segunda-feira, março 31, 2008

sexta-feira, março 28, 2008

Cá em casa, uma vez por semana

Um dia vi-a numa montra em Viana do Castelo. Entrei na loja só para a ver de perto. Gostei de tudo; das cores, dos tecidos, do desenho que fazia, da renda ... sim, até dos pedacinhos em renda. Quem me conhece estranhou uma tão grande paixão. No dia seguinte fomos lá outra vez. Cada vez gostava mais dela. Sabia que as medidas ideiais não eram bem aquelas (devia ser mais larga e menos comprida) mas cabia para cubrir a cama.
Comprei-a.
Hoje mostro a minha colcha, que foi uma das primeiras coisas que comprei cá para casa. Tapa a cama de Verão e de Inverno (com pequenas interrupções claro). Ainda gosto muito dela mas está velhinha...

A foto não é muito justa nem para a colcha, nem para o Pilas, que HOJE resolveu matar saudades da máquina fotográfica. O que fazem uns dias de férias com a prima...

Ana Cristina

quinta-feira, março 27, 2008

Trabalhinhos que faltavam mostrar I

O ano passado personalizei uma agenda para mim. Na altura queria dar-lhe uma cor a pincel ou com linhas mas o tempo ia passando, o ano começou, e lá decidi que ficasse muito simples mas funcional.
Este ano já aqui mostramos uma agenda personalizada que foi presente de uma visitante assídua, mas faltava mostrar as outras duas que também são assinadas pelas Oficinas RANHA, e neste caso usadas por nós mesmas. Neste período em que as produções Oficinas RANHA estão a ganhar um novo fôlego (apesar da falta de tempo) é tempo de mostrar umas peças que ainda não tinham vindo a público.

É tempo também para pensar positivo, afinal, foi triplicada a produção de agendas o que torna este valor um sinal positivo, que a juntar à diminuição da taxa de IVA de 1% nos faz pensar que a economia portuguesa e qui çá, mundial estão em franco desenvolvimento.
Para ver as outras imagens clique por cima das palavras; Agendas velha e Agenda nova; Agenda vermelha; Agenda e Carteirinha
Ana Cristina

quarta-feira, março 26, 2008

Final de tarde

Hoje, quando saimos do trabalho, fomos à Baixa para que eu pudesse procurar o que me faltava para os próximos projectos (são uma lista enorme, bem definida!!!).
O primeiro pouso foi a Botilã, porque foi lá que a minha querida amiga Van me levou há já alguns anos. A Botilã, como qualquer retrosaria, fascina-me.
Eu nunca cresci num "mundo de costura", a minha mãe sempre detestou a prática. No entanto, tenho belas recordações dos tempos que a minha Avó Joana lá passava por casa e das horas que passava sentada na nossa máquina Singer (ainda lá, mas recentemente em outro sítio) iluminada pelo solinho da tarde na marquise. A Avó Joana chegava e tinha sempre muitas coisas para costurar porque acho que era o que gostava de fazer (ou tinha aprendido a gostar de fazer, não sei). Mas, para além de todas essas coisas, sempre me lembro de nos ter feito roupa... e roupinhas para as bonecas... e, a meu pedido, uma boneca de pano, de sorriso assustador e olhos tortos, mas com a perfeição que sempre nos habituou.
À máquina vi também muitas e muitas vezes, a Mané. E a Tina tinha tantos vestidos que a Mané lhe fazia para as Tuxas e Susys, era uma inveja olhar para a mala das roupas das bonecas que havia lá em casa...
Apesar de ser somente essa a minha relação com a costura, uma retrosaria enorme como a Botilã - e que eu calculo que nem seja a melhor nem a mais em conta, mas que é das que conheço e onde calculo vir a encontrar o que quero - faz-me sempre ter vontade de saltar para o lado de lá do balcão e começar a abrir gavetas e armários... gostaria de me perder por ali um dia inteiro, só para poder tocar em todas as coisas cuja existência desconheço e que acho sempre fascinante...
Bem, o que é certo é que fiz as minhas compras, cheia de pena de não levar a máquina fotográfica comigo, e fomos lanchar.
Entrámos na Pastelaria Nacional (que é linda de morrer mas onde já fomos mal atendidos mais do que uma vez, porque se recusam a acreditar que não enriquecerão se colocarem mais funcionários a trabalhar no atendimento), mas saímos logo, não sem antes eu me recriminar mais uma vez pela ausência da máquina (os rodapés e ombreiras decapadas e o papel da parede são uma coisa por demais deliciosa). Acabámos por lanchar uma torrada a meias e um chocolate quente no Café Nicola, sítio cheio de turistas a comerem fatias de melão ou bitoques ou outros menus no mínimo cómicos para as seis da tarde.
Lembrança: nunca mais deixar de colocar a máquina fotográfica ao lado da agenda, do bloco de desenhos, do livro do momento, da carteira de documentos, do porta-moedas, da bolsa dos óculos, das chaves, do baton do cieiro, daquela carteira-importante-sem-a-qual-não-sou-nada, do telemóvel, e do resto das coisas que agora me posso ter esquecido mas que guardo diariamente na minha mala de viagem diária. Dizem que isto é característico de mulher, mas a menos que o Sport Billy estivesse bem disfarçado, há sacos maiores e ainda com menos fundo que o meu.
Rita

