da gata durante tanto tempo. Mas a verdade é que, do alto do seu armário, vive, linda, com raras excepções em que grita a necessidade de água por todos os poros.
Eu gosto de plantas e árvores e flores. Quero ter mais, mas é sempre preciso pensar e repensar as suas moradas cá em casa, e pensar e repensar no seu aspecto e formato. Porque eu gosto de plantas e prefiro-as sem ser comidas, é óbvio.
Tenho muitas conversas com a Alice sobre a forma de tratar os animais e as plantas. Mas ainda não me tinha ocorrido levá-la a regá-las, tanto por causa dos locais onde se encontram cá em casa, como pelo facto de não ter um regador... O momento das fotografias foi por isso o registo da primeira rega da Alice. Para além de um excelente tempo Tia-avó/sobrinha.
A partir de agora, vou introduzir a Alice na alimentação vegetal da nossa casa. Para que perceba o favor que elas nos fazem de viver connosco. Até pode ser que seja ela a dar identidade à sem nome.
Rita

segunda-feira, outubro 08, 2007

A hora da sesta

Engraçado. A Alice sempre adormeceu sem grandes dramas, com a luz apagada e com o beijinho e a companhia dos seus companheiros de sono mas, nestes últimos tempos, quer dormir a sesta da tarde no sofá da sala.
Para além destas modificações, começámos a reparar que, quando adormece os seus bonecos, coloca-os de forma geral de barriga para baixo, com um pano por cima e com direito a palmadinha no rabiosque. E não é que de repente descobrimos que os meninos na creche dormem com um lençol a tapar a cabeça e com palmadinhas no rabo. E que a Alice até é uma das que necessita desse ritual.
Lembrei-me do Carlo que festejou a independência da chupeta na creche com festinha e tudo, um ano depois de a ter largado em casa.
Ana Cristina

domingo, outubro 07, 2007

Os inícios

Quando se estuda durante tanto tempo, é díficil perder a noção de que o ano começa em Setembro ou Outubro... por essa razão, planeiam-se inícios... como nos anos novos...
Pensando bem, é melhor assim... os novos inícios são sempre desejáveis, sinal de oportunidades que damos a nós mesmos e aos outros...
Para além de decisões do que quero do meu eu profissional, etapo-me em futuras realizações das Oficinas, a pensar no Natal, em coisas para a casa, mas principalmente em todas as encomendas que temos. Decidi então, neste novo início, fazer um novo corte de cabelo, menos certo e com mais estilo. Queria mostrá-lo aqui, mas o João não me conseguiu tirar nenhuma foto de jeito, depois de diversas tentativas de enquadramento e luminosidade...
Pronto, não o vêm, mas ficam a saber que, de cabelo novo, planeio-me e reinvento-me.
Rita

sábado, outubro 06, 2007

Cá estou

Não sei bem porque demorei.
Quer dizer, a seguir às férias houve muita coisa. Ajudas aos trabalhos de mestrado, o início do trabalho, novos planos e decisões, chatices, amigos a precisar, febres da Alice, gripe do pessoal todo da casa.
Mas podia aqui ter voltado mais cedo. Afinal, isto já é quase uma casa.
Que fique assente: gosto de voltar. A esta cidade, a esta rua que é minha e onde nos conhecem e o Sr. Armando vem à rua de propósito para nos dizer que já é avô, a este prédio onde cada vez há gente mais próxima e que até já entra para beber café, a esta casa. Gosto desta casa, a nossa, de todos nós, de todos os cantos, das modificações que lhe vamos fazendo, aos poucos, mesmo que pareça tantas vezes lento demais...
E gosto desta outra, dentro da caixa milagrosa que me faz pensar o que haverá no tempo dos meus netos, onde há gente que não conheço mas em quem penso durante as férias.
Estou de volta. À séria.
Rita

quarta-feira, outubro 03, 2007

O Pilas é dono do sofá

Depois dos 15 minutos de corrida tipo cãozinho (tipo eu mando a bola de saco-de-plástico, ele vai buscá-la). Fosse eu uma pessoa cheia de vontade de correr como o meu gato e se calhar não tinha esta celulite toda...
Sentada na cadeira de balanço, penso sobre as vantagens do exercício físico e agarro-me ao tempo em que praticava todos os dias e fazia musculo para entreter a minha irmã. Só me falta dizer "no meu tempo"...
Ana Cristina

segunda-feira, outubro 01, 2007

Voltei

Depois de uns dias intensos de trabalhos para a Faculdade, de um sábado de família e um domingo de trabalho, hoje foi dia de descanço.
Nestes próximos dias, enquanto aguardo (ansiosamente) a aprovação do projecto da tese e o recomeço das aulas vou-me dedicar às encomendas pendentes das oficinas. E estou novamente disponível para este cantinho.

