quarta-feira, dezembro 28, 2011

Natal é quando um homem quiser

O Natal foi muito bom, com alguns presentes e muita alegria. O pinheirinho teve menos presentes, mas também eramos menos, e se estamos em crise e houve contenção de despesas, o que interessa é que todos fomos presenteados com coisinhas lindas e, sempre que possível, personalizadas. A Alice e o Vasco estavam tão ansiosos que queriam abrir as prendas antes de jantar, e o mais pequeno ainda tentou fazer uma abordagem a um dos presentinhos e decidiu abri-lo mesmo sem autorização mas não teve muita sorte porque o presente era para ele e a mãe e a tia ainda foram a tempo de remendar o embrulho para manter a surpresa na altura da abertura.

Os últimos presentes seguirão amanhã para Viana do Castelo e serão entregues em breve. Quase todos são home-made envolvendo a arte dos mais pequenos ou com a assinatura Oficinas RANHA.

Ana Cristina

sábado, dezembro 24, 2011

Um Bom Natal

O pinheirinho está enfeitado de presentes. Alguns estão ainda por entregar.


A lista de necessidades está práticamente concluída. Falta só fazer as rabanadas. Logo a ceia será, como todos os anos, bacallhau cozido com bataras e couve. A mãe faz um molho quente e maravilhoso com azeite e cebolha para regarmos o prato e que faz com que o "bacalhau do Natal" seja diferente do do resto do ano.

Por isso está na hora de vos desejar, a todos, UM FELIZ NATAL.

Ana Cristina & Rita

quinta-feira, dezembro 22, 2011

As tias servem para isso mesmo...

Para fazer maquilhagens estranhas, com aranhas e pequenas abstrações.




Para brincar às acrobacias até que ela não consiga mais.

As tias servem para isto e para muito mais. Por exemplo, para brincar como se fosse uma menina da idade deles.

E as tias adoram...

Ana Cristina

terça-feira, dezembro 20, 2011

Rita, minha irmã Rita

No sábado passado fez trinta e tal anos que deixei de ser filha unica.
Do dia do nascimento da Rita, como já um dia aqui escrevi, lembro-me muito bem. Na noite anterior, depois do jantar, fiquei em casa da Tina porque o bebé estava quase a nascer. Foi a minha mãe que me explicou que ela estava a sentir que o bebé ia nascer e que talvez quando acordasse no dia seguinte já houvesse novidade. Tenho quase a certeza que era uma sexta-feira, e o último dia de aulas antes das férias de Natal. Quase que garanto que nesse mesmo dia fui à visita no hospital com o meu pai e encontrei a minha mãe acompanhada por uma bebé que diziam que ia ser loira que eu não achei grande graça. Giro-giro era o menino que estava na cama ao lado (um bebé redondinho, moreno e cabeludo). A minha irmã, que ainda não tinha nome, era uma bebé enrugada, sem cabelo e ainda sem grande graça. Nada daquela menina de caracóis loiros e ar reguila que se iria transformar depois. Ainda propus trocarmos mas a ideia foi mal aceite.Não me lembro de nesse dia sentir ciumes, só orgulho por ter uma irmã e talvez uma pontinha de surpresa por não a amar logo instantaneamente. Os ciumes vieram depois, tal como o amor... A minha irmã tornou-se, com o tempo a minha melhor amiga, o meu porto seguro, aquela que partilha comigo uma ligação tão forte que, a brincar, costumamos dizer que só não somos gémeas porque nascemos com alguns anos de diferença.
Não queria deixar passar este ano que a Rita, a minha irmã, fez anos no sábado.

Ana Cristina

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Programas de Advento

No domingo passado, o Calendário do Advento propôs uma separação de irmãos e que a Alice fosse com a mãe a um espectáculo “de Natal” diferente.
Rumámos então ao Teatro Camões para ir à ópera ver “O Gato das Botas”. Apraz-me dizer que gostei muito. Os cenários e figurinos da Agatha Ruíz de la Prada assentaram que nem uma luva no conceito de uma ópera que se quer para maiores de 03 anos de idade e ajudaram a encantar os espectadores. Foi engraçado ver a Alice (e outros meninos) especialmente atentos nos primeiros vinte minutos, devido esencialmente, pensei eu, ao tipo de canto ser diferente do que estarão mais habituados a ouvir. Depois da surpresa inicial e de um pequeno trecho mais monótono, foram adquirindo a sua forma de estar normal, fazendo pequenas perguntas mais ou menos segredadas e acentuando os movimentos nas cadeiras. Para quem tenha curiosidade, o Teatro Camões (onde eu nunca tinha ido) tem uma sala de espectáculos muito confortável e quase de certeza com boa visibilidade nos vários espaços. Os bilhetes mais acessíveis serão de uma fila de cadeiras colocadas ao longo de uma balaustrada numa espécie de primeiro balcão e penso que, sendo um tipo de assento mais adequado a crianças mais crescidas, também se conseguirá ver muito bem o espectáculo – fica a dica.
Uma vez chegadas a casa, encontrámos a Árvore de Natal de Lego que o pai e o Vasco ficaram de construir, mas que o pai fez quase toda – dando mostras de um jeito e uma imaginação que eu acho fabulosas, mas em que ele não acredita minimamente…

