Os períodos mais longos (três dias, uma semana) com a Alice em casa, doente, têm variado com o tempo, à medida que ela cresce.
Já não é mais a bebé que dorme a grande maioria do dia na sua caminha e quartinho. Agora, os nossos dias juntas, com ela doente, são feitos de muita coisa. Alguma brincadeira, alguma leitura, alguns jogos - entretenimentos que duram pouco tempo cada um e sucedem-se a uma velocidade difícil de satisfazer. Remédios tomados à colher. Muito tempo deitada no sofá, ou aninhada no meu colo, comigo sentada no sofá. Muito mimo, mãos entrelaçadas, beijinhos, festinhas, dependência, interdependência. Provavelmente algum cansaço uma da outra no final de um dia.
No entanto, estes períodos continuam a deixar a mesma marca, daquelas indeléveis e intimamente dolorosas. No dia em que tenho de sair da nossa reclusão e deixá-la, na melhor das hipóteses na escola, na pior delas, em casa com o pai ou com os avós, vou trabalhar de coração domiciliado, com nó na garganta e ruga na testa, uma imensa saudade, uma imensurável falta, um sentimento quase orgânico. É já amanhã, eu vou, ela ainda fica.
Rita
1 comentário:
que lindo post rita, adorei :)
as melhoras para a Alice (e para a mãmã tb).
o nosso lanchinho fica então p outra altura, qdo estiverem melhores ;) bjs!
Enviar um comentário