Ana Cristina

sábado, setembro 15, 2007

Pois é...


Apesar da vontade os pincéis vão ter de esperar pela entrega do monte de trabalhos da Faculdade. Os próximos serão no final de Setembro...
Por isso, mais uma vez as paredes, as telas e as carteirinhas aguardam com muuuuuuita paciência.
Ana Cristina

domingo, setembro 09, 2007

Festa do Avante

Mais uma Festa.
Já houve muitas. Aquela que alguém como eu não se pode recordar, a das Indústrias («era tanta gente que eu tinha que andar com ela sempre às cavalitas, se não ela não parava de chorar», contava ontem a minha mãe); outras que pelos mesmos motivos não me trazem recordações nenhumas; a da terra barrenta onde lá de cima se podia ver a enchente de gente a chegar na sexta-feira, qual marabunta a tomar conta de todo o recinto; a dos três anos, e esta.
Houve Festas com o Primo Pedro, a Catarina do Bigodes, a Lili Prima, a Tina, a Sónia de Vila Franca, a Prima Ana, o Nuno, o Rui, o outro Nuno, a Cati, o Miguel, o Fernando, o Daniel, o João, a Alice. Até chegou a haver Festa para a Avó Joana e para a Tia Alcide.
Houve Festas com cantores brasileiros («Aquele é palhaço, não é pai?»); com rifas; com pinturas nas caras dos miúdos; com cães campeões a serem passeados só por nós; com últimas noites a serem dormidas entre prateleiras ao lado de abóboras; com "Dancing Fly" (ridículas, Ana, ridículas...); com Trovante e lasers; com curtes que deram em namoros; com três dias a saltar em frente ao 25 de Abril (e depois não conseguir descer escadas na segunda-feira seguinte); com calções curtíssimos e túnicas estrambólicas; com horas a andar até ao carro; com animações de palco, espectáculos e maiores ou menores exibições de tango (como esta); com roubos e gás lacrimogéneo (nunca mais!); com lágrimas e abraços no Abrunhosa; com vozes afónicas no fim; com tesouros de bijuteria comprados a custo; com direito a ralhetes e a «amanhã não vêm»; com fado e bailaricos já depois do encerramento; com sestas; com chuvinha, chuva, chuvada, e até uma tarde debaixo de uma mesa com livros por causa da chuva; com dinheiro perdido nas caixas; com Carvalhesa; com início de gozo muito tempo antes e tristeza no acabar do fim.
Já houve muitas Festas e eu fui a todas, mesmo que numa só por quatro horas, num intervalo de mamadas.
Para quem nunca foi, a Festa é intransmissível e muito, muito pessoal. Para quem já foi, é um local social, pleno de liberdade onde se pode sentir, ser e fazer o que apetecer. O único que já conheci em que «podes ser quem quiseres, ninguém te leva a mal... toda a gente trata a gente toda por igual»...
Nos últimos anos houve, há e continuarão a haver Festas, com filhos e mesmo com chegadas mais tardias, interrupções para aniversários de afilhados, faltas a dias por causa dos exames e depois por causa dos empregos, partidas antecipadas, almoços e convívios mais prolongados. Muitas mais.
Porque, de facto, não há - e duvido que alguma vez na minha vida venha a haver - Festa como esta.
Rita

quarta-feira, setembro 05, 2007

Há um mês...

... passámos uns três dias de férias no Alentejo. Praia, passeios e uma tarde a apanhar Lapas e Caramujas.


A fazer trabalhos para a Faculdade lembro esses dias com saudades do convívio da sobrinha, dos avós, dos pais e daqui da tia.


