segunda-feira, agosto 31, 2015

Coisas boas

Só num prédio espetacular como o meu é que existem miúdos fixes... que resolvem fazer uma espécie de festa com mensagem de boas vindas e prenda para os meus... 


Estou enternecida...
Rita

domingo, agosto 30, 2015

Sete dias... só com uma filha...

Significa estarmos um pouco mais abandonados, em diversas vertentes do nosso dia-a-dia...


 Faz prever tempo para nos dedicarmos a pequenos projetos criativos...


Quer dizer que se pode brincar e dar mais atenção personalizada à mais nova, que raramente pode ser filha única...


Representa aproveitar o dia em que se começou a trabalhar às 05H00 e, por isso, se acabou mais cedo, para vir calmamente a pé para casa, passar na drogaria como há muito tempo se planeava fazer e comprar algo para mais e diferentes projetos criativos...


Abre a possibilidade de finalmente nos fecharmos num quarto para levar a cabo trabalhos pensados já há um ano porque o pai dá bem conta dos afazeres normais só com uma filha agarrada às pernas...


Parece querer dizer que se pode acordar mais tarde meia hora... mas afinal constata-se que alguém se esqueceu de dizer isso à filha que ficou, ou ela não decidiria acordar todos os dias antes das 07H00...


Torna possível reviver jantares a sós, na mesinha pequena da sala, a ver seja o que for que apeteça na televisão...

Rita

quarta-feira, agosto 26, 2015

La tomatina

Uma festa que só de pensar me dá urticária. E vomitos, porque a primeira sensação que me vem é a náusea (só de pensar no cheiro de tomate maduro... na rua, no corpo... baghhhh)
Aliás, o melhor é marcar na agenda como uma semana não visitar Valência. Pensando bem, se calhar é melhor marcar o mês inteiro.

Imagem retirada da net 

Ana Cristina

terça-feira, agosto 25, 2015

Pés e mãos, todos pequenos...

O Vasco já no ano passado ficou contente quando eu lhe emprestei um par de meias. E serviam!? (em minha defesa tenho que vos lembrar que as meias eram de desporto, daquelas que servem a vários tamanhos, mas que o meu número é dos pequenos é, sem dúvida)
Este ano, quando fomos de férias lá me avisou que achava que levava meias suficientes mas podia ser que necessitasse das minhas, não fossem estar apertadas. ;) E esse foi o motivo de uma sessão fotográfica bem divertida entre tia e sobrinho. Muita risota, muitas fotos (todas fraquinhas mas divertidas) e até um filme de luta de pés. Deixo-vos uma, onde se comparam pés e mãos, todos pequenos...

E pronto, vou abrir uma etiqueta sobre pés, patinhas etc... ficará Tootsie Tuesdays como teria de ser.
Ana Cristina

segunda-feira, agosto 24, 2015

Ao fim e ao cabo...

... festas com classe é arranjar, só para si...

uma lavradeira...


um cabeçudo...


e um tocador de bombo...


O que mais é preciso, hã...?
Rita

domingo, agosto 23, 2015

Crónicas de uma Romaria, dia 3, que é como quem diz, dia 22

Dia de chuvinhas miudinhas, de estar com a família chegada de férias e de, armada em dondoca, ver pela primeira vez o Cortejo Histórico e Etnográfico das bancadas na avenida. De ver carros renovados, mas também o antiguinho, com a já habitual nau. De ver novos fatos, mas também perucas antigas (ou iguais às antigas). De ouvir os mesmos ritmos e músicas. De ver algumas caras de sempre. De rir com alguns quadros (faltou o homem da lampreia, pá!) e com a boa disposição geral. De pedir por tudo o que oferecido, a broa, o vinho, a sardinha... De acordar o Vasco para ver a parte etnográfica, já que tinha dormido durante toda a parte histórica. De ensinar aos miúdos todo um pouco do que é feita esta minha cidade. De ouvir reconhecer-me como filha da minha mãe por quem praticamente nunca me tinha visto e de me encher de orgulho por isso.


Pena, pena, tenho que a chuva nos tenha pregado a partida de não me deixar revisitar e mostrar o fogo de artifício aos miúdos... Mas também dessa chuva e nevoeiro e falhas de fogo é feita a minha recordação das festas, ou não estivéssemos nós em Viana...
Rita

sábado, agosto 22, 2015

Crónicas de uma Romaria, dia 2, que é como quem diz, dia 21

Segundo dia foi dia de Bombos e Cabeçudos. No Desfile da Mordomia, no dos Ranchos e, obviamente, na Praça - naquele que é meu momento preferido de todas as festas, o que relembro sempre com saudade e que, desta vez, até me comoveu (ridícula, eu, mulher feita com lágrimas nos olhos a ver a informal competição dos homens a tocar bombo...!)... 
Ao contrário de mim, os miúdos cansaram-se e a mais velha até falou no zumbido com que ficou nos ouvidos... gente fraquinha, esta...