Rita

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Este ano o Natal vai ser diferente. Vai-se festejar cá em casa pela primeira vez e a lista dos preparativos para a noite continua grande.


Já temos:
- Mesa para o pessoal todo
- Aquecedor, porque esta casa é fria e convívios com frio nem pensar
- Panela grande para cozer o bacalhau com batatas e couve, e panela pequena para a mãe fazer o molho de azeite quente com colorau, cebola, louro e mais algumas coisas (é este ano que vou aprender a fazê-lo)
- Árvore de Natal

Mais ainda falta:
- Pratos, porque só temos 6 e seremos no mínimo 8
- Toalha para a mesa quando aberta
- Cadeiras para sentar o pessoal (se for necessário a Rita traz)
- Comprar todos os ingredientes para a ceia de Natal

Ou seja, falta ainda preparar tanta coisa que não tenho inspiração para os presentes que queria ainda fazer.

Ana Cristina

terça-feira, dezembro 06, 2011

Dias de advento

Uma boa alternativa para o Calendário do Advento cá de casa é aproveitar alguns dias para fazer o que já se era suposto fazer... do tipo, montar a árvore de Natal ser a proposta para o dia 01 de Dezembro...
Nessa ordem de ideias, a proposta para hoje era aproveitar o facto do Vasco ter trazido uma estrela de cartolina para decorar (uma contribuição para as decorações de Natal da escola)... Sendo assim: «Cada um decora uma estrela de Natal... a do Vasco vai depois para a escola».
A questão era saber como lhes propor a decoração da estrela. Já vou numas quantas “estrelas” (pais natais, árvores, etc)... e não me interpretem mal, a minha ideia não é dizer-lhes como fazer e sim dar ideias para que eles, a Alice melhor obviamente, possam escolher. Fazer-lhes propostas que os levem a experimentar novos processo criativos, por assim dizer.
A Alice escolheu então. Experimentaram então fazer manchas de pastel de óleo nas suas estrelas, deram-lhes uma camada de tinta preta (e ao jornal também, com pincel e com as mãos) e amanhã esperam poder ver o efeito mágico de um instrumento “arranhador” sobre a superfície por eles criada.
Pena só foi querer tirar fotografias ao processo e resultado e não poder, uma vez que a minha máquina ficou com aspecto de avaria…


Rita

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Tradição de Natal ou Um fim-de-semana na casa da tia

Tal como nos anos anteriores o calendário do advento incluiu um fim-de-semana em casa dos tios. Agora com mais espaço, a casa nova permitiu fazer um quarto adaptado para os pequenos visitantes. Nesse quarto temos dois caixotes com brinquedos antigos, e porque é um espaço cheio de caixas podemos encontrar num deles marcadores, canetas de feltro, lápis (de cor, de cera e pasteis) e vários tipos de tintas. E como havia por aqui umas caixas de cartão vazias e construímos uma nova casa de cartão, mais pequena que a anterior, mas com muita cor e decoração. No fim fizemos uma sessão de fotografias e por pouco não apanhei o momento em que os dois quase que desmoronavam com a casa. Ainda quiseram ensaiar novas quedas para eu fotografar com pena que nas fotos não estivesse o Vasco a ser puxado pelas pernas e a Alice toda torta mas eu não concordei com a proposta.
Na altura de voltar a casa decidiram que a casa ficava cá porque ficava muito bem no hall de entrada.

“Eu fui a casa da minha tia e dormi lá. O Vasco e eu fizemos muitas coisas; uma casa de cartão com pinturas e colagens, uma surpresa, cantigas e teatros e muitas brincadeiras. Até ajudei o tio a fazer um bolo.” Alice