terça-feira, março 25, 2008

Uma prenda para uma amiguinha

A R. é uma amiguinha recente que fez agora há pouco tempo três anos - logo, só poderia ser recente...
Nós fomos a uma festa simpática onde nos divertimos na inversa proporção da quantidade de gente que conhecíamos (ó pró meu raciocínio matemático, Joana...! - até faz trocadilhos) e a Alice até choramingou porque não se queria vir embora, de tão bem que estava.
As Oficinas, sabendo que a R. é fã de gatos e que a sua mãe é alérgica aos ditos cujos, voltaram a exercer o seu artesanato doméstico (que é como quem diz, "de trazer por casa") para oferecer então um daqueles que não provoca espirros a ninguém: o Bigodes, como foi apelidado pela Alice.


É caso para dizer: as Oficinas Ranha voltam a atacar.
Rita

segunda-feira, março 24, 2008

Carinhos...

Há cerca de uma hora andavam a correr atrás um do outro em fúria, de tal forma que tive de lhes ir pregar um ralhete. Mas ontem, era assim que dormiam no sofá:

Juntos e abraçadinhos.
Rita

sábado, março 22, 2008

Águas de Março

Nestes últimos dias tenho-me lembrado muito desta música, na voz de uma interprete maravilhosa. Como eu gostava de a ter visto a cantar ao vivo...
(não me perguntem porquê, mas não consigo editar o vídeo aqui, deve ser da chuva...)
Ana Cristina

sexta-feira, março 21, 2008

Cá em casa, uma vez por semana 2

Gostei muito quando os nosso primos, que são os Primvs, me deram esta jarra pelo Natal, mas apesar disso, ela acabou por ficar bastante tempo guardada, sem um pouso definido que a honrasse verdadeiramente.
Actualmente ocupa lugar de destaque na sala, impossível de não ver logo quando se entra, e adoro o efeito que faz com as flores da Cordemar e umas peças minhas, em fimo, de há uns tempos atrás.

Rita

quarta-feira, março 19, 2008

Chao Min de Vegetais (porque os camarões mínimos era só um restinho no congelador que era para acabar)

Salteia-se cebola, cortada de forma "grosseira", às tiras largas, tipo restaurante chinês. Ah, é verdade!: se for possível, usar um wok, não só porque é muito bonito mas também porque consta por aí que ajuda a cozinhar de forma mais saudável.


Quando a dita cuja alourar (ou enruivecer, só depende do gosto), juntar a mistura de legumes chineses. Pode-se também adicionar cogumelos (mesmo os de lata), quando se acredita, como eu, que os cogumelos melhoram tudo, principalmente o humor (sim, o meu humor tem caminho directo pelo estômago, não têm todos?!). Se houver necessidade de aproveitar os restos de uma embalagem de miolo de camarão daquele mínimo, que não sabe a nada, nem sequer sabemos para que o comprámos, faz favor. Já agora, dá também para aproveitar verdadeiramente qualquer resto presente no congelador (afinal, a ASAE não vai lá a casa).

Não esquecer de temperar a gosto, com sal, pimenta e, já agora, se se quiser dar um ar verdadeiramente oriental, molho de soja. Como não há orientais à mesa, não há medo de impressionar negativamente com um de má qualidade, por isso dá para escolher o mais barato. À parte, coze-se a massa.

No fim, mistura-se tudo. Mas, como "vivendo e aprendendo", já agora convém pôr a massa chao min primeiro num recipiente e só depois juntar a restante mistura. Porque o conjunto não é muito fácil de misturar se se deitar o chao min para dentro do wok, para cima dos legumes.

