segunda-feira, dezembro 28, 2015

O Calendário do nosso Advento - dos dias 15 a 24

Dia 15 - Hoje vamos fazer um jogo cómico de Natal à hora do jantar.
Mais uma ideia simples e divertida: fazer um boneco de neve de olhos tapados... Foi resultado de muita risota e muitas experiências subsequentes... e percebemos distintamente que alguns têm muito melhor perceção do espaço dos seus desenhos, ora veja-se:

Por baixo, do lado direito, o desenho do Vasco; em cima dele o do Pai; por cima da foto da Alice, o desenho dela (dois, para demonstrar que de facto conseguia, de olhos fechados, fazer muito bem o boneco e ainda uma árvore...)

Dia 16 - A Joana tem a sua festa e não há muito tempo... vamos acabar as coisas que começámos a fazer?
Já nem sei se conseguimos acabar alguma coisa...

Dia 17 - Dia da mãe cá de casa! Vamos dar-lhe muitos mimos, levá-la a sair à noite para ver as iluminações de Natal.
Bem, nada a dizer... Foi o dia dos meus quarenta, recheado de prazeres bons e pequenos... E descemos à Baixa e vimos mesmo as iluminações e o espetáculo do Terreiro do Paço, ao qual se seguiu um jantar de aniversário fixe no MacDonalds...


Dia 18 - Se queremos o calendário continuar, as atividades anteriores temos de acabar...
Foi só neste dia que conseguimos acabar o projeto do Pai Natal... se não contarmos com as rédeas e hastes das renas...

Dia 19 - Hoje o jantar é um piquenique!

Dia 20 - Vamos encher uma saca de brinquedos que não precisamos para dar aos meninos que não têm...
E encheram... mais do que um saco, que levámos logo no dia a seguir a um Centro de Acolhimento... esperamos que tenham feito sucesso, os brinquedos que foram tão mimados cá em casa... 

Dia 21 - Dia de tirar uma boa foto de Natal para enviar a todos com desejos de boas festas!
Também não tirámos, pode ser que venha agora uma para o ano novo...

Dia 22 - Falta a mensagem de Boas Festas deste ano para os vizinhos...
Também não a fizemos, mas foi mesmo por necessidade de ir comprar algumas prendas que ainda faltavam...

Dia 23 - Vamos fazer a prenda para os tios... e talvez consigamos acabar o que está pendente...
Esta foi a "minha" prenda orgulho deste Natal... porque foi feita com muito carinho, planeamento e (acho que alguma) criatividade... o processo foi divertido e o resultado foi estupendo... eles aceitaram a minha proposta de darem mãos e pés para pintarem uns individuais para os tios, levaram-na a cabo e eu dei a grande parte dos retoques finais... Acho que foi uma das grandes prendas que os miúdos já fizeram para oferecer aos tios!



Dia 24 - Dia de ajudar em tudo o que for preciso!
Foi mais de acabar os individuais iniciados no dia anterior...

Balanço deste ano: entre três a quatro atividades propostas não realizadas... e mais alguns dias ocupados a tentar realizá-las... Para o ano pode ser que consigamos fazer tudo.
Rita

domingo, dezembro 27, 2015

O Calendário do nosso Advento - dos dias 08 a 14

Dia 8 - Hoje é dia de fazer as prendas para os avós!!! Propõe-se pintar-lhes umas velas que até podem vir a ser acesas no Natal... A Joana também participa!
Resultado final: as velas e os seus "transportes", como lhe chamou o Vasco... e quando rimos e dizemos que ele queria dizer "suportes", ele insiste que não, que queria mesmo dizer "transportes"... a Alice ajuda à festa, referindo que dá para transportar as velas nas bases, por isso...


Dia 9 - O pinheirinho precisa de uns enfeites vossos para este ano. Vão fazê-los com uma técnica nova e divertida...
Na verdade, só ela é que seguiu a técnica nova, do ponto cruz... e não foi fácil, tendo tido muitas ajudas minhas. Para ele optou-se por um enfeite mais simples, feito em dez minutos... e a surpresa foi ter, como prenda de Natal realizada na creche, um enfeite da Joana... 




Dia 10 - Como será o Natal na China? E se pesquisássemos, para saber?
Às vezes, as ideias simples, guardadas para dias com pouco tempo, surpreendem pela positiva. Os dois ficaram todos animados com a pesquisa na internet sobre o Natal chinês... e menos depois de constatarem que não se festeja o Natal na China...

Dia 11 - Como apareceu o Pai Natal? E se fizéssemos um projeto sobre isso? Hoje é o dia da pesquisa...
Diz 12 - Dia de construir ou montar o projeto de ontem...
O João vizinho também participou e fartámo-nos de aprender, sobre o São Nicolau, sobre a roupa vermelha e branca, o trenó e as renas do Pai Natal, e sobre o falso mito do seu nascimento estar ligado à Coca-Cola... Ficou lindo... (e só agora reparo que ainda não se acabaram rédeas e hastes)!





Dia 13 - Hoje vamos ajudar a fazer uma Árvore de Natal para a Joana brincar...
Esta proposta ficou para o ano, não houve oportunidade...