Ana Cristina

segunda-feira, setembro 03, 2007

sábado, setembro 01, 2007

Raio de rapariga... andou a semana toda a acordar já às oito e tal e porque nós nos estávamos a preparar... hoje, sábado, decidiu acordar às sete e trinta e seis...
Rita

quarta-feira, agosto 29, 2007

Está-se bem...

As coisas andam a correr bem.
Nós estamos bem.
A Alice está cansada (e logo mais birrenta) nesta primeira semana de creche a seguir às férias com os avós, mas anda satisfeita com a descoberta dos espaços e amigos próximos. Acho até que a palavra que melhor a descreve neste regresso a casa é "inebriamento"... com tudo o que é novo, incluindo as prendas de aniversário, mas também com a escola e os amigos antigos.
Formulei as minhas metas de trabalho até ir de férias e ando animada e confiante que as vou cumprir. Algo muito importante: são realizáveis.
As obras intermináveis estão, finalmente, quase concluídas, mesmo depois das três semanas que eram para ser no máximo quatro dias, e dos pormenores irritantes espalhados pela casa, resultado de uma completa falta de brio profissional. Ainda não temos os espelhos nos interruptores que foram mudados, mas em compensação a casa adquiriu finalmente, após três anos a pensarmos em ser nós a fazer tudo, aspecto de concluída... mesmo que às mãos de quem demonstrou pouco profissionalismo...
A viagem longa de férias para outras paragens foi adiada, mas com um sorriso, por tudo o que pensamos fazer como substituição.
Os amigos começaram a voltar de férias e provocam um ambiente renovado. Por essa razão, planeiam-se convívios e também se estimulam novas relações, com pessoas que aparentemente não se importam em partilhar loucuras propostas por quem ainda não conhecem bem.
Estamos quase a ir de férias, planificação ainda desconhecida...
E, como se isso não bastasse, tenho uma saia quente, linda e invulgar, com maravilhosos padrões africanos e nome de terra distante... Uma Macua, habilidosamente construída pelas mãos da Marta Mourão, cognome "SóSaias"...
Rita

terça-feira, agosto 28, 2007

A Mané

Há uns tempos pensei que me iria parecer ao Penicheiro (esta tu entendes, Miguel), descaradamente sem dar nenhum tipo de informações da minha vida aos que estão ao meu redor e com quem não tenho grande proximidade...
Enganei-me. Os filhos dão-nos a volta aos planos e nos últimos tempos dei pela Alice a enfiar-se pela casa dos vizinhos adentro, a curtir grandes finais de tarde de brincadeira. Por momentos chega a passar-me pela cabeça o receio de que não goste de estar connosco, mas logo em seguida fico orgulhosa da sua sociabilidade e do prazer que retira do convívio. Rio-me quando a ouço a perguntar pelos outros meninos do prédio enquanto começa a subir as escadas na direcção das suas casas e tento consolá-la com mimos quando chora amargamente ao meu colo de cada vez que a vou buscar. Basicamente, tenho um dejá vu por cada visão destas, comigo na primeira pessoa a dizer à minha mãe que poderia não estar a dar desenhos animados na nossa televisão, mas na da Mané estava de certeza.
Hoje tive pela primeira vez a D. e o J. cá em casa, a brincar com a Alice e a conversar comigo. Espero em breve receber a R. com a mãe, a mais recente e "cósmica" amizade que desenvolvi.
Não consigo deixar de sorrir a pensar no facto de poder tornar-me na Mané da vida deles, talvez tão importante um dia como a primeira Mané sempre foi e ainda hoje é na minha vida. Fico igualmente tranquila com a possibilidade da Alice vir a ter várias Manés na sua, será com certeza uma sortuda...
Rita

