quarta-feira, junho 29, 2011

História triste mas que se quer com final feliz

O J. e a B., que é irmã da minha grande amiga V., queriam um filhote. Tentaram, não conseguiram e foram ao médico. Descobriram que a B. tinha endometriose e, coincidentemente, problemas renais para os quais teve de ser operada.

Com essa primeira parte controlada, passaram à planificação do filhote e ingressaram as fileiras dos tantos casais que não conseguem ter bebés e se inscrevem nos processos de fertilização no serviço de saúde.

Ao terceiro programa, conseguiram. Dois gémeozinhos rapazes num útero muito desejoso de os receber, o A. e o A..

Com a gravidez, continuaram os problemas. Síndroma de hiperestimulação ovária, óvulos inflamados de tanta medicação, uma grávida sempre sorridente mas cheia de dores, somente capaz de dormir sentada.

Depois, os problemas de uma bexiga contraída, incapaz de urinar. Um colo de útero curto curto, o A. e o A. prontinhos para nos fazer companhia neste mundo antes do tempo necessário.

A B. teve de ficar internada em repouso uma temporada, as pernas ligeiramente para cima para que os bebés não decidissem surpreendê-la. E, prestes a fazerem 29 semanas de gestação (sete meses, mais coisa menos coisa), eis que se cansam de lá ficar.

O A. e o A. nasceram, mínimos, mas, dentro das dificuldades inerentes à sua prematuridade, bem. E por lá foram andando, enchendo os seus pais de expectativas. Quase uma semana depois de nascer, o A. não resistiu a uma infecção e foi-se.

O J. e a B. continuam a ir logo de manhã para o hospital. O J. senta-se cá fora, no exterior do serviço, porque ainda não consegue entrar lá dentro. A B. vai sentar-se ao lado da incubadora do seu único A., de costas para a que albergava aquele que era o seu outro. E lá fica, com uma mão a acarinhar o seu menino e a outra a enviar, por telemóvel, mensagens escritas de telemóvel ao seu homem. No fim do dia, os dois voltam a casa.

Não há palavras para descrever o tanto que gostaria de lhes fazer chegar e que eles, com toda a certeza, já sabem. Não há dia em que não lhes envie toda a minha solidariedade e carinho, à família de três que vai despontando.

Rita

sexta-feira, junho 24, 2011

Afinal fui!

Não fui ao jantar mas depois de fazer o post mandei umas mensagens a umas colegas de curso. Passado algum tempo recebi um telefonema a desafiar-me a aparecer e a beber um copo com o pessoal. Esqueci naquele momento o motivo porque tinha decidido não ir e o trabalho para entregar com atraso foi adiado por mais umas horas. Rumei para o restaurante e encontrei um grupo barulhento de umas 16 mulheres e um homem (coitado). Nada que se compare a enorme grupo que terminou o curso no dia 21 de Junho de 1991, mas ainda assim um belo grupo.

Fizemos uns brindes, trocamos umas novidades, moemos o rapazinho do restaurante pra nos tirar umas fotos com todas as máquinas disponíveis (nem eram assim tantas). No fim marchamos para casa, no meu caso, depois de ainda ter ficado mais um bom tempo dentro do carro a trocar novidades com uma amiga de longa data daquelas que quando nos encontramos sentimos o mesmo carinho que sentiamos antes. O tempo afastou-nos mas algumas daquelas pessoas que revi há dois dias estão no meu coração com a mesma intensidade que estavam nos anos de curso...
Deixo a foto actualizada e só digo que eu estou nas duas, agora que quiser que adivinhe quem sou eu.

Ana Cristina

quarta-feira, junho 22, 2011

Ganda cota!

Ontem fez anos que o curso acabou. Na altura ainda se fazia nas escolas uma cerimónia de entrega de diplomas com farda, e nalgumas colocava-se um quepe (aquele chapeuzinho que aparentemente serve só para enfeitar e que não faço ideia como se escreve o nome) a completar a farda da escola. Ainda não se admitia sequer a ideia das escolas assumirem calças como fardamento de mulheres e havia mesmo cenas tristes como nalgumas instituições obrigarem a usar saiote. Não se sabia também que agora os estudantes de enfermagem chamam Faculdade à escola e que libertaram-se de cerimónias tacanhas e antiguadas mas vão todos contentes comprar traje académico e benzer as fitas como sendo cerimónias tradicionais. Diga-se que não tenho nada contra o pessoal se divertir e fazer as festas que quiser. Só me parece trocar uma tacanhisse por outra,mais nada.Se estivessemos nos States estava na altura de fazer uma daquelas festas que se vê nos filmes, com baile, vestidos de gala e confetis. Por estas bandas parece que alguém organizou um jantar para hoje, mas como eu só soube ontem não vou. Tenho pena. Gostava de ver alguns daqueles colegas e tentar perceber se tiveram o percurso que eu pensei que teriam. Pode ser que daqui a uns cinco anos possamos fazer o baile das bodas de prata (vá de reto que eu não casei com a profissão) de preferência marcado com um bocadinho de tempo de antecedância.

