sexta-feira, junho 29, 2012

Olá cá estou eu, ou, Algo se passa neste reino Luso

Quem estes lados tem visitado já reparou que o ArRanhanoTrapo passa por mais uma fase de pouca actividade.
É verdade. Continuamos a adorar este projecto de fazermos algo em conjunto, de escrever para nós e para quem nos visita, de deixar opiniões, ideias ou mesmo relatos das vidas privadas (desde que não sejam muito privados, claro). Mantemos a ideia de desenvolvermos a nossa criatividade através da nossa assinatura Oficinas RANHA, e temos a certeza que em breve estaremos de volta com as nossas peças.
E não pense quem aqui vem que andamos apenas a pensar em férias. Estamos é muito mais embrenhadas na actividade social, e posso dizer que, pela minha parte, a personalidade reivindicativa que sempre foi uma das minhas características pessoais tem tido muitas razões para se desenvolver. 
Como sabem a instituição onde exerço há mais de 12 anos está a passar por um processo  de encerramento. Já aqui manifestei a minha opinião e ela não se tem alterado com os argumentos de reestruturação dos cuidados de saúde, com a existência de um bom conjunto de maternidades na região de Lisboa, incluindo as privadas, ou a necessidade de cumprimento dos acordos com os parceiros privados de prestação de cuidados de saúde (como é o caso no novo Hospital de Loures ou o de Cascais)

Dentro da MAC sente-se um desânimo muito grande e alguma revolta. Pensar que serviços como o meu vão abaixo depois de obras estruturais profundas com apenas 4 anos e serão "transferidos" para serviços que vão ainda ser remodelados é realmente decepcionante.
Mas pensar ainda que um serviço tão específico como a Neonatologia, onde se prestam cuidados a 42 bebés vai ser desfeito e, em troca, vão aumentar em 8 ou 12 (ainda ninguém sabe bem) o número de vagas da Neonatologia do Hospital da Estefânia (e que actualmente tem 16) para cumprir com os cuidados necessários à nossa população é em primeira linha  muito preocupante.
A minha primeira dúvida é muito simples. Para onde vão as 30 vagas de internamento para recém-nascidos com necessidades especiais que sobram? Mas tenho mais, muitas mais... Mas ninguém se preocupe, ninguém vai deixar de ser atendido... dizem os nossos governantes.

Ana Cristina e J. um bebé com 940 g. que me ficou na memória

segunda-feira, junho 18, 2012

Alguns problemas de geografia...

A Alice hoje, ao jantar:
- A esta hora, do outro lado do mundo, mesmo lá do outro laaaaaaado... deve ser de noite...
- Se aqui está a anoitecer, do outro lado do mundo estará a amanhecer...
- Pois... mesmo do outro lado do mundo, muito longe... quê, no Algarve, mãe?
Rita

quarta-feira, junho 13, 2012

Sarau de ginástica

Neste sábado tivemos o nosso primeiro sarau de ginástica. Em bom rigor, o sarau não era nosso, mas toda a família o encarou como se fosse, rumando ao pavilhão segundo essa perspectiva.
O percurso da Alice na ginástica não tem sido totalmente pacífico. Quando no início do ano, depois de uma avaliação das suas características, lhe propusemos a rítmica, ela entusiasmou-se e começou com afinco. Depois do primeiro trimestre, iniciaram-se as quebras de vontade, o torcer do nariz quando sabia ser dia de ginástica. No treino, tudo bem, tirando por vezes as notas amarelas da distracção durante a aula.
A verdade é que neste ano lectivo, tudo tinha começado a ser a sério. A escola, a ginástica, o ritmo, a assiduidade.
Neste sábado, misturada com quem treina a valer, muitas horas, colecciona títulos e minis para os Jogos Olímpicos, a nossa Alice foi exemplar, exibindo os exercícios com uma perfeição rigorosa e um sorriso constante de indisfarçável orgulho. Eu, que sou uma suspeita óbvia, não sou capaz de deixar de ter a sensação, quando vejo as fotografias (mesmo que desfocadas pela distância), que a miúda tem mesmo jeito, que nasceu para aquilo. E no fim, a conclusão de um esforço recompensado: que a dela foi a ginástica preferida e que ali se quer manter para o ano.
Rita