segunda-feira, agosto 27, 2007

Uma das prendas

Entre as prendas recebidas pela Alice com ligeiro atraso, encontra-se uma caixa de música, oferecida pela Dê.
Tenho a ideia que as caixas de música fazem parte do imaginário de qualquer pessoa. Bem, pelo menos de muitas. Ou talvez só das mulheres. Pronto, será pelo menos de algumas.
A Alice tem agora, não exactamente a sua primeira caixa de música, mas pelo menos a primeira com um "guarda-jóias" de cartão colorido em formato de coração e, como será apanágio de quase todas, com uma bailarina a rodopiar incansavelmente diante de um espelho. Demorou muito tempo a absorver o presente, a música accionada pela corda e principalmente a personagem. Gostou. Comparou-a com a primeira, aquela onde dançam a abelha e a joaninha e adoptou-a igualmente, com a diferença de que nesta pôde colocar os seus ganchos e elásticos para o cabelo - as jóias.
Ontem dançámos todas, a mãe, a tia e ela ao som da caixinha, de braços abertos, a rodopiar como a bailarina. E a sensação que me fica quando a vejo é que entrou directamente para o role das meninas dos filmes cujas vidas foram acompanhadas na infância por belas caixas que entretanto se perdem e vêm a ser encontradas nos sótãos antigos. Cheias das recordações que alguém, como nós, vai inserindo dentro da caixa.
Rita

sexta-feira, agosto 24, 2007

SINTRA

Sintra foi sempre um dos locais de visita frequente. Um passeio que incluía a Vila, o Palácio da Pena e o Castelos dos Mouros fazia parte do roteiro de férias dos primos ou amigos que nos visitavam em férias, tal como a visita ao Aquário Vasco da Gama e ao Planetário em Lisboa. Destes dois últimos posso dizer que visitei o Aquário com a sobrinha ainda este Verão e que do Planetário tenho saudades, mas a Sintra vamos com alguma frequência apesar de já não irmos de mochila às costas prontos para passar o dia todo. Agora vamos para um passeio a um museu ou para um lanchinho de queijadas ou travesseiros. As queijadas eleitas são as da “Sapa”, os travesseiros os da “Piriquita”. Hoje lembro as queijadas...

As queijadas de Sintra são um dos doces regionais mais apreciados ao longo dos tempos. Parecem existir referências literárias desde o séc. XIII (reinado de D. Sancho II), tendo através das obras de Camilo Castelo Branco e de Eça de Queiros ganho muitos curiosos e adeptos. A sua industrialização terá começado no século XVIII através da D. Maria Sapa mas as principais fábricas de queijadas ainda existentes, como a “Sapa”, a “Priquita”, o “Gregório” e a “Casa do Preto” terão surgido em meados do séc. XIX.

Neste Verão já fomos lanchar à Sapa e, por motivos alheios à nossa vontade mas de direito dos trabalhadores (férias) não tivemos direito a queijadas. Claro que lanchamos na mesma, e desfrutámos da bela vista.

Ana Cristina

terça-feira, agosto 21, 2007

Será possível...

... que tenha encontrado 31 bolas de sacos de plástico, 11 bolas de papel entre uns clips e uns lixos atrás do armário da cozinha?
Acho que encontrei o esconderijo dos brinquedos preferidos.

Ana Cristina

segunda-feira, agosto 20, 2007

...

  • Não tenho água!
  • O cadeeiro da cozinha está indeciso entre acender e não acender!
  • A torradeira foi para o lixo!
  • A máquina do café entupiu o filtro!
  • Amanhã faço outra vez manhã!
  • Tenho quatro trabalhos e um projecto de tese para entregar em Setembro!
  • Apetece-me pintar!

Ana Cristina

Três

Ontem fez dois anos que passámos a ser três.
Parabéns Alice, minha menina, nossa filha.
Rita

segunda-feira, agosto 13, 2007

Para a Alice...