Dia 14 - Hoje só há tempo para o festejo de Natal do futebol do Vasco...
Esta é sempre uma boa - e, mais que boa, necessária, tendo em conta a azáfama dos dias normais de Dezembro até às férias - ideia para o calendário: aproveitar as já esperadas e quase incontáveis festas e festividades e convívios normais da data para os dias correspondentes no calendário...


Rita

sexta-feira, dezembro 18, 2015

Ontem foi dia de festa... para a menina Rita

Eu diria que teria sido a uma quinta, porque era o último dia de aulas antes das férias do natal, mas ao que parece foi numa quarta. Pouco importa. Ontem foi quinta e o dia foi dela (mais ou menos, mas foi o dia possível quando se é uma mulher trabalhadora, com os pais numa fase mais dependente e mãe de três filhos). Teve direito a tudo um pouco; almocinho com os pais e irmã; folga à tarde; jantarinho fast food com maridinho, filhotes e mana (eu mesma, pois claro); um presente muito desejado; goluseima com vela imaginária e parabéns na rua; e para abrilhantar a coisa uns choros, amuos e gritarias.
Para mim, a mana babada, não podia ter sido melhor. O que mais poderia querer uma mulher a entrar nos novos trinta que tempo de qualidade com quem mais se ama. Um jantar com amigos? Vai ser hoje. Tirar foto com o Pai Natal? Tirámos...


E já agora, porque se anda parca em palavras e em posts, relembro este escrito há nove anos. Acerca do dia que marcou a minha infância. Fez ontem 40 anos.
Ana Cristina

terça-feira, dezembro 08, 2015

O Calendário do nosso Advento - Dia 5, 6 e 7

Deveria deixar os Dias 5 e 6 para a Tia, porque foi com ela que a Alice e o Vasco os passaram... Ficam assim as propostas do Calendário, mas fotos, descrições e sentimentos ficarão para ela, caso os queira partilhar... É um desafio, mana, vamos ver se o aceitas... 

Dia 5 - Dia para ir ver ao cinema com a Tia!
Dia 6 - Dia de fazer uma maluquice de Natal com a Tia...

Como acontece sempre em Dezembro, o fim-de-semana foi passado na casa dos Tios. Trocas de turnos deram origem ao tempo todo para eles... a Joana ainda não foi porque as atividades planeadas não seriam possíveis, mas deve aguardar ansiosamente pela oportunidade... E como sei que adoram e que se divertem imenso, não sou capaz de deixar de pensar que este fim-de-semana deveria ser obrigatoriamente instituído pelo menos com frequência trimestral. Bom para a Tia, bom para os sobrinhos... excelente para os pais, devo admiti-lo...

Dia 7 - Vamos descobrir o que é uma embalagem solidária dos CTT e... preenchê-la...
Esta obrigou a consultar a net antes do pequeno-almoço, para saber do que se falava... E, se com a Alice foi pacífico, houve uma série de conceitos (para além da recordação do que são os CTT ou correios) a explicar ao Vasco, quando confessou que não tinha percebido nada... falou-se então de solidariedade, instituição, a forma como alguns meninos podem viver numa instituição e porquê... 
No fim, depois de algumas compras e de buscas por coisas que já não precisávamos, conseguimos orgulhosamente este conjunto para a Ajuda de Mãe:


Fraldas, toalhitas, leite em pó, cotonetes, soro... e, em segunda mão, um cobertor, biberons, recipiente para o leite, fraldas de pano, babetes (quase não usados) e dois bonequinhos... 
Faço uma ressalva, para quem possa estar interessado: não é possível trazer a embalagem solidária (há em dois tamanhos) da estação dos correios para casa, os items são levados para aí e colocados na embalagem fornecida e que não sai da estação. 
Descobrimos também o Pai Natal Solidário, dos CTT, e ficámos a pensar em apadrinhar uma carta... e em preencher mais embalagens, ao longo do ano...
Rita

sábado, dezembro 05, 2015

O Calendário do nosso Advento - Dia 2, 3 e 4

Dia 2 [como não poderia deixar de ser] - Dia de fazer a Árvore de Natal e enfeitar a casa
Ainda não está tudo. O pinheirinho está preparado para a festa e na sala há uns salpicos de enfeites. Na caixa de cartão das coisas de Natal, um conjunto de enfeites feitos ao longo dos anos de vida deles para a escola encontra-se à espera de engalanar o resto da casa, mas a parte principal da tarefa está pronta e isso é que é preciso.

Dia 3 - Vamos escrever a carta ao Pai Natal com o que gostaríamos de receber. Só depois abrimos esta janela... [o papel estava dobrado em dois e colado com fita cola, para só ser possível ver depois da primeira parte da tarefa estar feita] Agora, escrevemos uma carta aos pais, sobre o que queríamos receber deles neste Natal...
A ideia tinha sido retirada de algo que tinha visto no facebook: uma espécie de experiência do Ikea, onde se pedia isto aos miúdos. O resultado é que, após as escolhas dos brinquedos preferidos, os filhos concentravam-se essencialmente em pedir aos pais mais tempo e disponibilidade para eles. O vídeo era lindo e tive curiosidade de saber o que diriam os meus filhos...