Ana Cristina

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Um presente antigo

É relativamente fácil encontrar algo para se fazer para uma criança... mas quando essa criança cresce, se torna uma adolescente com 14 anos de idade e passa a gostar de ler o "Crepúsculo", a coisa complica-se ligeiramente... Quando a dita moçoila ainda por cima mora a 400 km e não a vemos todos os dias, pensar numa coisa que ela possa gostar de usar parece quase impossível...
No ano passado, seguindo um projecto que já tinha praticamente um ano, decorámos-lhe este vestido, na tentativa que fosse de encontro às suas preferências (vampiros negros e obscuros a envolverem-se romanticamente com meninas sofridas e solitárias)... Não sei se agora, quase um ano volvido, ela ainda o veste, mas parece que fez um grande sucesso na altura... Apesar disso, acho que neste Natal não nos aventuraremos em criatividades para a Sara...
Rita

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Dezembro

Começou Dezembro.
Eu adoro Dezembro. Para além de fazer anos, é o mês do Natal e eu gosto mesmo muito do Natal. Gosto da azáfama das prendas, mas não porque goste do consumismo e mais porque gosto de fazer as prendas quase todas, tentando que sejam apropriadas a cada pessoa ou conjunto de pessoas. Gosto da ideia do Calendário do Advento cá de casa, com uma proposta para os miúdos fazerem em cada dia. Gosto do planeamento da noite. Gosto dos momentos em que faço coisas com os miúdos para alguns membros da família.
O mês é imensamente angustiante, mas a ansiedade tem um sabor agradável, de coisas boas por vir mas com pouco tempo para as cumprir, de uma doce e infantil expectativa que se pode partilhar com os filhos, de horário cheio mas com tempo de qualidade.
Dezembro é para mim um mês intenso, de correria. E, dentro do muito mau que é começar por uma daquelas semanas em que, no trabalho, não consigo controlar o meu tempo nem o meu horário, começou com um dia bom, a rebentar de família e sobrinhos, parque e ar livre, conversas intermináveis de presente e futuro.


Rita

segunda-feira, novembro 28, 2011

Mais um filme

No sábado fomos novamente ao cinema, mas desta vez, eu, a Alice e alguns amigos. O Tintin foi a proposta e proporcionou uma bela aventura.

A primeira vez que tinha visto o anúncio ao filme tinha ficado fascinada com a qualidade da animação. As minhas expectativas não foram goradas. O filme é lindo, de uma técnica impressionante. O ritmo é intenso e a história tem alguma complexidade, o suficiente para a certa altura fazer a Alice distanciar-se da trama e desejar um filme mais curto... apesar de tudo, ontem dizia que tinha adorado. Eu também gostei muito, e aconselho.

Rita

segunda-feira, novembro 21, 2011

Ainda do fim-de-semana

Eu e eles no carro, no final da tarde.
Vasco - Tia?! Não tá cá o cuiquis...
Eu - O quê Vasco?
Vasco - O cuiquis. Foi-se embora p’a casa dele, com o mano... O mano pequenino...
Eu -??? ...
Vasco - Xim, tá a dormir.
Passado umas horas, quando estávamos a ler uma história antes de deitar...
Eu - "… o arco-íris tem sete cores..."
Vasco - O Vasco viu o cuiquis e o mano... mas tá a dormir...


Moral da história. Nessa manhã o Vasco tinha visto pela primeira vez o arco-íris, e por coincidência, estavam dois arco-íris no céu, ao que parece um grande e bem definido e outro mais pequeno e difuso. E eu ía lá adivinhar.Também eu, há uns meses, vi um duplo arco-íris... e tentei fotografá-lo.


Ana Cristina

"Meia-noite em Paris"

No que toca a Woody Allen, sou indiscutivelmente uma fã.
Já há muitos anos que, ao ver um dos seus filmes, me sinto, ou compreendida, ou divertida, ou ambas as coisas. Não tendo o “Meia-noite em Paris” sido um dos meus preferidos em nenhum desses campos, afigurou-se-me como um bom entretenimento.
Um argumentista com o sonho de se tornar escritor encontra-se apaixonado por Paris e pela melancólica ideia de um passado para si perfeito, nos anos 20. Submerso nas suas ansiedades e inseguranças, acaba por poder viver romanticamente esse passado, acabando essa experiência por lhe trazer alguma clarividência sobre o presente.
Para quem goste de Woody Allen ou simplesmente para quem goste de Paris (a moderna ou a boémia dos anos 20), para quem seja melancólico, romântico… ou somente para quem lhe apeteça rir com a belíssima prestação de Owen Wilson…


Rita

domingo, novembro 20, 2011

Fim-de-semana

Foi um fim-de-semana com sobrinhos, festa de comemoração do dia mundial da prematuridade, visita ao serviço com os príncipes e muita brincadeira entre tia e sobrinhos. Foi bom.
Já agendámos o próximo, que dessa vez será repleto de surpresas no calendário do advento.

Ana Cristina

quinta-feira, novembro 17, 2011

Talentos...

