quinta-feira, agosto 28, 2014

O Vasco dormiu ontem no seu quarto novo pela primeira vez. Ia todo feliz e dormiu a noite toda, sem qualquer interrupção.
Nesta noite, a segunda, deve-lhe ter dado as saudades e teve vontade de voltar à cama pequenina, por baixo da da Alice. Era o colchão novo, que «era duro» - comentário que a irmã tinha feito a experimentá-lo. Apesar disso, acedeu facilmente a dormir nele novamente, desde que soube que os colchões duros eram melhores para as costas.
Quando me fui despedir da Alice, encontrei-a com expressão melancólica. Brinquei que quase se poderia abrir uma janela entre os quartos para que pudessem falar ou brincar às sombras um com o outro antes de dormir. Perguntei-lhe se sentia a falta dele, e ela:
«Claro... eu gostava de o ter aqui... no andar de baixo... fazíamos... fazíamos um bom prédio juntos...»
Rita

quarta-feira, agosto 27, 2014

Manhã de Graça

Ontem deixei a pequena com a minha vizinha crescida e fui com os putos (os meus dois, mais o de cima e a de cima do lado) à Graça, ao Largo. O objectivo era ir às compras para uma atividade que eu tinha proposto fazermos e aproveitarmos o passeio para conhecermos mais do bairro. 
Ficámo-nos por alguns murais do Passeio Literário da Graça que valem tanto a pena uma visita turística ao nosso bairro e, mesmo assim, não os vimos todos... 



Claro que terá que se agendar novo passeio...!
Rita

segunda-feira, agosto 25, 2014

Praia urbana

Hoje, no ATL doméstico cá de casa, fomos conhecer a praia urbana que fizeram para os lados do Jardim do Torel.
Estava com alguma curiosidade, a coisa tinha dado notícia no telejornal mas era polémica no facebook. Uma vez lá chegada com quatro putos, três meus e um emprestado, não consegui perceber a razão de quem só tem mau para dizer.
A praia do Torel reformula temporariamente um jardim giríssimo e subaproveitado de Lisboa. Ao que parece, foi feita somente com recurso a patrocíniosDá conhecê-lo, dinamiza-o. A piscina, ou se quisermos ser absolutamente sinceros, a fonte, está tão aparentemente limpa, cuidada e tratada como... uma piscina...! Até cheira a cloro, aliás... A areia também se encontra na mesma situação, existe um nadador salvador, um polícia. Há um café estiloso (já lá estive há uns tempos, pareceu-me idêntico mas não consegui vê-lo bem desta vez), um quiosque com esplanada, uma barraquinha amorosa de venda de bolas de berlim com e sem creme. Todo o espaço é pequeno mas não estava cheio. E consiste numa boa alternativa para levar miúdos (para quem não tenha acesso a transportes facilmente ou, como eu, só queira a garantia que os pequenos se vão divertir durante o muito pouco tempo que tenho disponível) ou adolescentes. As crianças que me tocavam a mim estiveram sempre divertidíssimas, deram umas belas banhocas, brincaram no parque infantil adjacente. Afirmaram ter gostado muito e provavelmente pedirão um regresso - só possível até ao final do mês.
Venham mais originais iniciativas destas nos belos espaços da nossa cidade, faxavor... 



Rita

quinta-feira, agosto 21, 2014

Xulé Trinta e Três (33#))

Tem cara de quem gosta de se divertir e possui um nariz detector de brincadeiras, de mimos e de belos passeios.Tal como todos os outros amigos Xulés, o Trinta e Três adora tirar fotos e espera ansioso no saco xulezudo pelo momento de ser encontrado por um menino ou por uma menina que por ele se encante e queria brincar. Por ele, desde que seja para se divertir, está sempre disponível.

Boneco-de-meia, feito à mão. Com enchimento sintético e botões.
Peça única, com 20 cm.
Ainda sem dono.
Ana Cristina

terça-feira, agosto 19, 2014

A Alice faz nove anos

Há nove anos atrás passei a ter uma coisa destas para amar e cuidar... 