Carta da Alice ao Pai Natal:
«Querido Pai Natal!
Enfim, já é dezembro, eu acho que os meus pais estão orgulhosos de mim, portei-me bem eu queria: uma Nicoleta [outra?! deve pensar que cá em casa se faz coleção...], vária roupa (Zara, Bertca e H&M), várias coisas da ale-hop [eu acho piada à indefinição, "várias coisas"], um quarto só para mim [eheheheh, só se for acompanhado de uma máquina que estique a casa, isso é que era fixe, poderíamos acrescentar-lhe também uma arrecadação de todas as coisas que estão desarrumadas e que há anos não nos apetece arrumar e ainda um quarto para fazer de atelier, que dava jeito e é mais fino do que ter um escritório], uma nintendo, uma FAMÍLIA FELIZ [e não está a falar do prato chinês], um escondidinhos (peluche), boneca da disney (big-hero six ou outras).
Feliz Natal Ho Ho Ho Chau»

Carta do Vasco ao Pai Natal:
«Uma playstation portatil, uma televisão só para mim, uma nintendo, um peluche urso»

Se não fosse sabê-los sem grandes desejos (não são daqueles miúdos que falam imenso em coisas desejadas, ficam até um pouco desnorteados quando se lhes pede uma carta), diria que a frustração iria ser o sentimento da noite de Natal... 

Carta da Alice aos pais:
«Eu queria: várias bonecas, um estojo de pinturas [perguntei-lhe, é mesmo material de papelaria, não de maquilhagem], um computador, bonecas da disney, um diário [deve ser para juntar à meia dúzia que já tem], coisas da Clares, um telemóvel, experimentar aulas de zumba para crianças [ * ] , um piano, peluches. 
Fim»
[a notar: para nós, nada de desejos de bom Natal, o velhote das barbas ficou com todos...]

Carta do Vasco aos pais:
«Um campo de futebol pequeno [ ], ir à kidzania, ir ao cinema, ter uma piscina de bolas cá em casa, ter um cão eletrónico [já tem, um cheio de flatulência, adorado por todos cá em casa e pelas visitas], ter o golfinho Blu Blu [segredado pela irmã], Arlo telecomandado [segredado pela irmã

[A quem ofereça prendas aos meus filhos: não se preocupem com estes desejos. Poucos serão realizados e eles sabem-no. Não se importam. Todos os anos temos esta conversa e têm perfeito conhecimento que receberão muitas coisas em que nunca tinham pensado e que essa surpresa traduz a maior magia de todas.]
De qualquer forma, conclusão da experiência: materialismo 1, idealismo 0. Os miúdos do Ikea são o máximo... ou então os meus filhos são uns sortudos e têm pais que lhes dão o tempo todo que eles precisam... é isso, de certeza ;-) Vê-se logo, pelo pedido das nintendos, playstations e televisões, que precisam é de tempo sem nós, para ficarem isolados do mundo...

Dia 4 - Escolher uma música de Natal e construir uma coreografia... quem sabe, pode ser apresentada na noite de Natal...
Esta não foi feita comigo, mas já pedi para me mostrarem. Estava bem, era basicamente cada um a dançar da sua forma, para o seu lado, sem qualquer tipo de gestos preparados com antecedência... presumo que serão igualmente um grande sucesso na noite...

Rita

[ * - YUPIIII!!! É bom quando acertamos nas prendas que não sabemos que os filhos querem, antes de lermos qualquer carta que tenham escrito... Fixe, fixe, fixe... devemos ser, de facto, uma família feliz, mesmo sem as letras garrafais...]

quinta-feira, dezembro 03, 2015

Lá está: diferenças

Proposta de um jogo, feita pela Alice, ao jantar:
- Mãe, tenta adivinhar o que estou a dizer...
Leitura labial, portanto.
Frase da Alice: «Estas flores são muito bonitas.»
Frase do Vasco: «Sou um cagalhão.»
Rita

quarta-feira, dezembro 02, 2015

O Calendário do nosso Advento - Dia 1

Com Dezembro chega a época natalícia cá a casa, o que é o mesmo que dizer que se pendura o maravilhoso Calendário do Advento com um segredo por cada dia encerrado nas suas pequenas algibeiras... 

O Calendário é uma tradição da nossa família há cinco anos. Envolve muito planeamento meu, muitas pesquisas na net para atividades e trabalhos a propor, muitos olhares para o calendário do mês. Há escolhas indicadas para cada dia, consoante a vida extracurricular dos filhos: às segundas há um tempo livre com a Alice, depois do piano, mas o Vasco chega mais tarde, do futebol; às terças e quintas os minutos são poucos depois das ginásticas de cada um; às quartas ela está livre mas ele tem terapia da fala, da qual, apesar de tudo, não chega tarde; às sextas ele volta mais tarde do futebol mas a noite é mais comprida devido ao fim-de-semana que se avizinha. Os sábados e domingos são maior garantia de tempo para atividades mais compridas, mas há que ter em conta o restante planeamento do Natal e das prendas. Também é preciso nunca esquecer dias de trabalho suplementar, em que as atividades poderão ter que ficar a cargo do pai, menos dado a trabalhos manuais. O objetivo é chegar ao dia 25 com a realização completa das propostas para cada dia, mas isso não depende só de mim e nunca conseguimos um ano que tudo tivesse corrido da forma pretendida. Não faz mal, a vida precisa sempre de ajustes e a verdade é que se vai melhorando com o tempo e a prática.
Eu sou fã do Calendário, que promove tanto do meu stress natalício, mas tanto prazer nos momentos de convívio com os filhos. Começo a pensar nele com muita antecedência e tenho no computador documentos criados que me permitem colocar ideias ao longo do ano. E, claro, felizmente tenho amigas como a V, que me acompanha nestas paixões e nos planeamentos diários, partilhando sugestões, compras, conversas...