Hoje, quando estava com a Xana na reunião do Inglês das miúdas, espreitámos o caderno da Clara, a filha dela. Fiquei maravilhada. Ela bem disse que a Clara gostava, mais do que tudo, de desenhar.
Eu também gostaria de desenhar como a Clara. Com sete anos, desenha de forma extraordinária, com sentidos de perspectiva e movimento invejáveis, mas sem perder o traço infantil e naif que eu tanto gosto. Adorei, só tinha vontade de pedir à Clara que me desenhasse coisas…
Quando vejo um talento assim tão instalado, nunca me consigo impedir de pensar quais virão a ser os da Alice e do Vasco. Há pessoas em que os talentos se descobrem tão cedo, mas olho para a minha filha e ainda não lhe vejo um jeito especial para nada, só algumas facilidades. Não o digo com nenhum tipo de mágoa, só com um sentimento de expectativa curiosa… ou de curiosidade expectante… Sei que, como toda a gente, ela irá descobrir em si mais do que uma aptidão e que, como toda a gente, será mais feliz se descobrir como fazer de uma delas uma das actividades centrais da sua vida… Não penso que o seu sucesso vá depender da velocidade com que encontrar as suas habilidades e por isso resta-me esperar, de fora, atenta… mas, confesso-o aqui, mesmo muito muito curiosa…


Rita

terça-feira, novembro 15, 2011

Recordações

Uma das (muitas) coisas boas de se ser mãe são as recordações de quando se era só filha. De quando éramos nós a depender de outros, das pequenas coisas que faziam de nós os pequenos e dos outros os grandes.
Agora que a Alice tem seis anos, isso acontece-me muitas vezes, acho que é porque me lembro de muitas coisas com essa idade. Algumas recordações são perfeitamente inócuas, mas provocam-me um conforto caloroso de me saber aqui, bem, com tudo o que tenho para trás.
Quando penteio a Alice, por exemplo. Não me lembro como era quando eu tinha o cabelo curto, mas tenho a recordação exacta da minha mãe a pentear-mo em comprido. Ela de frente para mim, a fazer o risco de trás para a frente, o cabelo a vir-me todo para a frente dos olhos, eu a mexer-me para evitar as comichões na cara ou para fugir ao facto dela estar à minha frente, o ralhete brando dela a ameaçar ter de começar o processo todo novamente porque o risco ia ficar torto. Que fique claro que eu não consigo pentear a Alice como a minha mãe me penteava. Raramente vou para a frente dela, pareço mais um sempre-em-pé a movimentar-me de um lado para o outro. Também é verdade que ela raramente tem o risco direito… o método da minha mãe devia funcionar melhor…
É bom isto de ter um passado povoado de memórias partilhadas com os outros, guardadas numa espécie de arca mental que se vai abrindo sem a nossa autorização, mas que nos abraçam e nos recordam como, e porque, gostamos… de nós.


Rita

segunda-feira, novembro 14, 2011

Uma capa de agenda

Porque as Oficinas RANHA têm estado sem qualquer actividade mostramos uma das peças criada por nós e que que no ano passado foi presente de Natal. Integralmente costurada e pintada à mão, com a utilização de tecidos reciclados, esta capa de agenda foi a primeira com a nossa assinatura. Depois desta, e seguindo um modelo semelhante fizemos outra, que serve entretanto com capa de livro pelas suas dimensões e características.

Actualmente, em tempo de preparação de um novo Natal, fica uma ideia que pode também servir de inspiração às meninas mais ligadas às agulhas e linhas. Pela minha parte proruro novos caminhos para novas criações que poderão ser novos presentinhos das amigas.

Espero que gostem.