Deixo a fotografia da época e lanço o desafio de tentarem adivinhar qual das "enfermeirinhas" é a minha pessoa. (eheheh)

Ana Cristina

quinta-feira, junho 16, 2011

Já vos aconteceu?

Sentar-me com o computador junto a mim, preparadíssima para um post, decidir-me a viajar um pouco pela net nos momentos prévios e...

... dar por mim, de repente, de olhos fechados, a dormir...

Rita

quarta-feira, junho 15, 2011

E dela

Ontem à noite, quando a fui deitar, as duas ainda na cama, a trocar umas palavras sobre o dia, primeiro de praia-campo da escola. Ela havia-se queixado de cansaço e dores nas pernas e eu indaguei:

- Quando é que te começaram a doer as pernas hoje?

- Foi quando a Dina me foi buscar.

- Não pediste colo à Dina, pois não?

- ... Pedi... Mas ela não deu.

- Oh filha... que vergonha... tu já és crescida, andas a pedir colo...?

- Mas eu depois pedi-lhe desculpa.

- Ah sim?! Está bem, menos mal. E ela?

- ... Quer dizer... eu ia pedir... mas depois não pedi.

- ... então...

- Oh mãe, eu ia pedir desculpa, eu queria pedir. Mas não pedi. Esqueci-me.

Rita

sábado, junho 11, 2011

Dele

O pai e a mana iam à frente, já a subir pelas escadas da encosta. Eu e o Vasco atrás deles, ainda no areal. Ele, de repente, por incompreensão de algo que eu fiz, a querer calçar as sandálias. E eu:

- Não, Vasco, não nos devemos calçar enquanto estamos na areia porque custa mais a andar, percebes...?

E ele, do alto dos seus dois anos:

- O Vaco anino...

- O Vasco é pequenino?

- Xim. Não xabe.

Rita


*umas quantas risadas e horas depois, surgiu-me a questão sobre se ele queria dizer antes que «não subia» e não que «não sabia»... em todo o caso, eu é que lá estava, ele também nunca me irá conseguir explicar, portanto, sou livre de interpretar como quero... o meu filho fez alarde da sua ignorância e pronto.

quinta-feira, junho 09, 2011

Já não posso ouvir a palavra "resíduos"!

Por favor...

... há por aí alguém que saiba se existe algum abaixo-assinado ou petição pública para conseguir que saiam do ar os estúpidos anúncios radiofónicos dos resíduos-que-não-deixamos-na-nossa-casa-e-por-isso-também-não-deveriamos-deixar-acumular-no-nosso-corpo?!!!!! É que não suporto aquilo, deveriam receber um prémio pelo pior anúncio de todos os tempos... E já agora, acabei de ver o da televisão, podem acabar também com ele... detesto anúncios de produtos de emagrecimento com mulheres magérrimas que nunca tiveram uma preguinha de pele a mais que desse para agarrar, em toda a sua vida... É ridículo, mas pior... é ultrajante pensarem que aquilo engana alguém e que existirá porventura um possível cliente tão palerma que pense que aquelas pessoas tomaram aqueles produtos para ficar assim...


Rita

quinta-feira, junho 02, 2011

Um ano depois

E, numa cena que lembrava a de exactamente há um ano (que, não me perguntem porquê, não consigo linkar), desta vez só com ele, o tio fez de conta que a água estava maravilhosa e cumpriu o seu papel de adulto. E o pequeno? Esse, pode até admitir que a água está fria mas uma hipótese de ir a banhos não se pode desperdiçar.

A tia adorou os belos mergulhos, com pirolito acompanhado, do pequeno príncipe. Vibrou com os gestos dele "a nadar à cão" como se fosse o seu meio natural. E achou maravilhosa a forma como ele, de forma cautelosa e segura correu dentro de água e caiu, se levantou e adorou...

E no resto da praia todos se regalaram a ver o Vasco a fazer uma festa dentro de água.

Ana Cristina

quarta-feira, junho 01, 2011

As férias...

Foram uns dias bem passados em terras bem conhecidas do Alentejo. Tivemos direito a uns bons dias de Sol, a praia com pouca gente como é costume na época e muita brincadeira. O Vasco foi connosco e parece que também adorou.
Três gerações em férias, com momentos bem maravilhosos.


Ana Cristina

Conversa rápida comigo própria

Bem, isto de vir de férias e ter um trabalho para entregar dois dias depois não tá certo. Foi entregue com uma hora de atraso mas agora já está.

"Amanhã" faço um post sério. Agora vou dormir.


Ana Cristina