Acredite-se: qualquer que seja a ordem adoptada para misturar o chao min e os legumes, o resultado é saboroso. E, mais uma vez como não há orientais à mesa, pode-se comer enquanto se bebe uma caipirinha. Afinal, cozinhámos de forma tão saudável no wok, que a coisa contrabalança.
Rita

terça-feira, março 18, 2008

Projectos mais ou menos artesanais

Tudo começa com uma ideia mais ou menos vaga (apesar da Cristina achar que não e pensar que vem tudo assim compostinho, com cores e formatos e tudo o resto)...
e durante muito tempo quase não lhe ligo, vou pensando só com carinho...
depois, pressionada pelo pouco tempo que resta (é um grande defeito meu, confesso), agarro no lápis e caneta e começo a experimentar... em qualquer pedacinho de papel, pequeno ou grande...
e depois aquilo vai tomando forma e ser e vejo-me sem conseguir pensar noutra coisa...
e penso inclusivamente durante o meu horário de trabalho e durante o banho e durante o caminho de ida e volta para o emprego e durante as conversas com os colegas...
e, mais ou menos às escondidas, a certa altura agarro nas folhas de rascunho e rabisco e risco e tento e retento...
e depois já está...
Prevê-se trabalho mais ou menos artesanal cá por casa e os resultados de tão apurado planeamento (ahahah) no final da semana!
Rita

segunda-feira, março 17, 2008

Mais um filme

Chegámos há pouco a casa depois de ver o "Juno". O João não estava com vontade de ver o outro, o vencedor, e optámos por este, que estava na nossa lista, não desde os tãos afamados comentários, mas logo a partir do momento em que nos prendemos cativados por um trailer.
"Juno" é uma história bem disposta e sem pretensiosimos. Conta a história de um pequeno drama familiar (a de uma gravidez aos 16 anos) de uma forma pouco dramática e apresenta uma trama com um desenvolvimento sorridente e suave mas, ao contrário do que se possa pensar, nada leve. Já li uma ou outra crítica que adopto e que linko aqui.
Para quem se queira rir, sorrir, e até ficar com a lágrima ao canto do olho enquanto faz as duas coisas, força, "Juno" aconselha-se.
Rita

domingo, março 16, 2008

Parabéns a você...

Acabadinha de chegar do nosso Alentejo e ainda lá tendo deixado quase a família toda a festejar (incluindo a patanisca pequena), só venho até aqui para lembrar uma data importante para quem tem sido sempre um dos grande amores da minha vida: parabéns, minha querida irmã.
Rita

sexta-feira, março 14, 2008

Além Tejo

E amanhã cedo vamos nós, ter com os que para já lá foram... yupiiiiiiiiiii...
Rita

quinta-feira, março 13, 2008

Para fora, cá dentro

Muito perto, mais ou menos uma hora de carro, numa cidade com nome de vila...
Foi um passeio cultural, com direito a três museus, uma exposição de arte sacra e a uma mostra ao vivo de azulejoaria. Pistas... os azulejos estão na estação de comboios, os museus são o do Neo-realismo, o Museu Municipal e a Casa Museu Mário Coelho (um toureiro famoso). Vila Franca de Xira, uma cidade com personalidade onde se respira tradição ribatejana.
Não foi a primeira vez que lá fui mas desta foi mesmo como turista, de máquina em punho e em forma de visita de estudo. Gostei de tudo, do programa, do almoço, da bebida na explanada, do grupinho (e ainda bem que eles nos convidaram). Adorei o facto dos museus serem todos gratuitos.
O Museu do Neo-realismo lembrou-me, mais uma vez, aquilo que eu penso da arte como forma de transmissão de mensagem e de conhecimento. A luta através da expressão artística, que em Portugal representou "um dos mais importantes movimentos culturais que o nosso País conheceu ao longo do séc. XX". "Se outro valor não tivesse, o ímpeto de liberdade que subjaz a toda a criatividade neo-realista chegaria para fazer deste movimento um marco decisivo da nossa memória colectiva mais recente." in Museo do Neo-realismo de VFX
Foi um dia muito bem passado.
Amanhã rumamos para terras de além-Tejo...

Ana Cristina

quarta-feira, março 12, 2008

Cá nas casas, uma vez por semana ...

Esta balalaica ou balalaika (parece que se pode escrever das duas formas) está mesmo à entrada da sala, na companhia de uns cd´s. Fazem um cantinho musical...
Parece-me que foi o pai que a trouxe da URSS, e quando me mudei trouxe-a comigo. Não sei dizer porquê mas faz parte dos objectos que gosto de ter por perto.
Inaugura a rúbrica do "once a week" da minha casa.
Ana Cristina

terça-feira, março 11, 2008

Cineminha ...

