quinta-feira, maio 27, 2010

Na escola

Nestes dois dias tive reuniões na escola, da sala do Vasco primeiro e da sala da Alice hoje.
Começam às 18 e habitualmente venho embora já depois das 20, sou sempre das últimas mães a abandonar o recinto.
O pai não percebe, mas a verdade é que eu adoro as reuniões. Por mim podiam durar a tarde toda, o dia todo.
Nunca tive experiência de creche e jardim de infância e a escola sempre foi para mim um local onde estava com gosto, aprendia com prazer, estava segura, acompanhada e bem. Os professores nunca foram meus inimigos, talvez porque os tenho em demasia na família.
Eu gosto mesmo da escola dos meus filhos, onde foram parar quase por coincidência. E gosto mesmo das educadoras que eles têm tido. Guardarei para sempre, e com muita ternura, tudo o que me ajudaram, ensinaram, partilharam, e interrogo-me se conseguirão ter a noção do bom que representam na minha vida.
Para além de tudo isto, gosto desta relação com aquele grupo de crianças e pais que se vai desenvolvendo desde o berçário. Foi assim que foi comigo, com a Joana, com a V (mãe do JP), com a Rita (mãe da MM), com a Ana (mãe da F). E ontem vi-me a olhar para as mães dos amiguinhos do Vasco e a pensar que daqui a uns anos poderemos estar nas festas de aniversário uns dos outros...
E gosto do espaço, que não é perfeito, mas que assim se torna, repleto de trabalhos originais e desenvolvidos, os trabalhos lindos que os nossos meninos lindos fazem diariamente e que nos fazem pensar como estão crescidos e já sabem tanta coisa...
Eu adoro as reuniões, aquela partilha, naquela escola, com aquelas pessoas.
Rita

terça-feira, maio 25, 2010

Uma passeata de aniversário

Uma amiga recente fez anos há poucos dias e, com o objectivo de arranjar fotografias para decorar a parede de uma casa especial, organizou para o aniversário uma passeata fotográfica. Nós lá fomos. Caminhámos cerca de sete quilómetros pela Sintra rural e assistimos àquelas maravilhas naturais rotineiras, das que felizmente vemos tantas e tantas vezes... só nos esquecemos é de as observar, notar, guardar dentro de nós mesmos... Pelo meio encontrámos um sítio lindo e bem recuperado, o Museu de São Miguel de Odrinhas. Vale uma visita.

O dia foi óptimo pela observação. E pelo reencontro de amigos, claro.



Rita

segunda-feira, maio 24, 2010

Aventura de final de dia

Sexta-feira, final de tarde. Família sem filho caçula. Proposta do pai: - E se fôssemos jantar fora?! Aceitação da restante família, composta de mãe e filha primogénita. Curta viagem de carro. Voltas para estacionar. Dispensa de local mais perto do restaurante em detrimento de local pertencente à zona do antigo mercado dos Anjos. Jantarinho calmo com pequenos precalços da primogénita, semelhantes a tantos que faz em casa, mas que em restaurante provocam mais tensão. Saída com a pança refastelada de um belo naquinho de carne e de um excelente vinho. Ida até ao carro. Constatação de que o espaço pertencente ao antigo mercado dos Anjos fecha, com cadeado, a partir das 21H00 (hora de fecho do Lidl, o novo supermercado da zona). Volta ao recinto, sem novidades. Risinho da família. Filha primogénita às cavalitas do pai desde os Anjos até à Graça. Noite quente. Passeio saudável e agradável. A repetir intencionalmente.
Rita

domingo, maio 23, 2010

Ainda das férias...

Uns fizeram um bom passeio a pé, mas houve quem experimentasse ir de cavalo. E todos gostaram. Momentos bem passados à beira mar.
Ana Cristina

quarta-feira, maio 19, 2010

Brincadeiras no páteo

Desde que está bom tempo (viva! viva! aleluia!), a Alice tem ido quase diariamente brincar para o páteo com os amigos do prédio. É engraçado pensar que numa morada tão antiga existam tantas crianças. Mais giro ainda é vê-los tão ansiosos por conviver uns com os outros.
Há dias em que ela chega e vai lá para fora gritar por eles. Outras alturas, são eles que começam a espreitar e a fazer-me sinalefas, à procura dela. Sei que temos o páteo melhor, que lhes pomos umas mantas no chão e os deixamos levar brinquedos lá para fora, que existe inclusivamente uma bicicleta... de qualquer forma, não consigo impedir-me de me sentir orgulhosa por ela ser considerada uma boa companheira de brincadeiras...
Todos juntos, eles são imensos... o D, o G, o J, a M... algumas vezes ainda a D, a R, e até o Vasco... mais raramente, ainda a M e o B, primos dos primeiros... E tirando as birras teimosas da M e um ou outro desentendimento fortuito entre a Alice e o J, entendem-se bem, respeitam-se, os mais velhos falam de modo carinhoso para os mais novos... Trazem-me recordações que não são bem minhas... grupos de miúdos à solta na rua ou em férias, a aprender uns com os outros, a viver... liberdades melancolicamente bem guardadas dentro de tantas infâncias felizes como a minha...
Rita

segunda-feira, maio 17, 2010

Por aqui...