Hoje estamos de parabéns, minha querida filha grande.
Rita

segunda-feira, agosto 18, 2014

WIP

 Hoje mostro, muito rapidamente, um pedacinho de um dos últimos trabalhos das Oficinas RANHA. Espero que gostem.
Ana Cristina

domingo, agosto 17, 2014

Despojos de um campo de férias


No dia seguinte ao regresso comecei logo por tratar da mochila, ansiosa por arrumar qualquer coisa que aliviasse o estado de uma casa em obras, onde se anda a aumentar uma divisão e a dar-lhe uma utilidade diferente, logo, uma casa completamente de pantanas.
Essencialmente, o que vinha na bagagem era sujidade. Como já há muitos anos não via...! Para além da imundice, a mochila trazia todos os items da lista por nós elaborada previamente (com excepção de uma única meia... mas, como vinha um par a mais...!), organizados de uma forma não irrepreensível mas nada criticável...  
Muito mais importante do que a bagagem física, a miúda trazia ótimas recordações, de uns maravilhosos oito dias. Já alguns dias volvidos, continuamos a falar do campo, do que fizeram, agora cada vez com mais pormenor... E todos os dias há músicas novas... e antigas, dos meus próprios campos... músicas já trauteadas também pelo irmão...
A minha filha está mais rica com a ida para este campo, e com ela, todos nós.
Rita

sábado, agosto 16, 2014

O regresso


Se não estivéssemos demasiado embrenhados nas modificações que estamos a fazer em casa para criar o quarto do Vasco, já aqui tinha vindo falar do regresso.
Oito dias depois de ter ido, a minha menina grande regressou. Imunda, estafada, cheia de saudades, mimocas, sorriso de orelha a orelha. Geriu, como pôde, os abraços e beijos entre os manos, declarou estar ansiosa por tomar o seu banho «a escaldar», passou pelas brasas no sofá com o irmão agarrado a ela e foi extremamente satisfeita para a sua cama. 
Do campo afirmou que, de 1 a 10, a nota era a máxima. Pronta para voltar para o ano, portanto.
Rita

segunda-feira, agosto 11, 2014

As férias que já tivemos

Antes de ficarmos a três (uma vez que a Alice está agora no campo de férias), estivemos de férias a cinco, na altura em que o pai ainda não havia regressado ao trabalho. Daqui a dias, quando a miúda voltar, retomaremos o nosso ATL de Verão familiar, ou seja, pouco menos de um mês a quatro, mãe e filhos. 
Entretanto, as férias já gozadas foram óptimas... tal como se quer, com muita cor...

... cor de praia...

... cor de comezainas...

... cor de passeios...

... cor de belas vistas...

... cor de brincadeiras...

... cor de gelados...

Rita

sábado, agosto 09, 2014

Os comentadores políticos que não têm nada a ver com as políticasImagem

Imagem tirada da net
São muitos. Uns dias é o Sr. Marcelo Rebelo de Sousa a contar-nos histórias de quem disse o quê e a quem qual poder de omnipresença e omnisciência. Ao que parece comenta acerca de tudo excepto da temática da sua candidatura à Presidência da Republica. Também há o Sr. Sócrates, ex-primeiro ministro, que recusa relacionar as suas políticas com as actuais. E temos ainda o Sr. Marques Mendes, um autêntico adivinho, que nos apresenta semanalmente a sua previsão do futuro. 
Estou para comentar acerca deles há algum tempo mas tenho sempre adiado. Umas vezes por falta de tempo, outras porque as palavras escritas não ajudam a clarificar as ideias. Mas hoje, numa nova tentativa, vai a minha pessoa comentar sobre os comentadores políticos, ou seja, sobre as incoerências que tivemos de ouvir o Sr. Marques Mendes dizer. 
  • Com que então não existem dinheiros públicos envolvidos no caso do BES mas pode dizer-se que há grave lesão do interesse nacional?!... 
  • E se o Tribunal Constitucional chumbar as medidas propostas pelo governo para o próximo Orçamento de Estado o governo não deve cair porque se houvesse eleições antecipadas ninguém votava no PSD e no CDS?! Ou seja, como ninguém votava neles o melhor é não pedir a demissão... ou melhor ainda, o melhor é o TC fazer passar tudo para o governo não ficar mais uma vez como aldrabão. 
  • E também não percebe a greve na TAP numa altura destas?! Tá bem, eu esta explico. Os trabalhadores da TAP estão a fazer greve por motivos de descanso. O aumento do horário de trabalho, a obrigatoriedade de trabalho extraordinário, e a diminuição dos períodos de descanso não parecem motivos suficientes para fazer greve??? Então também não deve entender as greves dos enfermeiros exactamente nesta altura.
Acho que deu para perceber que estou um bocadinho cheia destes e de outros senhores/as, a fazer comentário político na televisão. Aliás, nenhum deles parece ter absolutamente nada a ver com o estado a que chegámos.
Mais não digo num post que, apesar de mal redigido e sem correcção tem de ser publicado. Porque isto também sou eu, uma descontente. Mas também uma crente que um dia virão novos tempos, novas atitudes.
Ana Cristina

quarta-feira, agosto 06, 2014

De mochila às costas...