E, aceitando a ideia que nunca vi tudo da Romaria, vi este ano pela primeira vez o Desfile "Vamos pr'á Festa", dos Ranchos, em maravilhosa companhia... 


Rita

quinta-feira, agosto 20, 2015

Crónicas de uma Romaria, dia 1, que é como quem diz, dia 20

Vir nesta altura do ano a Viana é o mesmo que dizer que viemos à Romaria da Senhora da Agonia... Não é fácil a opção de revisitar as festas das férias da minha infância e juventude, uma vez que apanha sempre o aniversário da Alice e gostamos de o festejar essencialmente com os tios e avós. A última vez tinha sido há seis anos, era o Vasco um bebé muito pequeno e estávamos de licença.
Este ano, talvez porque a sugestão da licença do ano passado trazia essa recordação mas sem que tivesse havido hipótese de realização do projeto, as saudades apertaram. Da cidade, do convívio familiar, das festas, das memórias. Em mim havia o desejo intenso de partilhar as festas e tudo o que as envolve com os miúdos. 
Por essa razão, em noite de aniversário da mais velha, partimos (eu e os mais velhos) na caminhada para a cidade, para ver os tapetes das ruas dos pescadores a serem feitos. Pelo caminho, avizinhava-se o início da Romaria, pequenos grupos de cantares e o som de um ou outro bombo. 


No dia seguinte, o primeiro dia formal das festas, foi altura de visitar as ruas já feitas. Descobri que a serradura deu lugar ao sal e que na rua principal, que antes era projetada pelo tio-avô, já não existe a limitação das cores vermelho, verde e amarelo. Em todo o caso, toda a decoração era bela e foi engraçado ver, mais uma vez, as soluções arranjadas (como o desenho da Sra. da Agonia todo feito em seixos pintados, com exceção de cara e mãos).


Da parte da tarde, depois da tentativa falhada de ver a procissão vinda do mar (a que vai pisar os tapetes) foi tempo de dar a conhecer o Campo. Fiquei surpreendida de, à chegada a Viana, não me recordar dessa parte das festas que tanto gozo me dava, e de só me lembrar já depois de andar por lá . Houve divertimentos para todos: trampolim para D. Panqueca, carrinhos de choque para o Sr. Crepe e até carrocel para Miss Goffre!

Rita

quarta-feira, agosto 19, 2015

Parabéns à Alice (e a nós, ora essa)


Ocorre-me tanto e nem sei por onde começar.
Há dez anos a minha vida dividiu-se em "antes de filhos" e "depois de filhos". Tinha a Alice comigo e interrogava-me vezes sem conta como se poderia ser tão feliz...
Hoje, nem sei como é que passaram dez anos e a miúda pernalta, loira e de olho azul, se tornou nesta pré-adolescente que anda por aqui, que opina sobre tudo, que vai tendo curiosidades sobre o mundo (ontem, a propósito de nada, perguntou o que havia agora no lugar das torres gémeas - vá-se lá saber a que velocidade da luz circulam aqueles pensamentos...!), que tem inseguranças mas é teimosa como só ela, que tem um sentido de adaptação invejável para qualquer pessoa, que faz ginástica com toda a facilidade, que é simpática e sorridente, que chora com facilidade nos dramas com as amigas, que é preocupada e solidária com os irmãos (mas também lhes faz tropelias e é capaz de mesquinhices), que gosta de tudo e não se apaixona grandemente por nada, que gosta imenso de ler, que é doce e mimosa, que me enche de orgulho (mas também de irritação) com grandes e pequenas coisas, que não gosta muito de comer extravagâncias mas é muito gulosa (principalmente de doces processados), que arranja amigos com facilidade, que adora fazer teatros e danças com a família mas não gosta de dar nas vistas... que é linda e está a crescer...
Minha filha maravilhosa, que mudou e muda o meu mundo todos os dias... adoro-te.
Rita

terça-feira, agosto 18, 2015

Mais uns dias de férias, desta vez em Viana, terra do coração...

