segunda-feira, julho 31, 2006

Os primeiros


Apresentam-se os primeiros sapatos "à séria" da Alice.
Há uns meses que anda descalça porque, enquanto não partia para os seus primeiros passos, achámos que o melhor calçado que poderia usar era mesmo o "au naturell". Mas desde que está a deixar de ser um aranhiço para se tornar num andarilho, ou melhor, desde que se gerou a dúvida que o formato andante pudesse não estar a colocar o pé no chão da forma correcta, começámos a procurar o ideal. O que fosse feito para os pés com cabeça, ou seja, o que permitisse a aquisição da marcha sem prejuízos para a formação da coluna.
Algumas pesquisas na net e teorias sobre arcos plantares, reforços de tornozelo, solas flexíveis depois, começámos a procurar... e nada, todos os números 19 (o apurado) esgotadíssimos, teríamos que esperar pela próxima estação... já estávamos a ver a rapariga a passar o Verão de botas... Mas todos os cachopos decidiram calçar o 19?!
Enfim, quando nos dávamos quase por vencidos, encontrámos estes, que nos agradaram em qualidade e estética. E ela adaptou-se até bastante bem, ao que parece. Tanto que os usa parcialmente há dois dias e eles já parecem levar uns meses de avanço...
Rita

sexta-feira, julho 28, 2006

Para o Tiago

Ouvimos dizer que ficou tão animado que andou o resto do dia com o quadro na mão, que o mostrou logo a quem foi lá a casa e que se identificou logo com o menino que lhe fizemos. Não admira, o menino da tela tem cabelo encaracolado, veste de vermelho e está a tocar bateria, como uma que ele tem lá no quarto...
Ficámos contentes, "se ele gostou é porque cumprimos com o objectivo" - pensámos. Mas não esquecer a crítica: "Coitado do menino, aquela coisa (o prato) está tão acima que ele não vai conseguir tocar".
Queriamos críticas sinceras, não era? ...
Beijinhos para o Tiago.
Ana Cristina

Também podemos ver este menino aqui.

segunda-feira, julho 24, 2006

Hoje

Terceiro grito do Ipiranga da Alice. O que é o mesmo que dizer: terceira noite a dormir na casa dos avós.
Nós: "Eu, tu e todos os que conhecemos". Há muito que um filme não me enchia tanto as medidas... gosto de filmes sobre as bizarrias que todos tempos (uns mais do que outros). E fica a imagem do homem a pendurar na árvore o quadro da fotografia do passarinho, com a mulher nas costas dele, cara encostada entre as suas omoplatas, mãos a entrelaçar as suas mãos...
Como é que é mesmo a palavra que os pseudo-entendidos costumam usar?! Sublime...
Rita

sábado, julho 22, 2006

Feita de encomenda



A P. esteve grávida de uma Beatriz quando eu estive da Alice.
Como minha conhecida e amiga de minha grande amiga, fui acompanhando à distância as histórias deste período, do parto e da evolução até agora, ao seu primeiro ano. E, quando a minha grande amiga se lembrou de nos encomendar este trabalho («o quarto é verde e rosa; a P. gosta muito de lhe escolher coisas com flores; o cabelo e os olhos já são castanhos e os pais têm os dois os cabelos lisos»), parece que ainda mais gozo deu em planeá-lo, para esta Beatriz que ainda só conheço de nome.
Rita

sexta-feira, julho 21, 2006

O post de ontem...

... hoje com fotografia.

A Rita ontem fez um post no qual não conseguiu colocar uma fotografia. Hoje consegui publicar essa fotografia, mas noutro post. Por isso esta pequena finta ao Blogger, que demonstra ser de luas...
Ana Cristina

Surpresas na volta do correio

Ontem, à chegada a casa com a Alice, encontrei, de uma forma um tanto ou quanto sui generis , a prenda pela qual aguardava ansiosamente. Entalado no puxador da porta de entrada (sim, pronto para alguém que não nós levar para sua casa) o carteiro tinha-me deixado um envelope grande. E lá dentro... duas gravuras da Rute Reimão, envolvidas em invólucros de cartolina colorida!!!


A Rute desenha maravilhosamente... fá-lo muitas vezes em papel de toalha de mesa de restaurante e as suas gravuras fazem lembrar uma viagem deliciosa pelo mundo dos sonhos ou o dia a dia de quem tem crianças... Habituadas a namorar o trabalho desta magnífica artista, quando ela anunciou a sua disponibilidade, eu e a Cristina não perdemos tempo. Para o quarto da Alice veio uma lua a ser abraçada por uns lindos cabelos amarelos e para casa da tia da Alice foi uma menina que não gosta de sopa... a fazer lembrar tempos idos de horas passadas à mesa sem comer...