A conselho da minha cunhada, deixo uma lista de ideias para o aniversário próximo da Alice.
Os quartos infantis parecem actualmente ter coisas a mais. Para além do espaço exíguo (às vezes até para os miúdos brincarem), o excesso de brinquedos origina, a meu ver, crianças menos cuidadosas e mais dispersas com o que têm. Para quem oferece pode não ser muito relevante, mas para quem tem a tarefa educativa e de organizar os acréscimos no espólio de pertences no final de cada aniversário ou Natal, convem pensar em muita coisa, propositadamente para o bem dos filhos. Por essa razão, valoriza-se neste aniversário (e nos futuros), a opção pela qualidade em detrimento da quantidade... pelos brinquedos pensados para a Alice, a sua idade e as suas características, e não um «tenho de comprar alguma coisa a todo o custo»... pelo educativo e duradouro, em troca, por exemplo, de peluches, cujo convívio com as vias respiratórias infantis não é habitualmente saudável e que, muito sinceramente, os garotos nem ligam muito.
Bem, passando às questões práticas:
- a roupa, os livros e os cds de música infantil, serão sempre presentes bem vindos, uma vez que utilitários e/ou geradores de divertimento a longo prazo;
- o IKEA tem coisas magníficas e de valor extraordinariamente acessível: o conjunto Lillabo, por exemplo, e o Titta (mesmo que só apropriados a maiores de três, vimos e revimos e não encontrámos problemas no uso sob vigilância de um adulto);
- legos, jogos de encaixe ou puzzles deste tipo são sensacionais para a fase em que a Alice está;
- divertimentos garantidos como este ou, segundo a época em que estamos, este farão sempre sucesso...
Conseguem-se estas coisas em muitas lojas, desde as online, as selectas e mais caras, ou aquelas que são mais habituais, como esta ou esta.
Boa escolha.
Rita

E o pessoal que não tenha ilusões: concordamos com esta posição e salvaguardamo-nos, enquanto pudermos, a sermos nós a deter a liberdade de escolha.

domingo, agosto 12, 2007

Neste momento não sei o que hei-de escrever. Não é que não tenha nada a dizer, mas começo a sentir o início daquela espécie de nervoso miúdinho que dá antes de contarmos o tempo que falta para irmos de férias e o tempo que iremos estar de férias em conjugação com o tudo que ainda há para fazer ate lá, e o tudo que é urgente, e mais o tanto que se irá estar ocupado nos entremeios desses tempos... é ainda muito ao de leve, mas já dá para sentir a picadinha de incómodo... e por isso não sei o que hei-de escrever, ou sequer o que me apetece...
Rita

quinta-feira, agosto 09, 2007

Livros

Respondendo ao desafio lançado por esta menina dedico este post aos meus mais adorados objectos de culto: os livros.


Tendo crescido numa casa onde os livros se multiplicavam a bom ritmo e onde as prateleiras foram sempre poucas, nós - eu a Rita, sempre sonhamos com uma biblioteca pessoal, e quando a bolsa de estudante passou a bolsa de trabalhadora começamos a criar a nossa colecção de livros. Actualmente em fase de contenção de despesas, de espaço e de tempo os livros não têm aumentado ao ritmo de outros tempos mas a prateleira dos livros técnicos tem engrossado e já teve direito a ocupar uma parte do guarda-roupa.

Pois aqui vai a resposta possível ao desafio lançado:

1- O n.º total de livros que possuo: Não podendo dar uma resposta correcta a esta pergunta, numa contagem rápida posso dizer que na sala estão 769 livros, mas que no hall de entrada podem ser encontrados alguns, assim como na cozinha e no quarto, e que a minha casa tem apenas um quarto. Na arrecadação estão os livros da infância e uma ou duas caixas de tesouros como revistas de pintura que herdei, e alguns livros escolares que podem vir a ser úteis.
2- O último livro que comprei: Terá sido “O ser-bebé” de Bernard Golse, Climepsi Editores que ainda não li.
3- O último livro que li: Neste momento estou a reler um pequeno livro que no ano passado assisti ao lançamento e, na altura, li numa ânsia de entendimento da problemática de ter um filho diferente com morte anunciada. Desta vez leio-o com um olhar mais tranquilo e mais objectivo. “Estar grávida é estar de esperanças” de Marianne Rogoff, Gravida
4- Cinco livros muito importantes para mim: Terei necessariamente de os procurar nas minhas memórias... e não posso nomear apenas cinco. Em primeiro elejo “O meu pé de laranja-lima” de José Mauro de Vasconcelos, pelas vezes que o li e que chorei com ele. Depois terei de eleger a trilogia dos “Subterrâneos de Liberdade” de Jorge Amado (“Os Ásperos tempos”, “Agonia da Noite” e “A luz no túnel”) porque me ajudaram a entender a luta clandestina de alguns por uma vida melhor de todos. Nesta linha de pensamento “A Mãe” de Máximo Gorki não pode ser esquecida e por representar o crescimento intelectual do ser humano adulto, e mais recentemente “Ensaio sobre a cegueira” de José Saramago por mostrar de forma tão esmagadora o comportamento humano. Também poderei nomear “Do Amor e Outros Demónios” de Gabriel García Márquez e “Servidão Humana” de W. Somerset Maugham, assim como vários outros livros.