Este ano, o Calendário reservava-nos a leitura para o Dia 1: «Olá novamente! Vamos começar a época natalícia com a leitura de uma história de Natal emprestada...»


Na ideia de não ceder ao eterno consumismo, a colega E emprestou "A história de Natal de Auggie Wren", de Paul Auster. Lemo-la a seguir ao jantar, ainda à mesa. É magnífica e, nesta edição, da ASA, as ilustrações são um belíssimo acompanhamento. 
Imaginemos que alguém utiliza uma mentira para fazer algo de bom e inesquecível a alguém. Pode algo de incorreto tornar-se correto? Pode uma mentira sê-lo, se partilhada por opção por duas pessoas que conhecem a verdade? A extraordinária escrita e o suspense da história deste livro tornaram-no muito agradável e suscitaram conversas interessantes em torno destas perguntas... Foi assim um grande início do nosso Advento deste ano, obrigada E!!!
Rita

terça-feira, dezembro 01, 2015

Descanso no sofá

Para recuperar forças dos turnos e das andanças várias. Para ganhar energias para que s dias que se aproximam. Para relaxar em boa companhia.
Foi assim a nossa tarde.

Ana Cristina e Misha

segunda-feira, novembro 30, 2015

Fim-de-semanário gráfico

Foi no outro dia, numa reunião da escola, que me apercebi que o Vasco investia pouco no desenho. 
Para mim, desenhar é importante. É uma forma de expressão que acaba por passar despercebida e ser pouco incentivada num ensino essencialmente virado para a escrita e a matemática. 
Fiz então uma proposta: um fim-de-semanário gráfico. Ou seja, um desenho por fim-de-semana, sobre o que quisessem, o que tivessem feito, o que desejariam fazer. 

No sábado, o Vasco desenhou assim:


A sua paixão de há algum tempo: o futebol. Ele e o vizinho João no páteo, a jogar futebol. E depois eu perguntei: «E a arrecadação?». E apareceu. «Não percebo como está o tempo? Faz sol? Está a chover?» E apareceu o sol e as nuvens. «E o limoeiro?» E lá estava ele, uma árvore maravilhosa. «Talvez pudesses dizer o que é o desenho...». Pumbas, legenda.
Depois, como se tivesse adivinhado o futuro, foi jogar à bola com o João. 

No domingo, lembrou-se de desenhar novamente. Desta vez uma curiosidade recente: dinossauros. A ver no livro, mas mesmo assim, uns belos dinossauros. 


Esta foi uma ideia muito fixe. Sou capaz de comprar um caderno e aceitar a proposta para mim mesma.

Rita

sexta-feira, novembro 20, 2015

Dia da aprovação da adoção e coadoção por casais gay

Filhos, escrevo-vos do dia 23 de Novembro como se fosse do dia 20. Porque queria mesmo tê-lo feito nesse dia e a preguiça e falta de tempo impediram-me. Portanto, porquê escrever no dia 20 de Novembro de 2015...?
Porque, filhos meus, este foi o dia em que o nosso país aprovou, em plena Assembleia da República, o vosso direito a serem pais, não importa as circunstâncias, as orientações, os caminhos, os rumos das vossas vidas... E esse dia deve ser comemorado... e deixado aqui, para relembrar...
Às futuras famílias que vocês escolham ter, meus filhos. À minha família, à nossa, a todas.
Rita

sábado, novembro 14, 2015

Esquecemo-nos de desejar

... um bom S. Martinho, com muitos magustos deliciosos por aí...!

(desenho do Vasco aos 05 anos, há um ano atrás)

Este ano, para além da sempre grandiosa Festa do Outono da escola (que atualmente se tornou num pré-magusto, tão pré que nem teve direito a castanhas, com grande pena nossa), nós também tivemos um magusto, com amigos e bailaricos na aldeia...
A notar: cá por casa, já todos gostam de castanhas, tendo sido a Alice a destoar e a demorar o seu tempo a ser conquistada. É óbvio que a pequena gostou à primeira dentada...


Rita

domingo, novembro 08, 2015

Crítica literária: As Noivas do Sultão

Na semana que foi lançado ouvi no rádio uma entrevista com a sua autora, Raquel Ochoa, que, confesso, não conhecia. 
Fiquei curiosa. Por se tratar de um romance histórico, pelo qual tenho recentemente algum interesse. Por ser escrito por uma autora portuguesa. Porque partia de um facto real, o de em 1793, depois de Portugal ter perdido a última cidade de Marrocos, numa Lisboa em rescaldo de um dos maiores terramotos seguidos de tsunami da história mundial, ter atracado uma comitiva real marroquina. Fruto de uma tempestade no Atlântico, e de quase naufragarem, as embarcações chegaram primeiro à ilha da Madeira, depois aos Açores onde, com a ajuda de marinheiros experientes foram guiadas para Lisboa. Acontece que a comitiva real marroquina era composta por mulheres! Princesas, concubinas, criadas... E essas mulheres, com hábitos culturais tão diferentes dos da época, vieram alterar as rotinas diplomáticas e até as relações interpessoais.