Permissas:
O Vasco está constipado.
O Vasco está quase a andar (= ponto de referência "Brazeltoniano").

Conclusão:
Estou podre e morta de cansaço. Inté.
Rita

Legenda para quem não está habituado a estas lides da maternidade: acordei talvez de meia em meia hora para pôr a chucha ao #$&@ do puto nas duas últimas noites.

domingo, maio 16, 2010

Voltei voltei, voltei de lá...

As férias foram boas. Uns dias passaram-se a curtir a sobrinha que esteve quase uma semana só connosco. Outros dias em jeito de fim-de-semana prolongado entre família. E por fim, uns dias a dois.
O tempo nem sempre colaborou, mas também não se esperava outra coisa nas duas primeiras semanas de Maio.
Deu para fazer praia com soutien à mostra, sem protector e com chuva ao mesmo tempo. Mas também deu para a fazer com Sol, a ler e a passar pelas brasas em praias desertas e houve até quem andasse de cavalo. Curtiu-se o Alentejo, o litoral mas também o interior, um Alentejo em flor cheio de cor e de nova vida, com paisagem histórica e castelos inseridos na paisagem.


Amanhã um novo ciclo recomeçará como sempre que se volta.
Legenda das fotos: "Praia deserta em dia de Sol" e "As árvores não sabem nadar"

Ana Cristina

terça-feira, maio 11, 2010

O primeiro vestido da F.


Penso que foi há dois anos que as Oficinas ofereceram a sua primeira peça à minha sobrinha mais velha. As fotografias estão uma treta mas, quanto a mim, o vestido ficou lindo... E não deixa de ser engraçado revê-lo e publicá-lo agora, nesta tentativa de mostrar uma coisa por semana da nossa autoria... parece minúsculo, comparativamente com os grandes três anos que ela faz daqui a uns dias...
Rita

quarta-feira, maio 05, 2010

Desabafo em código, para dentro de mim mesma

Há coisas que não conseguimos impedir que nos façam pensar. Pior, remoer.
Há coisas que não conseguimos impedir que nos magoem, que nos doam. Coisas que tememos e que nem gostamos de ponderar que possam magoar quem mais amamos.
Há coisas que não conseguimos impedir que nos irritem, nos façam frenicoques, comichão na espinha e em todo o lado.
Há coisas que não conseguimos impedir que nos provoquem tudo isto. Ao mesmo tempo. É então que levantamos um muro de orgulho à nossa volta, com a consciência que o fazemos, que o mesmo não nos torna mais felizes, não nos torna mais importantes, não nos torna mais visíveis, não nos torna melhores. E tão pouco nos torna mais indiferentes ao que nos incomoda.
No fim, o muro ajuda-nos a sobreviver. E isso às vezes é muito. E outras vezes é tudo.
Rita

terça-feira, maio 04, 2010

Uma lagarta

Esta lagarta (ou minhoca, consoante os gostos) já andava para mostrar desde o Inverno. Foi para a Rita, que já há tanto tempo não tinha uma coisa das Oficinas no roupeiro. Temos de tratar de alguma coisa agora para o Verão, não Tina?! E a ver se dá tanto gozo a fazer como esta... eu adorei o resultado... e até pode servir para agitar um pouco este blog, que nos últimos tempos anda tão pouco visitado...
Rita

segunda-feira, maio 03, 2010

Para não me esquecer...

Desde há dois ou três dias que o Vasco tenta dar um ou dois passinhos sem estar agarrado. Depois manda-se para um ponto de apoio ou para o chão, e sorri com ar orgulhoso da sua façanha.

Já embala um boneco quando lhe pedimos para pôr o bebé a dormir.

Já põe o telefone no ouvido e diz algo parecido com "tá".

Ouviu-me numa assoalhada a chamar o pai, que estava do outro lado da casa, e, agarrado à ombreira da porta, começou também a gritar para ele, como se também solicitasse a sua presença.

Continuo a dizer: com um ano e um mês, já se percebe que o gajinho vai ser teimoso como o raio e gostar de pândega à fartasana.


Rita

domingo, maio 02, 2010

Dia da mãe

Nunca liguei muito ao Dia da Mãe. Quer dizer, devo ter ligado, na primária, quando efectivamente fazia a prenda. Mas depois daqueles quatro anos, sucederam-se dezenas deles (sim, duas dezenas) em que o Dia passou a ser só mais um dia, sem lembranças especiais e só com o telefonema obrigatório para a mãe.
E claro, depois fui apanhada na teia. Aquela em que nem sabemos quando é o dia, mas descobrimos de repente e percebemos que os filhos, mas desta vez os nossos, estão secretamente a fazer-nos algo. Para nós, que somos mães. E ansiamos pela surpresa. Que é sempre sempre sempre magnífica.
Rita

Da Alice: um marcador de livros e um íman de frigorífico.
Do Vasco: uma pintura