"Este país não é para velhos" é um filme que merece ficar para a história do bom cinema americano. O enredo prende-nos à tela. Desenrola-se num mundo completamente diferente da nossa realidade, tanto que quase parece outro, numa época distante no máximo de 30 anos, mas que parece de um século distante. Começa com o narrador a dizer-nos o quanto se sente impossibilitado de entender determinada violência. Continua com uma violência por motivos económicos misturada com outra sem razão de ser. Acaba como começa, sem um fim...
Gostei tanto que se classificasse os filmes numa daquelas rubricas de jornal onde se põem umas estrelas de 1 a 5, daria 5.
Fiquei com muita vontade de ler o livro...
Fica a referência bibliográfica, para quem estiver interessado.


Este País Não É para Velhos.
Cormac McCarthy
1.ª edição, Outubro de 2007, 231 pp.
Lisboa: Relógio D’Água,
(tradução de Paulo Faria; obra original: No Country for Old Men, 2005).
Ana Cristina

segunda-feira, março 10, 2008

Puzzles

Quando a Alice fez dois anos, a Tia Sofia, que diz não perceber nada dessas coisas mas ainda não está é treinada o suficiente, ofereceu-lhe um puzzle para "+ de 3".
Durante muito tempo o jogo esteve guardado no armário, mas de há uns tempos para cá que a Alice o descobriu e têmo-lo feito quase todas as noites. Obviamente, ainda não o consegue fazer sozinha, mas as suas capacidades têm aumentado gradualmente, não só a nível motor (já vai percebendo a dinâmica e encaixa cada vez melhor as peças umas nas outras) como no tocante à observação e percepção da imagem. Tento trabalhar o raciocínio com ela («Estás a ver aqui no desenho as alfaces deste lado e os tomates ao lado? Agora temos que procurar os tomates, estás a ver, para pôr aqui...») e é emocionante ver os avanços na aprendizagem.
A próxima coisa a trazer da casa dos meus pais são uns puzzles de cubos antigos que para lá andam a aguardar pelo retorno de muitos fins de tarde divertidos...!


Rita

sexta-feira, março 07, 2008

Cá em casa, uma vez por semana 1

Gosto do colorido que há na minha casa.
Alguém disse uma vez algo como que gostava das casas "cantinas mariachi" e é isso que eu sinto em algumas ocasiões. A minha mania de viver num mundo colorido vem de trás, desde há muitos anos, de quando isso não era moda, quando comecei a vestir calças e saias às flores e, talvez ao mesmo tempo, decidi que as louças da minha casa (quando as comprasse, ainda estava longe de sonhar em ter uma casa) iam ser de todas as cores, por causa do efeito que isso faria quando olhasse para os armários... Apercebi-me muito cedo que a mim, era o branco que me cansava e recordo-me da primeira vez que descobri maravilhada numa revista um frigorífico retro, amarelo, porque detestava ter de me vincular ao branco que se usava.
Bem, o que é certo é que, nesta minha casa dos anos 30 (fica para outro post a explicação do meu fascínio pelo antigo, "as velharias", como lhe chama a minha mãe), existem ombreiras e rodapés e portadas e bandeiras e portas divinais e, quando descobrimos que não conseguiríamos tornar a ver a cor da madeira em todas elas, optámos pela cor. O mais possível. E eu gosto, gosto tanto de me deitar em alguns cantos, mesmo no chão, e ficar a olhar lá para cima, para a forma como aí o colorido se conjuga.
Esta fotografia é tirada no meu quarto e corresponde a um canto para onde olho apaixonadamente de vez em quando, só porque gosto dos dois tons de azul. Já há muito tempo que pensava se deveria partilhar e, como resolvi aderir à nova "rubrica" da Rute, voilá, só para vocês, o meu cantinho azul.
Rita

quinta-feira, março 06, 2008

Um dia bom

Estou numa formação.
É bom afastar-me do local de trabalho e estar a trabalhar na mesma, sob outro prisma. É bom repensar o meu ser profissional e voltar a ter a certeza que estou no lugar certo, que preciso aprender muita coisa mas que fundamentalmente tenho o mais importante, a sensibilidade, o talento, o interesse, a vontade. É bom sentirmo-nos bons outra vez. Depois de tantos dias, até meses de dúvidas, fiquei cheia de vontade de voltar a agarrar-me e a ser agarrada pelo trabalho, de dar de mim mas também receber.
Hoje foi, definitivamente, um dia bom.
Rita

quarta-feira, março 05, 2008

Recordações recuperadas 2

De vez em quando vai-se ao sotão, amontoado de recordações e de lixo, tudo com quase o mesmo tratamento e traz-se para baixo uma lembrança. Tenta-se recupera-la, dar-lhe um toque pessoal e mais moderno. Por vezes consegue-se...

