segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Domingo bem passado

Ontem fomos à Quinta da Regaleira ver "Ciranda - Baú de Lendas", pelos TapaFuros. E fica a ideia: se quiserem passar uma bela e divertida manhã em família, levem-na a rir até às lágrimas com o excelente profissionalismo desta companhia de teatro que este ano completa duas décadas de vida. A sério, vale mesmo a pena. Um bilhete para a peça vale 7 euros e pode visitar-se a Quinta em seguida.
Esta foi uma das razões porque o nosso domingo de ontem foi espectacular. Podendo claro, juntar-se o facto do dia estar lindo, quente e solarengo. Ou o de termos tido a companhia de um maravilhoso grupo de amigos. Ou o de termos juntado todos estes ingredientes ao frango assado que depois comemos no jardim, à laia de piquenique.


Rita
* A imagem foi tirada do blog dos TapaFuros.

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Dimensão paralela na EPAL

Ontem, quando chegámos a casa, não tínhamos água.
Os senhores da EPAL tinham-nos mandado uma carta há um mês a dizer que deveriamos actualizar a leitura do nosso contador. Para isso teriamos que ligar gratuitamente a dar a leitura ou fazer uma marcação, também gratuita, para virem fazer a leitura. Adiámos a coisa.
Dizem os senhores da EPAL, ou melhor dizendo, a senhora que nos atendeu a reclamação, que entretanto tornaram a enviar outra carta a dizer que vinham a nossa casa ontem. E que, como não estávamos, apesar deles terem feito uma marcação - unilateral, entenda-se, e sem qualquer comprovativo em como havíamos recebido a carta -, tinham-nos desligado a água. A cereja no topo do bolo? Que teriamos de pagar 50 euros pela deslocação do técnico que iria ligar a água novamente.
Portanto, vejamos. Temos clientes bons pagadores, que nunca deixaram de pagar a conta da água. Mas desligamos-lhes a água na mesma porque não estão quando os informamos que lá iremos. O facto deles nunca terem recebido a dita informação sobre a nossa ida não interessa nada. Afinal, o que é isso de cartas registadas e avisos de recepção? Ah, é uma coisa que nos dá a certeza de que o outro lado recebeu o que lhes queriamos enviar?! Ok, que se lixe.
Sou só eu que acho isto uma tremenda prepotência?! Mas desde quando é que se inventou outro tipo de razão para suspender o fornecimento de um bem, que não seja a sua falta de pagamento????!!!!!
Sim, sim, estou a falar da mesma empresa que nos passa os recibos de pagamento em outro nome porque se recusa a fazer um contrato no nosso uma vez que o antigo contratante não passou uma declaração a dizer que o contrato iria mudar. Isto deve ter uma tremenda lógica algures e eu é que ainda não a encontrei...

Rita

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Paixões desavindas em dia de namorados

Na passada terça-feira a Alice chegou a casa toda contente porque ela e o Guilherme, de 04 anos e pertencente a outra sala, tinham dado um beijinho na boca. Perguntei se tinha sido bom, o que ela confirmou. Em seguida, contou que lhe tinha perguntado se ele namorava com ela ou com a Eva e que ele tinha apontado para ela.
Estava verdadeiramente feliz e, nessa noite, quando contou uma história inventada ao Vasco, falou-lhe de um menino chamado Guilherme que tinha uma namorada chamada Alice.
Na quinta-feira, veio de sobrolho franzido porque o Guilherme, afinal, tinha tornado a apontar para a Eva. O pai brincou e disse-lhe que ela deveria arranjar um outro namorado para fazer ciúmes ao Guilherme. Só em casa, quando ela afirmou a sua desilusão com o pinga-amor e repetiu a ideia dizendo que era o pai que lha tinha dado, é que tentei fazê-la ver que o pai estava a brincar e que isso não seria justo com o menino que ela escolhesse para fazer os ditos ciúmes. Disse-lhe que ela teria de falar com o Guilherme. Ela respondeu que já lhe tinha explicado que ele não poderia namorar com duas meninas ao mesmo tempo. Tentei dizer-lhe que isso implicava aceitar a escolha que ele fizesse. Ela suspirou: «Mas eu gosto tanto dele...» Acrescentei que teria ela de tomar uma decisão sobre aceitar namorar com o Guilherme ao mesmo tempo do namoro dele com a Eva.
Sexta-feira resolveram a querela. O Guilherme apontou novamente para ela (homem de poucas palavras, pelos vistos) e garantiu-lhe um fim-de-semana de ansiedade para voltar à escola, pleno de paraísos obsessivos: «Só penso no Guilherme...».
Hoje, dia de namorados, o Guilherme indecide-se novamente e torna a apontar para outra. Novo drama e revolta. Conclusão, depois de muita conversa: o D. Juan já não irá ser convidado para vir cá a casa. E pode pedir-lhe novamente para ser namorada dele que ela, mesmo que ele esteja a pingar chocolate da cabeça aos pés, não o aceitará. A expressão foi ideia da mãe.
Para onde caminha este namoro moderno?! Veja amanhã as cenas dos próximos capítulos.
Rita

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Histórias de amizade

Talvez há uma hora, ou nem tanto, ficámos a saber que tínhamos merecido a honra de ser listados como amigos numa lista muito muito importante para alguém. Se o dia não tivesse sido bom, só isso já era o bastante para o tornar...
Ser-se amigo de alguém é bom. E saber que se é reconhecido como amigo também. Enternece, dá calor ao coração, e faz-nos lembrar que até ao fim da vida, seja em que esquina ou a que propósito for, nunca perdemos a capacidade de fazer um amigo.
Muito obrigada J. e M. Sinto-me verdadeiramente honrada e acho que não serei só eu.
Rita

Ah, é verdade. E é recíproco. Também para nós é um privilégio conhecer-vos e poder acompanhar a R.e a vossa família a cada dia.

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Iamos todos no carro, a caminho da casa dos avós, e conversávamos sobre o facto do nosso planeta ser redondo e isso implicar que o Sol só iluminasse uma parte dele, sendo noite na outra que lhe está oposta. E depois o facto da Terra rodar e dos lados trocarem. E damos o exemplo da Austrália, o país para onde foi uma das primas, e o facto de lá ser de noite enquanto nós estávamos em pleno dia. E a Alice:
- Eu gostava de morar na Austrália.
Ficámos cheios de pontos de interrogação nos olhos e nas vozes. E ela explicou, mais ou menos assim:
- Porque assim podia brincar quando fosse noite.
Rita