Como se não bastasse a delícia dos desenhos, a Rute simpaticamente juntou-lhes um "cartãozinho de plástico" que vai directamente para a minha colecção de marcadores e dois livrinhos para a minha rapariga pequena: "O Piolho" e, lindeza das lindezas, "Carlota e a Revolução dos Cravos". As histórias têm a participação da Reimão, claro está. E Rute, podes ter a certeza que, principalmente o segundo, irá ser lido e relido, para que a minha filha saiba o que eu nunca vivi mas souberam muito bem transmitir-me! Obrigada, obrigada, obrigada.
Ficam prometidas fotografias das gravuras emolduradas e próximas encomendas, desta feita para o resto da casa, que também tem direito.
Rita
O trabalho da Rute Reimão pode ser visto
aqui e aqui.

Mais uma vez...

.... não consigo pôr uma fotografia num post, adiando a sua colagem para o dia seguinte, à espera que tudo funcione como deve de ser. E cá fico, com a mesma raiva e a mesma cara de palerma de quem não percebe patavina do motivo... Isto dá um desânimo...
Rita

segunda-feira, julho 17, 2006

Novidades

Porque prometi que trazia novos trabalhos, e que a ausência era só uma fase, mostro uns sapatinhos que receberem muita cor. Em branco não combinavam com a sua futura dona.
Agora sim, coloridos e bem dispostos seguiram para a Rita, que tem dois anos e meio e adora flores, roupas coloridas e saltar muito.
Espero que ela goste tanto deles como nós, que já estamos a pensar em numeros tipo 36-37.
Para os ver melhor, clique aqui, aqui e aqui.
Ana Cristina

sábado, julho 15, 2006

O calor, mais uma vez...

Enquanto não se mostra novos trabalhos, faz-se o que se pode... ou seja, andamos quase nus pela casa, mangueiramos o Kaos, ligamos o ar condicionado do carro nos 19º, damos dois banhos de água fresquinha à Alice e deixamo-la anda só de fraldoca, tapamos as janelas como podemos, abrimos a torneira à Fera assim que ela pede, vamos à praia depois das 17h e voltamos de lá com duas rosetas na cara, os nossos pais passam o dia com a ventoinha ligada, preferimos o chão ao sofá, mexemo-nos o menos possível... está demasiado calor para se conseguir funcionar...
Rita

domingo, julho 09, 2006

Avós


A minha mãe trouxe-me no outro dia dois vestidos para a Alice. Vestidos usados por mim, feitos para mim pela minha Avó Joana.
Apesar da minha mãe detestar costurar, terei sempre boas recordações da máquina Singer que ela ainda tem na varanda. Era lá que a minha Avó se sentava, dias a fio a fazer-nos coisas, quando vinha de férias para a nossa casa. Eram as bainhas, os arranjos, mas também as roupas para nós e os vestidos para as nossas bonecas.
Não me lembro bem, mas imagino que cada corte de tecido desse para fazer várias peças. A minha mãe tinha um vestido do tecido desse que aparece aí na fotografia do lado esquerdo, vestido esse que já usámos muitas vezes no Carnaval mas que agora, só de pensar nele, me dá vontade de vestir este Verão. Chamo-lhe "o vestido limão" porque é isso que as cores me fazem lembrar, um limão desses com a casca ainda meio verde, bem ácidos, como os do limoeiro sem nome do nosso páteo. Por sua vez, a minha irmã teve um vestido lindo, do mesmo tecido e com um modelo bem semelhante ao do lado direito da imagem, que eu vim a herdar mais tarde e a usar também durante muitos anos.
Gosto muito destes vestidos e das lembranças que tenho dos outros, dos grandes. Sabia que a minha mãe os tinha guardados na arca, às minhas únicas roupas de recordação e eu ansiei muitos anos por ter uma filha a quem os vestir. A Alice fica linda com eles.