Li-o durante as férias e confesso que esta opinião devia ter sido escrita logo depois de lido até porque seria, com certeza, muito mais interessante de ler. Mas posso dizer que, como imaginam, gostei até porque nunca aqui escrevi sobre o que não gostei de ler. A sinopse é apenas para tentar incutir alguma curiosidade (e tenho alguma esperança que surta efeito) até porque este livro tem de tudo um pouco; factos reais, mistério, uma pitada de intriga, e até de amor. A sua autora foi uma agradável surpresa e espero em breve ler outras obras dela.
Gostei muito e aconselho.
Ana Cristina

quinta-feira, novembro 05, 2015

terça-feira, novembro 03, 2015

Diferenças de idades, géneros ou personalidades...?

A Alice descobriu a psicóloga da escola. Já sabia que existia, já a conhecia, já tinha falado com ela. Mas desde ontem que terá verdadeiramente interiorizado que podia recorrer a ela. Ontem contou-me como tinha ido com duas colegas falar sobre uma quarta. Hoje contou como tinha ido com três colegas falar sobre uma professora. E como pensava lá ir falar sobre uma outra. E como pensava em ir falar sobre uma outra colega. 
O pai perguntou ao Vasco se ele também se chateava com os amigos, ao que ele confirmou.
- Dizemos coisas parvas um ao outro e pronto, fica resolvido. 
Rita

segunda-feira, outubro 05, 2015

Declaração de intenções

Aqui se declara, no dia 5 de Outubro de 2015, dia útil (porque foi roubado) a seguir às eleições legislativas que os resultados eleitorais não refletem as minhas opiniões, nem o meu voto. Sim, porque eu votei! Tal como o fiz em todas as vezes que tive essa hipótese. Nunca desperdicei o meu direito, que considero ser um dever.

Imagem tirada da net

Hoje foi dia de reflexão acerca dos resultados. De luto pelos resultados, pois claro. Porque apesar de reforçada a força politica com que me identifico, lamento que tenha sido parca a manifestação de desagrado da população pelas políticas do anterior governo. E mais do que tudo, lamento que sejam cada vez mais os que desperdiçando o seu dever, se esqueceram que votar é um direito, conquistado apenas há 41 anos. 
Neste dia lembro a minha avó Joana que, quase analfabeta, desde que pôde sempre fez questão de votar. Ou a D. R, que na sexta feira passada foi ao cabeleireiro para ir bonita à mesa de voto e que estava preocupada se a filha não tinha tempo de a levar a votar. Hoje tenho pena que toda a nossa população não seja toda como a avó Joana ou a D. R.
E venho a este espaço declarar que, A LUTA CONTINUA! Eu vou continuar a manifestar-me pelo que acho justo, a fazer greves quando assim tiver de ser, e a votar...
Ana Cristina

quinta-feira, setembro 17, 2015

Os Bebés de Auschwitz - nascidos para sobreviver

Hoje venho lembrar uma das minhas últimas leituras, num post que há muito não havia por estas bandas. Este livro segue uma temática que me interessa; relembrar o holocausto, a vida nos campo de concentração, e as atrocidades que os homens foram capazes de cometer a outros homens, por motivos étnicos, religiosos, económicos... ou seja políticos.

Desta vez li, "Os Bebés de Auschwitz", um livro lançado recentemente, fruto da pesquisa da sua autora, uma escritora e jornalista britânica de nome Wendy Golden de quem eu nunca tinha lido alguma coisa. Baseado numa coincidência;  a de três crianças terem nascido nos dias que antecederam a libertação do campo de concentração em que as suas mães estavam detidas, por coincidência o mesmo, e de terem sobrevivido os seis, mães e filhos.
Escrito em estilo jornalístico, este livro relata três vidas, de três mulheres que, no final do ano de 1944  deram entrada no campo de concentração de Aushwitz e apesar de todas as provações, sobreviveram. Estavam as três grávidas, ainda no início da gestação. As três negaram a gravidez e conseguiram encobri-la todo o tempo. Foram transferidas para uma fábrica de trabalhos forçados nos arredores da cidade alemã de Dresden e em Abril de 1945, mesmo no final da guerra foram transferidas para o campo de extermínio de Mauthausen numa viagem de comboio que durou vários dias porque o destino foi alterado várias vezes devido à destruição das linhas férreas e da aproximação dos aliados. Chegaram no dia em que a sala de gaseamento funcionou pela última vez. Uma série de coincidências, de pequenas sortes que foram essenciais para a sobrevivência destes três bebés e das suas mães. Nunca se conheceram nem souberam da existência umas das outras.
Quantos outros não morreram nos mesmos dias, nas mesmas horas...
Vale a pena ler este livro, que acima de tudo nos relembra que a capacidade de sobreviver passa também por uma certa alegria de viver, mas sobretudo pelo conjunto de coincidências que nos rodeiam. Neste livro lembram-se várias pessoas que com pequenos ou grandes gestos ajudaram as pessoas condenadas a sofrer até à morte, mas lembra também os muitos que viram e calaram, viraram as costas ou pura e simplesmente continuaram nas suas vidas, e esses foram muitos, muitos mais.