Lembro-me de andar na primária, dos outros irem "à terra" e eu ir a Viana. 
Viana do Castelo nunca foi "a terra", mas foi sempre a minha terra. De onde a mãe era e o pai tinha passado a ser desde os cinco anos. Onde estavam os avós, os tios, os primos. Onde se passavam os melhores Natais, no friozinho, com uma árvore de Natal chamada pinheirinho cheia de bonequinhos diferentes de todos os outros e trazidos de França pelos tios. Onde se acabavam todas as férias de Verão e já depois dos pais acabarem as deles. Onde se faziam piqueniques no pinhal e os adultos se deitavam a dormir a seguir (o que, dada a condicionante de ser a mais nova, sempre me chateou bastante, uma vez que toda a gente sabe no desperdício em que consiste uma sesta), se pescavam lapas, caramujas, ouriços do mar. Onde se receberam amigas e segundas primas e se viveram grandes aventuras. Onde se saía à noite. Onde se arranjaram namorados e curtições e experiências. Onde se ia muito à praia, a diversas praias, de mar e de rio, e se tomavam imensos banhos, mesmo com água de gelar os ossos. 
Em Viana estão, ou de Viana são, tantas das minhas pessoas. De Viana são imensas das minhas recordações de infância e juventude... e não me ocorre nenhuma que seja má... De Viana eu adoro até o cheiro.
Este ano estamos mais uma vez em Viana, terra do coração. 


Rita

domingo, agosto 09, 2015

Ainda a propósito do saco de recordações...

Coisa cómica: kalkitos. Ainda no outro dia a fada dos dentes tinha deixado uns cá por casa e eu tinha falado com os miúdos sobre esta brincadeira do decalque, quando agora os encontro, aos antigos, dentro do saco dos tesourinhos...! Mesmo a calhar... o Vasco adorou... E cá está, para a posteridade: os kalkitos do meu tempo (e acho que era bem pequena e que quem os tinha feito era a Cristina) e os de agora (são os do canto inferior direito)... para quem queira recordar...


E agora, a dúvida que faz medo... Por que raio tinha eu, aos 12 ou 13 anos de idade, na agenda telefónica só com os contactos dos colegas do 7º e 8º ano, um "embalsemador de animais"????!!!

Rita

sábado, agosto 08, 2015

Saco de tesourinhos


Era um saco trazido de casa dos meus pais já há uns meses largos; o conteúdo da arca de madeira que em tempos o meu Avô tinha feito para a minha irmã, como tantas outras de variados tamanhos espalhadas pelas várias casas da família paterna. No ano passado o meu pai retirou tudo do seu interior e devolveu a arca à sua legítima dona. Para mim veio o grande saco de plástico cheio de papeladas.
Hoje, tanto tempo volvido com o saco enfiado primeiro no antigo escritório (que há um ano passou a ser o quarto do Vasco), depois dentro da arrecadação e finalmente num canto da sala, decidi-me a arrumá-lo. Faz parte das decisões pós-férias grandes, arrumar as coisas aparentemente sem solução que se amontam por qualquer canto desta casa. 
Correspondências a lembrar-me de dramas entre amigas, recortes de bds e de artigos de jornal, antigos estojos com pequenas preciosidades irrelevantes, muitos desenhos de presente da irmã mais velha, agendas com moradas, o relato altamente sucinto de uma importante viagem de um mês de há praticamente trinta anos atrás... e escritos... muitos escritos meus, de brincadeiras entre colegas, de trabalhos da escola, de projetos de teatro ou só do interior de mim mesma, pelo prazer de escrever... 
Leio-os e reconheço muitos, recordo até o envolvimento sentimental e a animação com que me entregava a eles, às vezes até o local ou a fase em que estava... De outros não tenho a mínima noção... 
Gosto de me rever ali e tranquiliza-me descobrir outras pequenas coisas importantes, como um artigo do Diário de Notícias de Fevereiro de 1992,  que me mostra que crianças abandonadas e institucionalizadas já era um assunto que me interessava e que, por isso, eu não sou uma pessoa longe do ponto de onde parti...
Rita

No Dia Mundial do Gato

Turrinhas, ronronadelas e muitas brincadeiras para todos os que têm amigos gatos.

da Misha

terça-feira, agosto 04, 2015

Ele também direito...

O pai cá de casa para a filha de 18 meses, enquanto ela vai ao armário despensa tirar comida da gata à respetiva lata para lha colocar no prato e aproveita para brincar com os grânulos:
- Oh Joana, não posso confiar em ti, está-se mesmo a ver, não dá mesmo para confiar em ti...

Apesar desta saída ridícula, o homem é quase perfeito, tanto que nem vale a pena criar uma etiqueta para ele...
Rita

sábado, agosto 01, 2015

Sete dias de... "Lá fora"

Este ano levámos o "Lá fora" de férias connosco. Já o tínhamos feito em outras ocasiões, mas desta vez quisemos mesmo aproveitá-lo.
O "Lá fora" é um livro magnífico do Planeta Tangerina, um "Guia para descobrir a natureza", cheio de úteis informações e belas ilustrações. Com ele nas mãos, saímos para fazer explorações ou aproveitámos para aprender sobre o que nos acontecia, lá fora, inusitadamente. Provocou-me o "Sete dias" que mais gozo me deu fazer até agora...