Ana Cristina

quinta-feira, novembro 10, 2011

Vasco, o caprichoso

Já há meses que percebemos que o Vasco é um caprichoso.
É um puto, tem dois anos e (quase) oito meses, e é um verdadeiro caprichoso.
Não estou a brincar. Quer dizer, é lógico que tem piada ver o pequenote cheio e pequenas exigências, mas só quando isso não se torna exagerado… o pior é que, depois de concordarmos com algumas delas, as exigências vão aumentando e crescendo, à velocidade da luz…
Do estilo, para que percebam: pede o leitinho. Tem de vir connosco fazer o leitinho, ao colo. Tem de agarrar no pacote de leite connosco e ajudar a deitá-lo no biberão. Tem de carregar no botão que inicia o funcionamento do microondas depois de accionarmos o tempo. Tem de puxar pela pega do microondas para abrir a porta. Tem de colocar a tetina naquela rodelinha de que não me lembro o nome e apertar a rodelinha de que não me lembro o nome ao biberão. E atenção: o biberão também é escolhido. Num determinado dia pode ter que ser o do Snoopy. Noutro, o do patinho. Noutro, o da tartaruga…
Cada uma destas vontades foi surgindo a seu passo, conforme outra se rotinava…
Uma negativa, ou melhor, uma ultrapassagem feita à sua vontade, dá direito a beicinho e choraminguice. Um perfeito caprichoso.
Sim, ele também é teimoso. Mas este comportamento é algo mais, é mesmo aquilo que no dicionário é definido como “capricho” – vontade súbita e infundada, aferro obstinado, empenho em levar a cabo uma coisa sem razão.
Mas digo-vos: o mais difícil não é concluir ou assistir a isso… é gerir a situação, é equilibrar o pensamento de forma a tentar perceber se é nossa função consentir em todas estas vontades porque poderão ser inofensivas (apesar de não ser assim tão inofensivo seguirmos os passinhos todos que um miúdo de dois anos quer às 05 da manhã, quando queremos ser rápidos e voltar para a cama e sabemos que faríamos tudo de forma muito mais veloz) ou se devemos, por vezes, contrariá-lo, para que aprenda a lidar com as pequenas frustrações dos seus caprichos…


Rita

segunda-feira, novembro 07, 2011

Programa de fim-de-semana



Ontem fomos à Cordoaria Nacional, ver a exposição dos dinossauros. Entre amigos e filhos de amigos, eramos onze.

Para os mais pequenos terá sido divertido, mas eu achei o divertimento caro para a qualidade e quantidade de informação que dispunha. Reconstituições de esqueletos, que ficamos a imaginar serem reconstituições, uma vez que não há dados sobre a possibilidade de serem reais ou sobre as escalas pelas quais serão feitos. Painéis informativos muito pequenos mas com demasiados elementos para serem lidos pela quantidade de pessoas a avolumarem-se à sua volta. Bonecos mecanizados sem novidade.

De qualquer forma, é um programa a seguir para quem tenha filhos que gostem de dinossauros ou para quem lhes queira ilustrar um pouco melhor o assunto. Poderia ter um bilhete mais barato, mas enfim...

Confesso que o me conseguiu maravilhar foi a qualidade dos briquedos à venda na loja da exposição. Puzzles 3D de esqueletos de dinossauros ou jogos de construção das figuras, muito bem conseguidos e com bom valor... uma boa ideia para o Natal de alguns admiradores do tema...

Rita

domingo, novembro 06, 2011

Novidades pouco relevantes

Por cá, uns primeiros dias de chuva e de descida de temperatura trouxeram-me a primeira gripalhada da época... com direito a pingo no nariz na posição horizontal e a nariz completamente seco na posição vertical, garganta a arranhar, um peso de toneladas na cabeça, dores pelo corpo...

Sinto-me praticamente recuperada, não fosse o sono chegar-me muito mais cedo. Apesar disso, o fim-de-semana foi óptimo e dará excelentes posts... para os próximos dias...


Rita

terça-feira, novembro 01, 2011

Comunidade de amigos

Durante muito tempo, quase toda a roupa da Alice vinha da Rita da Tina. Oferecida. E linda.
Uns tempos depois de deixar de lhe servir, começou a ser emprestada à Sofia, da Van.
Quando o Vasco nasceu, a Van, por sua vez, passou a mandar roupa do Tiago.
Desde que a Catarina teve a Teresa, em Abril, a roupa mais pequena da Alice vai lá para casa.
A Catarina manda-me roupa do João, para o Vasco.
De vez em quando, tanto a Alice como o Vasco herdam roupa da R. e do primo M.
A dona C., de longe em longe, também oferece roupa que era do João, cá de cima.
Para além daquela mãe amorosa, lá da escola, com dois filhos de idades idênticas às dos meus, mas de géneros trocados, que há uns tempos me deixou um saco de roupa para o Vasco, mas que ainda continua a servir-lhe.


… adoro a vida comunitária que me circunda em relação à troca de roupa. Só não é fixe quando é altura de a arrumar, tirar para fora, ver o que serve, o que é para devolver e a quem, o que é que pode servir para o ano…
Nota-se muito que estou na época de trocar as indumentárias de Verão pelas de Inverno…?!


Rita

segunda-feira, outubro 31, 2011

quinta-feira, outubro 27, 2011

Uma ideia lançada cá em casa

Fazer um reality show com personagens famosas acusadas de crime... Assim de repente lembrei-me de dois presidentes de câmara, um presidente de clube de futebol, um apresentador, um advogado e com algum esforço um ex-primeiro ministro.

Ana Cristina

terça-feira, outubro 25, 2011

O jardim que fizemos para a Carolina

No ano passado fizemos este jardim com borboletas para a Carolina e este ano ouvi dizer que, embora tendo deixado de lhe servir, ela quis guardá-lo... sabe-se lá se o futuro lhe poderá reservar uma irmã que possa vir a herdar o conjunto...