Coincidência também é a do nascimento de uma menina, nos mesmos dias, em terra distante chamada Viana do Castelo-Portugal, e que nascendo sem as restrições por que os outros bebés passaram, também ela sobreviveu, cresceu, tornou-se uma mulher e fez este ano 70 de idade tal como os bebés do livro. Mas a que eu estou a falar, é por coincidência, a minha mãe.
Ana Cristina

quarta-feira, setembro 16, 2015

Piadas desportivas de um filho

1.
No outro dia, o Vasco e o nosso amigo vizinho estavam a jogar à bola no pátio. A certa altura, começaram a rir-se a alto e bom som, sendo que o amigo veio dizer que o Vasco não tinha marcado golo, encontrando-se mesmo à frente da baliza, e sem guarda-redes. O Vasco concordava, bem-disposto:
- Eu hoje estou invencível a falhar remates!!!!

2.
No fim-de-semana, após lhe comprarmos uns ténis novos, ficou entusiasmadíssimo, mostrando-os e falando deles a toda a gente. A certa altura, gabava-se:
- Oh mãe, estes ténis são mesmo bons, até se dobram e tudo, vê lá, é que se dobram mesmo...!


Rita

segunda-feira, setembro 14, 2015

As férias acabaram, pelo menos por enquanto

Este blog estava de férias há uns dias, tal como eu. É verdade, que as férias souberam a pouco mas já passaram e o que interessa é que o novo ciclo se faça, de preferência com sucesso que é como quem diz, que a vida continua. Hoje é dia de voltar às rotinas do trabalho, aos turnos, aos stresses do serviço (que, com a falta de pessoal, ainda se tornam maiores). Uma nova fase se aproxima, e que se prevê cheia de dificuldades e lutas constantes. 
Mas hoje é dia também de inícios para os sobrinhos, de primeiro ano para o Vasco, de segundo ciclo para a Alice. Ontem pareciam entusiasmados, quando preparavam as mochilas do primeiro dia. O Vasco queria, porque achava importante, levar um caderno e um estojo com canetas e lápis na mochila nova e queria guardar o lanche ontem pra a experimentar. A Alice, depois de muito procurar e com ajuda, lá encontrou um caderno fixe para levar no primeiro dia, escolheu o estojo e ofereceu um lápis novo ao mano para lhe dar sorte. Pareceram contentes e esta manhã mandaram a foto da praxe à tia babada.
Lembrei-me dos meus próprios inícios. Do primeiro dia de aulas não tenho ideia, tal era o hábito de acompanhar a mãe à escola que não foi marcante. Lembro-me bem é da pasta da escola. Feita de serapilheira, com uma bolsinha de plástico com lápis de cor, foi o meu pai que ma ofereceu e tenho ideia que foi aos 5 anos porque ainda não andava na escola. Mas lembro-me bem de andar com ela na mão o dia inteiro, de dormir com ela e acordar em pé, no quarto, com a pasta na mão... era mesmo uma paixão.
Mais tarde tive outra pasta, azul escura, como a que mostro aqui mas com os meninos rabinos, uns desenhos animados da época que lembravam que estava na hora de deitar. E dessa também me lembro bem.

Ana Cristina

quinta-feira, setembro 03, 2015

Começa amanhã. E nós, para variar, lá estaremos!


Pode ser que a gente se veja por lá, nesta que é melhor festa do ano...
Ana Cristina & Rita

O livro que se perde faz sempre falta


Há muito que neste blog não se falava de livros. Mas eles por estas bandas não faltam, como sabem. Actualmente falta-me um, porque O PERDI! Ao livro e à maravilhosa capa de livros que o forrava quando acompanhei o pai à consulta no hospital. Fico sempre chateada quando perco alguma coisa... mas agora só posso desejar que tenha sido encontrado por alguém que goste tanto de livros como eu, que o leia e que use a capa muitas vezes.
Por isso, venho por este meio, desejar as melhores leituras a quem encontrou o meu livro.
Ana Cristina

segunda-feira, agosto 31, 2015

Coisas boas

Só num prédio espetacular como o meu é que existem miúdos fixes... que resolvem fazer uma espécie de festa com mensagem de boas vindas e prenda para os meus... 


Estou enternecida...
Rita

domingo, agosto 30, 2015

Sete dias... só com uma filha...

Significa estarmos um pouco mais abandonados, em diversas vertentes do nosso dia-a-dia...


 Faz prever tempo para nos dedicarmos a pequenos projetos criativos...


Quer dizer que se pode brincar e dar mais atenção personalizada à mais nova, que raramente pode ser filha única...


Representa aproveitar o dia em que se começou a trabalhar às 05H00 e, por isso, se acabou mais cedo, para vir calmamente a pé para casa, passar na drogaria como há muito tempo se planeava fazer e comprar algo para mais e diferentes projetos criativos...