No primeiro dia fomos a pé à procura de árvores... pinheiros, sobreiros, oliveiras, eucaliptos... espreitámos, mexemos, olhámos...
«E o que são os anéis claros e escuros que vemos num tronco cortado?
São as camadas que aparecem à medida que a árvore cresce: o anel mais claro é formado durante a primavera e o verão e por isso se chama "anel de primavera"; o anel mais escuro chama-se "anel de outono" porque é formado durante o outono e o inverno.» (págs. 118 e 119)

No segundo dia aproveitámos os tesouros trazidos no dia anterior e fizemos caras... esta não é só uma foto, mas sim um conjunto dos nossos trabalhos, mas mereciam ser mostrados em grupo.
«Faz uma escultura inspirada na Land Art
Podes usar paus e outros materiais da natureza (folhas, pedras, terra). Se precisares de inspiração, procura imagens de artistas que gostam de usar elementos da natureza nas suas obras. Algumas pistas: Richard Long, Robert Smithson, Alberto Carneiro, Patrick Dougherty, Mikael Hansen.» (págs. 126 e 127)

A certa altura descobrimos que no escoadouro do pátio, havia um sapito preso. Em bom rigor, só o viemos a considerar preso dali a uns dias, por uns tempos pensámos que ali teria ido por sua livre iniciativa e ali estaria de bom grado. Foi o "nosso sapo" durante as férias, mas no último dia, armámo-nos em engenhocas, abrimos o escoadouro, pegámos (peguei) no sapo e levá-lo para o ribeirito mais próximo. Não queria sair do balde e foi luxuosamente colocado (coloquei-o) junto à água. Enquanto "o tivemos", foi alvo de muitos olhares curiosos.
«As diferenças entre sapos e rãs não são fáceis de perceber à primeira vista. Normalmente as pessoas chamam rãs aos animais de pele mais lisa e que vivem próximo da água; e chamam sapos aos de pele mais rugosa e que andam mais em terra. Mas, na verdade, há sapos e rãs que pertencem à mesma família, ou seja, os cientistas não consideram que exista uma diferença real entre uns e outros.» (pág. 106)

Não tive qualquer interferência nas suas descobertas das andorinhas que nos finais de tarde vinham rodear a casa enquanto eles brincavam no pátio nos seus momentos de brincadeiras após a praia e os banhos. Aproveitámos as amigas que eles afirmavam ter feito para aprender um pouco mais e foi até da sua iniciativa que nasceu o trabalho no livro das férias...
«Tal como nós podemos passar umas férias longe de casa quando chega o verão, há muitas espécies de aves que resolvem fazer uma viagem grande, até um sítio distante, uma vez por ano.
A diferença é que as aves fazem essa viagem por razões de sobrevivência: algumas porque não resistem ao frio; outras porque deixam de ter alimento nos sítios onde moram (por ex., por causa da neve); outras, por ambas as razões.» (pág. 172)

Sempre gostei de poças de maré. Desde que me lembro, foi sempre uma aventura descobrir os animais e plantas escondidos por entre as rochas quando o mar se ia. Continuo a gostar de uma praia com rochas descobertas na maré baixa e ainda mais de procurar o que se esconde por ali, com eles.
«À medida que a maré vai baixando, deixa à vista a areia ou as rochas que minutos antes estavam debaixo de água - forma-se assim a área entre-marés também chamada intertidal. Quando esta área é de rocha, a água do mar fica presa em pequenas cavidades, formando as poças de maré.»
(pág. 297)

As borboletas foram um mero e curto acaso descoberto durante um passeio, o suficiente para se tentar perceber um pouco mais acerca do seu esvoaçar e pousar por entre as flores.
«A boca é uma pequena tromba sugadora que funciona como uma palhinha. Quando está em repouso, fica toda enrolada; quando a borboleta se aproxima do néctar, desenrola-a e chuuup!» (pág. 85)


No último dia, a aventura tornou-se cómica, mas deu um belo final para os sete dias lá fora.
«Tal como acontece com as pessoas, quando os animais comem, há sempre partes dos alimentos que o corpo rejeita. Essas partes são enviadas para fora do corpo através dos dejetos (o nome que os biólogos dão aos "cocós" dos animais). Assim, nos dejetos dos animais podemos encontrar tudo o que não foi digerido, como sementes, plantas, pelos, pequenos ossos ou exosqueletos de insetos.» (pág. 45)
Neste caso, só pela observação, questionámo-nos acerca de bostas... e ponderámos que as dos cavalos serão maiores pelo seu tamanho, e terão aspeto do que passam o tempo a comer... palha.

Rita