Com estas fotografias, retomamos aqui a tentativa de mostrar as nossas artes uma vez por semana... vamos lá ver se isto corre bem.

Rita

segunda-feira, outubro 24, 2011

Hoje apresento neste espaço dois dos livros que me fizeram ler de uma assentada toda a obra literária da sua autora. Num dos meus passeios a livrarias deparei com uma capa que me chamou a atenção. Chama-se este livro “A Rainha Branca”. E foi com enorme prazer que li o primeiro livro de Philippa Gregory, que soube mais tarde ser autora de vários romances históricos, quase todos acerca da dinastia Tudor, um deles adaptado ao cinema, e que eu tinha visto o filme recentemente (“Duas irmã, um Rei”). A seguir li o “A Rainha Vermelha”, a seguir li todos os outros por ordem cronológica de acontecimentos.
A “Rainha Branca e a Rainha Vermelha” são figuras históricas contemporâneas. As duas personagens centrais de uma época denominada como a Guerra das Rosas são personagens completamente diferentes. Inimigas políticas, ambas cérebros de intrigas e conspirações na ânsia da herança do trono de Inglaterra. Quis a História que se tornassem as avós do mais famoso rei de Inglaterra, Rei Henrique VIII.
Gostei dos dois, mas gostei ainda mais de ter descoberto
Philippa Gregory como autora de romances históricos. Podem vê-la aqui, na apresentação do livro “A Rainha Branca”.
Resta-me ainda deixar-vos aqui as respectivas sinopses.


· A Rainha Branca
“A Rainha Branca é a história de uma plebeia que ascende à realeza servindo-se da sua beleza, uma mulher que revela estar à altura das exigências da sua posição social e que luta tenazmente pelo sucesso da sua família, uma mulher cujos dois filhos estarão no centro de um mistério que há séculos intriga os historiadores: o desaparecimento dos dois príncipes, filhos de Eduardo IV, na Torre."


· A Rainha Vermelha
"Herdeira da rosa vermelha de Lancaster, Margarida vê as suas ambições frustradas quando descobre que a mãe a quer enviar para um casamento sem amor no País de Gales. Casada com um homem que tem o dobro da sua idade, depressa enviúva, sendo mãe aos catorze anos. Margarida está determinada em fazer com que o seu filho suba ao trono da Inglaterra, sem olhar aos problemas que isso lhe possa trazer, a si, à Inglaterra e ao jovem rapaz. Ignorando herdeiros rivais e o poder desmedido da dinastia de York, dá ao filho o nome Henrique, como o rei, envia-o para o exílio, e propõe o seu casamento com a filha da sua inimiga, Isabel de York. Acompanhando as alterações das correntes políticas, Margarida traça o seu próprio caminho com outro casamento sem amor, com alianças traiçoeiras e planos secretos. Viúva pela segunda vez, Margarida casa com o impiedoso e desleal Lorde Stanley. Acreditando que ele a vai apoiar, torna-se o cérebro de uma das maiores revoltas da época, sabendo sempre que o filho, já crescido, recrutou um exército e espera agora pela oportunidade de conquistar o prémio maior."


Só posso aconselhar.

Ana Cristina

Perguntas retóricas

- Mas que Me... de obras foram feitas no aeroporto de Faro para, na noite passada, uma parte da cobertura do tecto ruir?

- A empresa que fez obras de remodelação da cantina do Hospital de Faro (e que por acaso inaugurou no mês passado) terá sido a mesma que montou a cobertura no Aeroporto de Faro?

Ana Cristina

sábado, outubro 22, 2011

Mary Blair



Uma das razões que me faz gostar do Google é o facto de aprender tanto com aquilo que pelos vistos se chama (também aprendi com o Google) os doodles. Para gente básica como eu, são aquela espécie de cabeçalho que eles usam para apresentar a página do motor de busca e que usam frequentemente para homenagear uma determinada data.
Ontem, por exemplo, fiquei a saber que a criadora das figuras conceptuais da Cinderela, da Alice no País das Maravilhas ou do Peter Pan nas indústrias Disney foi uma senhora que faria 100 anos se fosse viva: Mary Blair.
O doodle era maravilhoso e fiz logo questão de descobrir a que é que se referia. Viajei depois pelas magníficas ilustrações desta senhora, que me reportaram a tantos e tantos livros e postais da minha infância, os quais, provavelmente, não conseguirei nunca descobrir se da sua autoria ou não, e encantei-me com o seu talento extraordinário. Resta inevitavelmente a vontade de agradecer os cenários de sonho a que a sua habilidade intemporal me conseguiu transportar hoje, aos 35 anos de idade… (e ao Google, claro, pelo conhecimento do nome criador desses mundos).




