quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Enquanto lhe faço o aerossol, dou-lhe a caixa dos soros fisiológicos para se entreter. E eis que de repente, a mocinha exclama, a apontar para a boneca: "Papou!"...
Rita

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Brincadeiras nas prateleiras


Recordo-me de lá em casa sempre ter podido brincar com os objectos que enfeitavam as prateleiras. Havia os de todo o tipo: os bibelots de louça, dignos de serem tratados pelo substantivo estrangeiro (palavra por si só antipática aos meus ouvidos) e aqueles mais... sei lá, tradicionais, culturais, o que se quiser chamar-lhes... os efectivamente bonitos...
Não me lembro de alguma vez ter partido algum deles, mas provavelmente fi-lo. Tão pouco me recordo de algum especial cuidado da minha mãe na sua arrumação, para impossibilitar que estivessem ao meu alcance. Ou de uma chamada de atenção para que tivesse mais cuidado com algum.
A casa e tudo o que havia na casa estava nas minhas mãos, não havia objectos proibidos. Aos meus olhos, todos os objectos eram tesouros a estimularem constante e intensamente a minha imaginação.
Admito que hoje, quando vejo a Alice a mexer no que está colocado nas prateleiras, não consigo deixar de tremer e apreciar ainda mais algumas das pequenas atitudes que sempre caracterizaram a educação dos meus pais. Claro que ela ainda é pequena e o risco de estrago é maior, mas a verdade é que o meu interior oscila, desde já, entre a liberdade de lhe oferecer todos os tesouros da casa e a arrumação dos mais resistentes e menos valorados nos locais a que ela já chega... Mas suponho que essa será sempre a oscilação do que representa ter filhos...
Por enquanto fica assim. A prateleira de baixo para ela, a segunda para o que pode ser partilhado sem perigo. E a partir daí, os futuros tesouros.
Rita

domingo, fevereiro 25, 2007

Lanche de Domingo


Hoje fomos lanchar ao "Espelho de Água", no Jardim da Amália, em pleno coração de Lisboa. Soube bem sair, depois do período de reclusão a que fui obrigada pela otite da Alice (reparo agora que Alice rima com otite, o prenúncio não é grande coisa...). A ela também lhe terá agradado, obviamente, e esforçou-se mais uma vez para nos demonstrar o seu ano e meio de independência... se não a tivéssemos visto tão mimocas nos últimos dias era capaz de jurar que a mocinha não precisava de nós para nada...
O Jardim da Amália aconselha-se, apesar dos mosquitos e da falta de manutenção a que assistimos. Tomara que tenha sido da chuva...
Rita

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Finalmente, para a minha filha!

Já há algum tempo que não me anda a apetecer fazer nada... Mas há mais tempo ainda que tinha prometido a mim mesma fazer algo para a Alice. Onde é que se via, fazer coisas para outros meninos e a da casa não ter direito a mostrar as habilidades da mãe e da tia por esse mundo fora...
(Verdade seja dita, a tia já tinha feito um Filhós todinho e só para ela, no seu primeiro Natal. A mãe é que andava a falhar.)

Há uns dias armei-me de linhas, agulhas, feltros, lantejoulas, missangas e botões e, nestes dias da doença da Alice, construí-lhe uma borboleta. Ela só lhe ligou quando lhe pus os olhos, mas agora reconhece-a no monitor do computador, enquanto este post é escrito.

Estou ansiosa por vê-la boa da otite, a voar com a borboleta vestida.

Rita

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Mais um ano...

Tal como no ano passado, hoje comemoramos na blogosfera o aniversário do Pilas. O quarto aniversário passou-se com companhia, com direito a festinhas, ao colo da dona e a montes de fotografias que, como as outras ficaram sempre tremidas ou desfocadas, ou ainda sem ele. De presente recebeu duas bolas de saco de plástico e uma caixa de cartão, os seus brinquedos preferidos. Felizmente são baratos.

Ana Cristina

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Mais um Carnaval que passou...

... e não nos mascarámos nem comemorámos a rigor.
Ficou o divertimento de ver uma Alice com um fato emprestado de Capuchinho Vermelho, linda de morrer, ou com o fato de Espanhola, feito na creche. Não faço ideia se ela percebeu o panorama diferente, não tivemos oportunidade de a levar ontem a um dos locais onde imperam muitos mascarados porque adoeceu... é uma Alice com mais um Carnaval, mas será também com mais um dente ou mais uma virose para a colecção...
Rita

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Carnaval

Mesmo em época de muito pouco tempo e falta de disposição para a folia, ao contrário de outros anos, no serviço houve um tempinho para lembrar que carnaval é para ser festejado onde se quiser.