Abre a possibilidade de finalmente nos fecharmos num quarto para levar a cabo trabalhos pensados já há um ano porque o pai dá bem conta dos afazeres normais só com uma filha agarrada às pernas...


Parece querer dizer que se pode acordar mais tarde meia hora... mas afinal constata-se que alguém se esqueceu de dizer isso à filha que ficou, ou ela não decidiria acordar todos os dias antes das 07H00...


Torna possível reviver jantares a sós, na mesinha pequena da sala, a ver seja o que for que apeteça na televisão...

Rita

quarta-feira, agosto 26, 2015

La tomatina

Uma festa que só de pensar me dá urticária. E vomitos, porque a primeira sensação que me vem é a náusea (só de pensar no cheiro de tomate maduro... na rua, no corpo... baghhhh)
Aliás, o melhor é marcar na agenda como uma semana não visitar Valência. Pensando bem, se calhar é melhor marcar o mês inteiro.

Imagem retirada da net 

Ana Cristina

terça-feira, agosto 25, 2015

Pés e mãos, todos pequenos...

O Vasco já no ano passado ficou contente quando eu lhe emprestei um par de meias. E serviam!? (em minha defesa tenho que vos lembrar que as meias eram de desporto, daquelas que servem a vários tamanhos, mas que o meu número é dos pequenos é, sem dúvida)
Este ano, quando fomos de férias lá me avisou que achava que levava meias suficientes mas podia ser que necessitasse das minhas, não fossem estar apertadas. ;) E esse foi o motivo de uma sessão fotográfica bem divertida entre tia e sobrinho. Muita risota, muitas fotos (todas fraquinhas mas divertidas) e até um filme de luta de pés. Deixo-vos uma, onde se comparam pés e mãos, todos pequenos...

E pronto, vou abrir uma etiqueta sobre pés, patinhas etc... ficará Tootsie Tuesdays como teria de ser.
Ana Cristina

segunda-feira, agosto 24, 2015

Ao fim e ao cabo...

... festas com classe é arranjar, só para si...

uma lavradeira...


um cabeçudo...


e um tocador de bombo...


O que mais é preciso, hã...?
Rita

domingo, agosto 23, 2015

Crónicas de uma Romaria, dia 3, que é como quem diz, dia 22

Dia de chuvinhas miudinhas, de estar com a família chegada de férias e de, armada em dondoca, ver pela primeira vez o Cortejo Histórico e Etnográfico das bancadas na avenida. De ver carros renovados, mas também o antiguinho, com a já habitual nau. De ver novos fatos, mas também perucas antigas (ou iguais às antigas). De ouvir os mesmos ritmos e músicas. De ver algumas caras de sempre. De rir com alguns quadros (faltou o homem da lampreia, pá!) e com a boa disposição geral. De pedir por tudo o que oferecido, a broa, o vinho, a sardinha... De acordar o Vasco para ver a parte etnográfica, já que tinha dormido durante toda a parte histórica. De ensinar aos miúdos todo um pouco do que é feita esta minha cidade. De ouvir reconhecer-me como filha da minha mãe por quem praticamente nunca me tinha visto e de me encher de orgulho por isso.


Pena, pena, tenho que a chuva nos tenha pregado a partida de não me deixar revisitar e mostrar o fogo de artifício aos miúdos... Mas também dessa chuva e nevoeiro e falhas de fogo é feita a minha recordação das festas, ou não estivéssemos nós em Viana...
Rita

sábado, agosto 22, 2015

Crónicas de uma Romaria, dia 2, que é como quem diz, dia 21

Segundo dia foi dia de Bombos e Cabeçudos. No Desfile da Mordomia, no dos Ranchos e, obviamente, na Praça - naquele que é meu momento preferido de todas as festas, o que relembro sempre com saudade e que, desta vez, até me comoveu (ridícula, eu, mulher feita com lágrimas nos olhos a ver a informal competição dos homens a tocar bombo...!)... 
Ao contrário de mim, os miúdos cansaram-se e a mais velha até falou no zumbido com que ficou nos ouvidos... gente fraquinha, esta...


E, aceitando a ideia que nunca vi tudo da Romaria, vi este ano pela primeira vez o Desfile "Vamos pr'á Festa", dos Ranchos, em maravilhosa companhia... 


Rita

quinta-feira, agosto 20, 2015

Crónicas de uma Romaria, dia 1, que é como quem diz, dia 20

Vir nesta altura do ano a Viana é o mesmo que dizer que viemos à Romaria da Senhora da Agonia... Não é fácil a opção de revisitar as festas das férias da minha infância e juventude, uma vez que apanha sempre o aniversário da Alice e gostamos de o festejar essencialmente com os tios e avós. A última vez tinha sido há seis anos, era o Vasco um bebé muito pequeno e estávamos de licença.
Este ano, talvez porque a sugestão da licença do ano passado trazia essa recordação mas sem que tivesse havido hipótese de realização do projeto, as saudades apertaram. Da cidade, do convívio familiar, das festas, das memórias. Em mim havia o desejo intenso de partilhar as festas e tudo o que as envolve com os miúdos. 
Por essa razão, em noite de aniversário da mais velha, partimos (eu e os mais velhos) na caminhada para a cidade, para ver os tapetes das ruas dos pescadores a serem feitos. Pelo caminho, avizinhava-se o início da Romaria, pequenos grupos de cantares e o som de um ou outro bombo. 