Rita


* Fui tirando as imagens de vários sites da net e esqueci-me de colocar as fontes, pelo que peço desculpa de não as colocar aqui.

sexta-feira, outubro 21, 2011

Lição de Biologia

Há coisas que me tiram do sério.
Será que é necessário explicar aqui aquilo que Gregor Mendel (o pai da genética) no séc. XIX descobriu, e que os senhores argumentistas de telenovelas ainda não tiveram tempo de estudar mas que se esquecem que a sua ignorância ajuda a difundir ideias cientificamente incorrectas?
Descobriu este senhor que:
• As características hereditárias são determinadas por factores herdados dos seus progenitores na mesma proporção;
• Os factores genéticos separam-se na formação dos gâmetas;
• Os indivíduos podem possuir informações iguais na sua composição genética, ou diferentes;
• Há informações quê são dominantes e informações que não o são (são recessivas). O aparecimento de determinada característica recessiva representa que o indivíduo herdou dos dois progenitores essa informação recessiva.
Isto tudo para dizer que sim, um filho pode ser de grupo 0Rh- e os seus pais serem os dois ARh+. Trata-se aqui de duas informações recessivas que, por coincidência, foram herdadas de ambos os pais.

Desculpem-me a lição de biologia, que ainda por cima não é o meu forte, mas já estou cheia de informações científicas erradas e ainda mais de pessoas que acham que aprendem muito com a telenovela. Se alguém quiser acrescentar dados a este post científico esteja à vontade para comentar ou mandar emails.


Ana Cristina

quinta-feira, outubro 20, 2011

Um "mi"

O Jorge, que tem um blog que eu gosto muito de ler, colocou no outro dia este post interessantíssimo... sobre o vicío de ler da filha... tentei comentar duas vezes, mas falhei das duas e acabei por desistir... Na esperança que ele passe por aqui, comento-o agora... A ausência em que ela se coloca para ler parece-me uma atitude típica de adolescente... quem é que prefere calçar-se ou fazer a cama ou qualquer outra coisa se tiver hipótese de, em vez disse, estar a ler... Não me pareceu que isso fosse compulsivo e sim algo habitual na adolescência, aliado a um magnífico vício: a leitura...

No seu método de aprendizagem de leitura, a Alice faz listas... de "mi", de "eta", de "ca", de "co"... E ontem de manhã, enquanto tomávamos o pequeno-almoço e viamos as notícias da manhã (mesmo antes de mudarmos para o Phineas e Ferb), demos por ela a fazer a sua primeira leitura: «Estou ali a ver um mi...». E era. No canto inferior esquerdo, lá estava o "minuto verde". Fizemos uma festa e ela tentou decorar a palavra para dizer na escola o que tinha lido. E eu, que achei o máximo, contei ao almoço a uma colega e ficámos as duas a olhar uma para a outra, de lagrimita a romper nos olhos...

Penso no início deste caminho da Alice e no caminho já tão percorrido pela filhota do Jorge e não consigo deixar de desejar, com todas as minhas forças, que este seja o princípio de uma lista interminável de "mis" e que um dia eu tenha a tremenda sorte de ter filhos com o vício da leitura...

Rita

quarta-feira, outubro 19, 2011

Mas porque é que eu não consigo fazer paragrafos decentes nos meus posts? Tenho mesmo de actualizar o blog...

Ana Cristina

Os Azeitonas - Anda comigo ver os aviões


Uma música que há muito me apetece mostrar aqui, que fica na boca e apetece dançar agarradinho. Uma letra que é uma bela declaração de amor.


"Anda comigo ver os aviões levantar voo a rasgar as nuvens, rasgar o céu.
Anda comigo ao Porto de Leixões ver os navios, a levantar ferro, rasgar o mar.

Um dia eu ganho a lotaria ou faço uma magia (mas que eu morra aqui) mulher tu sabes o quanto eu te amo, o quanto eu gosto de ti. E que eu morra aqui se um dia eu não te levo à América. Nem que eu leve a América até ti.

Anda comigo ver os automóveis à avenida a rasgar as curvas, queimar pneus.
Um dia vamos ver os foguetões levantar voo a rasgar as nuvens, rasgar o céu.

Um dia eu ganho o totobola, ou pego na pistola (mas que eu morra aqui) mulher tu sabes o quanto eu te amo, o quanto eu gosto de ti. E que eu morra aqui se um dia eu não te levo à Lua. Nem que eu roube a Lua só para ti.