Beijinhos para todas as nossas visitas. Espero recuperar em breve o ritmo de noticias a que estava habituada.


Ana Cristina

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Vintage

Antes de ter iniciado a saga das viagens pela net, "vintage" era para mim um termo que só dizia respeito ao vinho. E quando procuramos a definição, a palavra aparece de facto associada a este, quando a antiguidade e a especial qualidade das castas lhe conseguem conferir esse título.
A blogosfera veio alargar-me o conceito a tudo o que pretende ser definido com base em critérios semelhantes... muita gente fala em tecidos vintage, botões vintage e todo um leque de objectos que imaginar se possa.


Por causa disso, quando organizei os copos e copinhos que trouxe da antiga e eterna casa da minha Avó Joana para tirar esta fotografia, foi exactamente esta a palavra que se me surgiu na cabeça. Porque os copos e copinhos que eram da minha Avó podem não ser assim tão antigos ou de tão extremada qualidade, mas foi neles que bebi os galões da minha juventude nas férias que lá passava...

Vintage. Como tudo o que me foi deixado pela minha Avó Joana.


Rita

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

O meu SIM


Hei-de guardar para sempre o momento em que soubemos da "nossa" gravidez, os dois ao mesmo tempo. Foi uma grande felicidade, daquelas que se multiplica a cada dia e por cada vez que contamos a notícia. A Alice foi uma felicidade muito bem planeada e desejada para toda a gente da família, dos amigos, dos colegas.
O meu SIM no próximo Domingo é para todos os que merecem nascer de um sentimento de felicidade como a nossa Alice nasceu. Porque não imagino o contrário... uma concepção que gere angústia seguida de meses de sofrimento e lágrimas choradas às escondidas... uma opção desesperada de provocar um nascimento antecipado numa lixeira ou numa qualquer clínica parecida com uma lixeira...
Vou votar SIM pela opção de gerar conscientemente, com amor... inteira.
Rita
Na foto: nós três, algumas horas antes de um dos momentos mais maravilhosos da minha vida, o do nosso encontro.

Eu voto SIM !!!

  • Porque o clandestino serve os interesses económicos e ideológicos de demasiadas pessoas.
  • Porque o escondido e proibido é demasiado caro para a saúde de muitas mulheres.
  • Porque proibir não ajuda a resolver os motivos que levam uma mulher a interromper uma gravidez não desejada.
  • Porque não quero ser responsável por condenar alguém a vir ao mundo sem ser desejado e amado.
  • Porque não acredito que a H., a M.ª, a J., ou a mãe da F. sejam criminosas.
  • Porque se um dia tiver a sorte de engravidar serei mãe por opção.
Ana Cristina

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Mais uma ideia...

Este é mesmo o nosso mundo... cheio de felicidades e dramas, de ilusões e desilusões, de conceitos e preconceitos, de erros e enganos, das parvoíces que cometemos e se transformam em enormidades irreversíveis...
Gostei muito e aconselho. Mais do que os outros.
Rita

terça-feira, fevereiro 06, 2007

... uma salva de palmas...

O post 168 lembra o que nas Oficinas RANHA quase ficava esquecido. O 1º ANIVERSÁRIO DESTE NOSSO ESPAÇO NA BLOGOSFERA.
Pois é, o "arRanha no Trapo" faz hoje um ano. Já tivemos cerca de 10.000 visitas, das quais muitas são de meninas e meninos que nunca vimos mas nos encontraram, e nos visitam assiduamente. Já passamos por periodos de grande entusiasmo, de criatividade e de muitos projectos, mas temos tido também épocas de alguma passividade, desânimo e pouca criação.

Mas hoje é dia de festa, e convidamo-vos a comemorar connosco, e a brindar à concretização de muitos projectos, com alegria e muita energia.

Ana Cristina
Rita

Nos últimos tempos parece que...

... quanto mais coisas quero fazer, menos faço...
... quanto mais planos tenho, menos cumpro...
... quanto mais tenho para arrumar, mais me apetece dormir...
... quanto mais quero escrever, menos escrevo...
... quanto mais quero mostrar, mais me escondo...
Acho que ando num momento de reflexão, de paragem, não sei bem... Não se admirem da falta de notícias, deste lado pouco se passa, pouco se pinta, pouco se borda, pouco se cose, pouco se cria... muito se pensa e dorme...

Rita