O "boneco do baloiço" foi uma oferta da Tia A. Trazido de França, era um conjunto de menino simpático que ria às gargalhadas quando estava divertido, e um baloiço moderno que foi as delícias também das amigas que iam lá a casa. Não teve tratamento diferenciado, nem foi o boneco preferido mas sempre ocupou um cantinho especial e quando o baloiço foi perdendo qualidades (que é como quem diz, se partiu) a mãe fez o que pode por ele. Resistiu às nossas mãos pouco destruidoras mas muito brincalhonas, e estava na arrecadação sem a atenção que merece. Há uns tempos sofreu uma remodelação e seguiu para casa da Alice. O menino continua de cara simpática mas vê-se que já está quase casa dos trinta. Suspeita-se mesmo que houve quem o tentasse remodelar e tivesse começado pelas pestanas... O baloiço talvez ainda vá a tempo de encantar alguma menina.

Ver mais fotos aqui: 1, 2, 3, 4

(continua)
Ana Cristina

terça-feira, março 04, 2008

Recordações recuperadas 1


Na casa dos nossos pais ainda há muita coisa nossa... não falo de tudo o que, nomeadamente eu, ainda tenho por trazer... falo de tudo o que faz parte da nossa infância e preservámos até chegar ao hoje.
Sempre me lembro da minha mãe nos estimular a cuidar das coisas. Pensando bem, fazendo valer a regra de que muito se aprende por imitação, a minha mãe sempre foi um excelente exemplo para nós. Os livros rasgados ou descolados eram carinhosamente reparados. As caras dos bonecos das prateleiras eram sujeitas a uma espécie de "remaquilhagem" por causa do descoramento (?) que a luz do Sol provocava. De longe em longe (uma vez por ano?!), com muito carinho, todas as roupas dos bonecos eram lavadas, arranjadas, passadas a ferro. Os próprios bonecos estavam sempre bonitos, bem penteados... e não era porque não pudessemos brincar com eles e sim porque havia sempre uma espécie de conversa prévia antes da arrumação («Não lhe queres escolher um vestido bonito, para ela ir para a prateleira?»).
Graças à paciência e carinho da minha mãe, a Alice tem hoje um verdadeiro tesouro lá em casa. Não se tratam de antiguidades, mas de recordações muito importantes e amorosas para nós, significativas para o que somos hoje.
E, por esse motivo, de vez em quando trazem-se cá para casa livros como estes...
(continua)
Rita

segunda-feira, março 03, 2008

Uma semana difícil

Já por vezes me queixei de estar com muito trabalho... mas a semana e meia que passou bateu todos os records dos últimos anos... deu para nunca saber a que horas chegava a casa, para nunca saber quando voltaria, para muitas horas ao computador, para deixar tudo para o João, para voltas a mais de carro, para gastar muitas energias, para quase não ir buscar a Alice, para falar com muitas pessoas, para estar mais ansiosa, para me constipar, para arranjar uma dor nas costas que até me doía a andar e a elevar os braços... só não deu para chorar de desespero com o cansaço porque estive sempre muito bem acompanhada e isso, só por si, já foi muito bom.
Tenho quase a certeza que a Alice se ressentiu da minha desequilibrada ausência, pois foi a primeira vez em dois anos e sete meses que o seu padrão de sono (deitar-se cerca das 21h00 sozinha na sua cama e quartinho, adormecer sozinha de forma serena e sozinha dormir sem sobressaltos até de manhã) se alterou e começou a acordar algumas horas depois de se deitar a choramingar, a chamar por nós e a dizer que não queria ficar sozinha.
Foi de tal forma que na sexta-feira, quando a principal onda de trabalho (o maremoto, mesmo) se acalmou, disse-lhe que lhe queria explicar porque é que não tinha estado e ela começou a desconversar. Perguntei-lhe: «Não queres que a mãe te explique do trabalho dela?». E ela respondeu de forma agressiva: «Não!». Mas aceitou as explicações, mais tarde, e deu muitos pulos de alegria quando disse que no dia seguinte ninguém ia nem trabalhar nem para a escola.
E eu adormeci no sofá às 22h00, nem me lembro de ter caminhado até à cama, dormi até às 9h00, fiz 45 minutos de intervalo e voltei para a cama, para acordar às 11h00. Toma!
Rita