No dia seguinte, o primeiro dia formal das festas, foi altura de visitar as ruas já feitas. Descobri que a serradura deu lugar ao sal e que na rua principal, que antes era projetada pelo tio-avô, já não existe a limitação das cores vermelho, verde e amarelo. Em todo o caso, toda a decoração era bela e foi engraçado ver, mais uma vez, as soluções arranjadas (como o desenho da Sra. da Agonia todo feito em seixos pintados, com exceção de cara e mãos).


Da parte da tarde, depois da tentativa falhada de ver a procissão vinda do mar (a que vai pisar os tapetes) foi tempo de dar a conhecer o Campo. Fiquei surpreendida de, à chegada a Viana, não me recordar dessa parte das festas que tanto gozo me dava, e de só me lembrar já depois de andar por lá . Houve divertimentos para todos: trampolim para D. Panqueca, carrinhos de choque para o Sr. Crepe e até carrocel para Miss Goffre!

Rita

quarta-feira, agosto 19, 2015

Parabéns à Alice (e a nós, ora essa)


Ocorre-me tanto e nem sei por onde começar.
Há dez anos a minha vida dividiu-se em "antes de filhos" e "depois de filhos". Tinha a Alice comigo e interrogava-me vezes sem conta como se poderia ser tão feliz...
Hoje, nem sei como é que passaram dez anos e a miúda pernalta, loira e de olho azul, se tornou nesta pré-adolescente que anda por aqui, que opina sobre tudo, que vai tendo curiosidades sobre o mundo (ontem, a propósito de nada, perguntou o que havia agora no lugar das torres gémeas - vá-se lá saber a que velocidade da luz circulam aqueles pensamentos...!), que tem inseguranças mas é teimosa como só ela, que tem um sentido de adaptação invejável para qualquer pessoa, que faz ginástica com toda a facilidade, que é simpática e sorridente, que chora com facilidade nos dramas com as amigas, que é preocupada e solidária com os irmãos (mas também lhes faz tropelias e é capaz de mesquinhices), que gosta de tudo e não se apaixona grandemente por nada, que gosta imenso de ler, que é doce e mimosa, que me enche de orgulho (mas também de irritação) com grandes e pequenas coisas, que não gosta muito de comer extravagâncias mas é muito gulosa (principalmente de doces processados), que arranja amigos com facilidade, que adora fazer teatros e danças com a família mas não gosta de dar nas vistas... que é linda e está a crescer...
Minha filha maravilhosa, que mudou e muda o meu mundo todos os dias... adoro-te.
Rita

terça-feira, agosto 18, 2015

Mais uns dias de férias, desta vez em Viana, terra do coração...

Lembro-me de andar na primária, dos outros irem "à terra" e eu ir a Viana. 
Viana do Castelo nunca foi "a terra", mas foi sempre a minha terra. De onde a mãe era e o pai tinha passado a ser desde os cinco anos. Onde estavam os avós, os tios, os primos. Onde se passavam os melhores Natais, no friozinho, com uma árvore de Natal chamada pinheirinho cheia de bonequinhos diferentes de todos os outros e trazidos de França pelos tios. Onde se acabavam todas as férias de Verão e já depois dos pais acabarem as deles. Onde se faziam piqueniques no pinhal e os adultos se deitavam a dormir a seguir (o que, dada a condicionante de ser a mais nova, sempre me chateou bastante, uma vez que toda a gente sabe no desperdício em que consiste uma sesta), se pescavam lapas, caramujas, ouriços do mar. Onde se receberam amigas e segundas primas e se viveram grandes aventuras. Onde se saía à noite. Onde se arranjaram namorados e curtições e experiências. Onde se ia muito à praia, a diversas praias, de mar e de rio, e se tomavam imensos banhos, mesmo com água de gelar os ossos. 
Em Viana estão, ou de Viana são, tantas das minhas pessoas. De Viana são imensas das minhas recordações de infância e juventude... e não me ocorre nenhuma que seja má... De Viana eu adoro até o cheiro.
Este ano estamos mais uma vez em Viana, terra do coração. 


Rita

domingo, agosto 09, 2015

Ainda a propósito do saco de recordações...

Coisa cómica: kalkitos. Ainda no outro dia a fada dos dentes tinha deixado uns cá por casa e eu tinha falado com os miúdos sobre esta brincadeira do decalque, quando agora os encontro, aos antigos, dentro do saco dos tesourinhos...! Mesmo a calhar... o Vasco adorou... E cá está, para a posteridade: os kalkitos do meu tempo (e acho que era bem pequena e que quem os tinha feito era a Cristina) e os de agora (são os do canto inferior direito)... para quem queira recordar...


E agora, a dúvida que faz medo... Por que raio tinha eu, aos 12 ou 13 anos de idade, na agenda telefónica só com os contactos dos colegas do 7º e 8º ano, um "embalsemador de animais"????!!!

Rita