... partiu ela, hoje de manhã, para o seu primeiro campo de férias... com uma grande amiga e mais de quarenta desconhecidos que presumo se irão tornar grandes companheiros a merecerem amargas lágrimas de despedida daqui a uma semana...
No saco levava todos os items da lista sugerida, mais a roupa escolhida por ela para a noite de gala, mais o seu Xulé, mais o seu característico contentamento equilibrado, de quem se adapta sempre às novas aventuras a que se propõe... 
Como eu ainda me recordo de tantas coisas do meu primeiro acampamento - e dos que se lhe seguiram - sei de fonte segura o bom que vai ser, o tanto que se cresce e se vive, o mais que se guarda para sempre... 
De forma sempre surpreendente para mim, tal como já aconteceu nos acantonamentos de dois e três dias com a turma ou nos passeios de final de ano lectivo ou em algumas festas escolares ou exibições de actividades, dei pelas lágrimas no último abraço que trocámos, mas escondi-o dela, engoli em seco e vim embora com os outros pimpolhos atrás... lágrimas de felicidade por vê-la crescer... 
Rita

domingo, agosto 03, 2014

Uma estante cheia de Xulés 2

São oito, e têm nomes seguidos, do Quarenta e Dois ao Quarenta e Nove. Quiseram marcar a diferença com uma fotografia de grupo a assinalar a quase meia centena de Xulés saídos da fábrica Oficinas RANHA.
Já seguiram quase todos para novas paragens, e foram felizes porque o saco xulezudo estava cheio e ficar lá dentro não tinha grande graça. Engraçado é brincar tanto que se fica moído e com pontos desfeitos, é dormir agarradinho ao dono pequeno ou ser admirado pelo grande. E tirar fotografias, claro (um prazer comum a todos os Xulés, como já deu para perceber). 
A história das meninas Xulés Quarenta e Quatro e Quarenta e Seis já contámos neste post, e a do verdusco e bezuguento Xulé Quarenta e Oito foi contada neste. Contaremos as outras histórias assim que possível, mas têm de esperar um bocadinho porque as artesãs e criativas das Oficinas RANHA, são também mãe-de-três-agora-de-férias ou enfermeira-a-trabalhar-a-40-horas-por-turnos-em-luta-sindical.
Ana Cristina



sábado, agosto 02, 2014

Vinte e três anos é muito tempo...

Muitos dias, muitas horas a cuidar. Vinte e três anos anos é muito tempo, deste tempo inteiro que eu tenho. É metade.
Festejei ontem os vinte e três anos que comecei a trabalhar como enfermeira. 
Não me lembro bem do primeiro dia. Só que era um bonito dia de sol, que havia notícias de uma Guerra no Golfo, e que eu tinha a noção que a minha vida iria mudar muito. Aquele era só o primeiro dia do resto da minha vida. O dia da passagem real à vida adulta, de começar a trabalhar na profissão para a qual tinha estudado e passado por grandes lutas internas, de começar a colaborar para a sociedade.
E passaram 23 anos, com vários primeiros dias do resto da minha vida e diferentes experiências profissionais. Comecei como uma menina enfermeira das que "- Menina, podia-me chamar uma enfermeira? Uma enfermeira mais velha.". Sou agora uma daquelas enfermeiras mais velhas e com experiência.
Tenho a mesma vontade de mudar o mundo (embora com uma visão mais assertiva) e, infelizmente, encontro agora algumas das mesmas dificuldades que encontrei no exercício da minha profissão quando comecei. Há uns anos pensava que estávamos numa espiral crescente mas parece que não. Não posso é desistir de acreditar que a espiral crescente é possível. 
A LUTA CONTINUA. A luta mental, a luta social, a luta política.
Ana Cristina