5- Passo o desafio às seguintes bloguistas: ... esta será a resposta mais difícil destas cinco questões. Deixarei para um outro dia este desafio.


Ana Cristina

quarta-feira, agosto 08, 2007

Obras

Temos a casa em obras.
Começou por uma infiltração numa assoalhada por usar, que se veio a revelar num problema de condomínio, mas em todo o caso, depois da questão tratada, a casa por arranjar era a nossa.
Pensámos então em aproveitar para corrigir as pequenas coisas que andavam a ser adiadas há demasiado tempo. Esquecemo-nos foi que as pequenas coisas podem levar tanto ou mais tempo que as grandes, custar tanto ou mais dinheiro que as grandes e, principalmente (neste momento), fazer tanto ou mais sujeirada que as grandes.
Ficamos felizes de não termos a Alice a dormir no meio deste pó infernal, mas morremos cada vez mais de saudades a cada dia que passa, apesar de a sabermos a curta distância e de a termos visto ainda há tão poucos dias.
Temos a casa em obras mas passo pelo menos meia hora por dia a habituar-me ao pó que me parece impregnado nos dedos quando chego ao trabalho e começo a escrever no computador.
Estou farta de obras.
Rita

sexta-feira, agosto 03, 2007



"Enquanto rapariga acreditava que a minha vida nunca teria sido uma luta se o Sr. Tanaka não me tivesse levado da minha casinha bêbeda. Mas agora sei que o nosso mundo não é mais permanente do que uma onda a erguer-se no oceano. E quaisquer que sejam as nossas lutas e triunfos, como quer que os possamos sofrer, muito rapidamente se dissolvem todos como aguada, como a tinta de pintar no papel."


Fica só a ideia.
Rita

quinta-feira, agosto 02, 2007

Desejo

Apesar da voz de sonho da Vanessa da Mata, na próxima reencarnação eu quero mesmo é ter o cabelo dela...
Rita

quarta-feira, agosto 01, 2007

Recordação de ontem, hoje - quase um capítulo 2

O telemóvel toca na altura em que vamos jantar.
«Olá, é o Miguel, tudo bem? Estou a ligar-te porque estamos a ficar velhos e estava aqui a lembrar-me de uma festa a que fomos em 95. Era os anos da [não sei quantas], a irmã do amigo do meu irmão, não te lembras?! Aquilo era tudo queque, nós fomos à piscina e depois quando começou a festa viemos embora e depois eu fui com o Filipe e o Tó para Cerveira e até bebemos de mais e depois aparecemos na casa da tua avó...»
«Não me estou a lembrar dessa festa, mas parece que me me lembro da [não sei quantas, que de há bocado para agora já me esqueci]... Mas eu também fui para Cerveira?!»
«Não, nós é que fomos! E depois aparecemos e atirámos umas pedrinhas à vossa janela, tu estavas com aquela tua amiga...»
«A Sónia!»
«Sim, e depois ligámos e tu tiveste que inventar uma história à tua avó e dizer que eram uns estrangeiros quaisquer... e depois saímos pela outra porta e fomos andar de slide à noite!!»
«Já me lembro desse telefonema!!!!!! Perfeitamente!!»
«Ahahahahah! Tivemos de telefonar para o fixo porque na altura ainda não havia telemóveis!! Foi há 12 anos!!»
«É verdade! Somos uns cotas!!! Do tempo em que não havia telemóveis! Ahahahah!!»
«Quando contares à tua filha um dia, ela nem vai acreditar!»
Ter 30s é sentir e recordar tudo como se tivesse sido ontem mas depois olharmo-nos ao espelho no final do dia e parecermo-nos com olhos mais fundos e sentirmo-nos mais acabadas... e claro, prontas para recomeçar no dia seguinte e aproveitar melhor ainda cada bocadinho de vida.
Obrigado Miguel, pela recordação de ontem, hoje.
Rita