A minha sogra, que também é toda artista na costura, ainda a Alice não tinha nascido e já lhe tinha feito seis cueiros. O meu preferido sempre foi este do lado esquerdo, com as riscas vermelhas e uns ursinhos e coelhinhos que parecem vestidos de marinheiros. E há outros de modelo igual, semelhantes a uns bibinhos, de quadradinhos azuis e amarelos. Alguns têm uns mimos bordados pela Bisavó. São todos muito bonitos e enormes e não me habituo à ideia que eram para ser usados a tapar-lhes as perninhas no ano passado, quando ela era tão minorca. Para mim, parecem vestidinhos e têm muito mais piada quando vistos assim em pé, todos inteiros. Quando lhos visto agora, fico cheia de pena a vê-la a tentar desembaraçar-se a gatinhar com os pés a pisar o tecido... Quando ela andar, aí sim, vão-lhe ficar o máximo...
Fico muito contente quando penso que a Alice vai ter a mesma sorte que eu e a Cristina. Uma avó a coser para ela, e ela a chegar da escola a correr, toda ansiosa e entusiasmada só de pensar no vestidinho que lhe pediu para a Nancy e que a avó anda a fazer às escondidas, para o efeito final ser surpresa. Não haverá a varanda ou a Singer e com certeza não será uma Nancy, mas em todo o caso será a avó a coser, só para ela.
Rita

quinta-feira, julho 06, 2006

Volto ...

... a escrever-vos, depois de muito tempo sem dar notícias.
Mas não pensem as visitas que tenho estado ausente, porque não corresponde à verdade. Tenho vindo quase diáriamente aos nossos cantinhos, tenho feito umas visitinhas, só não tenho deixado noticias. E também não tenho dedicado tempo às criações das oficinas. Não me apeteceu.
Foi uma fase. Um tempo de desanimo, um tempo de reflexão criativa, o que lhe quisermos chamar. Uma fase necessária para o inicio de uma nova fase, mais alegre, cheia de ideias e de criação.
Espero que volte depressa esse novo periodo.
Ana Cristina

terça-feira, julho 04, 2006

Um Capote


"Na madrugada do dia 15 de Novembro de 1959, na pequena cidade de Holcomb, Kansas, quatro membros da família Clutter foram selvaticamente assassinados a tiro de espingarda. Aparentemente não havia nenhum motivo para o crime, e não foram deixadas quase nenhumas pistas. À medida que Truman Capote reconstrói o crime e a investigação que levou à captura, julgamento e execução dos assassinos, vai criando um clime de suspense arrasador e de espantosa empatia. "A Sangue Frio" é uma obra que transcende o seu momento, demonstrando uma profunda compreensão da natureza da violência na América." (na contra-capa)

Estou a meia dúzia de páginas de acabar este livro, que li arrebatadamente e que aconselho a quem possa interessar-se. Por vários motivos: porque está extraordinariamente bem escrito, porque é fruto de uma grande pesquisa desenvolvida pelo autor que demorou sete anos até conseguir chegar ao seu produto final, porque é magnífica a viagem interior que o leitor desenvolve até conseguir simpatizar verdadeiramente com um homem capaz de cometer a barbarie de matar "a sangue frio" e sem motivo, quatro boas pessoas. É estranho, curioso, interessante e, de certa forma, revelador...
Rita

segunda-feira, julho 03, 2006

Um sonho de espuma


A mãe acabou há pouco de dar o banho (quase) diário à filha.
Inspirada numa fotografia que tem guardada do afilhado, preparou-lho cheio de espuma. Foi a loucura... qual chapinhar...! foi vê-la literalmente a dar uma tareia na água e encher a casa de banho, os armários, as louças e, é claro, a mãe, de água e espuma.
A mãe gritava e a filha, cada vez mais excitada, exercitava as suas futuras palmadas num dos quatro elementos (que acho que o éter só é elemento para o Saramago, se ainda recordo...).
A casa de banho tornou-se uma piscina a agradecer a vinda da D. Eliza amanhã.
A mãe ficou cheia de inveja da filha porque, com trinta, já não se justifica encher uma banheira de espuma e gritar e chapinhar com voracidade...
Rita

sábado, julho 01, 2006

E para hoje: bifes de cebolada!

E eis que, com toda a dignidade e orgulho, a nossa selecção ganhou à Inglaterra e está nas meias finais. Inglaterra essa, diga-se em abono da verdade, que foi uma excelente oponente, a bater-se com tanta força que nem davamos pelo jogador a menos.
O Ricardo pôde mostrar o seu talento a todos os que dele duvidaram, fazendo ainda por cima declarações tão modestas que devem ter deixado completamente envergonhada qualquer pessoa que o denominou de frangueiro esta época (eu incluída, shame on me..!).
Foram uns bravos. E não tiveram medo de ninguém, claro.
O que é o mesmo que dizer: até os comemos, carago!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Rita