Um dia eu ganho o totobola, ou pego na pistola (mas que eu morra que aqui) mulher tu sabes o quanto eu te amo, o quanto eu gosto de ti. E que eu morra aqui se um dia eu não te levo à América. Nem que eu leve a América até ti."


Espero que gostem, Ana Cristina

segunda-feira, outubro 17, 2011

Upssss...

Estávamos numa festa de anos, uma sala de restaurante só para nós, muita e muita gente. Para nós já era fim de festa, mas a grande maioria das pessoas parecia estar na disposição de ficar mais tempo. Um rapaz entre os 10 e os 12 anos de idade aproximou-se do local onde estávamos, eu e a Alice quase a tocarmo-nos, o João, o Vasco, o Sérgio, a Mena e os miúdos ali perto.

Demasiado perto do rapaz, a Alice diz:

- Mãe, este menino é deficiente?

O miúdo ouviu, parou, um sorriso incrédulo, a olhar para mim:

- Deficiente?! Eu, deficiente?! Ela disse que eu era deficiente?!

Ele era miúdo, mas a mim só me apetecia um buraco para me enfiar. Explicar aos filhos as coisas que são esperadas que eles pensem e digam mais baixo ou quando estão sozinhos connosco em casa é uma tarefa difícil...


Convém dizer que este ano, na escola, há duas crianças com deficiência mental. A Alice está atenta e fala dos seus contactos com eles. Está sensível a essa realidade e, ao mesmo tempo, curiosa. Só não sei se o menino (e os pais, a quem ele foi logo a seguir contar o que se tinha passado) entendeu e aceitou muito bem a explicação...

Rita

sexta-feira, outubro 14, 2011

Para onde vai o nosso dinheiro...?!

Caneco... para não dizer pior...

Há quanto tempo andamos nisto... os governos sucedem-se, ora o de uma força política ora o de outra, mas as palavras são sempre as mesmas... derrapagens financeiras completamente inesperadas...! buracos nas despesas que eles nunca esperavam encontrar...!

É caso para dizer: c'um caneco (e só porque este blog se quer familiar, na verdade apetecia-me dizer muito mais... e pior...)!!!! Mas onde é que estes senhores doutores andaram antes de decidir que queriam fazer governo?! E o buraco, onde está o dito buraco onde os senhores que lá andaram anteriormente deixaram cair o nosso dinheiro... aliás, onde o deixam cair sempre...?! Ano após ano, mandato após mandato, governo após governo... o dinheiro, o nosso dinheiro, desaparece sempre, de forma sempre completamente inesperada para eles...?!

E eu estou com o Jorge... como é que uma economia recupera se as pessoas não tiverem poder de compra...?!!!

C'UM CANECO!!!!

Rita

Sinto-me roubada

Num curto post venho aqui dizer que me sinto roubada com as medidas impostas ontem à noite para os próximos anos. E não acredito que esta seja a forma de combater a crise. Parece-me que vão apenas diminuir a qualidade de vida e aumentar o sentimento de desespero social, aumentar o desemprego e diminuição extrema da rentabilidade.


Ana Cristina

quinta-feira, outubro 13, 2011

Cantorias

A caminho dos dois anos e sete meses, o Vasco começou agora a cantar.

Reparámos de repente. Eu nem sei bem como, acho que foi de manhã, quando nos arranjávamos e o ouvi trautear alguma coisa. O João disse que o tinha apanhado, dias antes, com a caixa dos livrinhos pequeninos de animais, a cantar canções, precisamente sobre animais.

Agora, se puxarmos por ele, canta quase todos os dias. O «Atirei o pau ao gato», o «Papagaio Louro», o «Parabéns» (hoje cantado ao telefone, finalmente pelos quatro, para a Vera, que completa o seu primeiro aniversário)... Hoje à noite, na altura em que os deitava, cantámos pela primeira vez a «Canção dos Abraços» - um hábito de todas as noites desde há uns anos, provavelmente a cantiga que o Vasco ouviu praticamente todos os dias desde que estava na barriga - a três... limitei-me a perguntar-lhe em voz alta se cantava comigo, para o distrair da birrita que estava a querer fazer por outra coisa qualquer... depois fiquei surpreendida com o que ele já sabia da canção... é muito fixe cantar com os filhos uma música "só" nossa...

Rita

segunda-feira, outubro 10, 2011

O Violino de Auschwitz

Continuando com o que gostaria que se tornasse um tópico regular deste blog hoje sugiro "O Violino de Auschwitz", um livro que escolhi, mais uma vez, por simples acaso numa das visitas que gosto de fazer às livrarias.


“É Dezembro de 1991 e, num concerto de homenagem a Mozart, em Cracóvia, a primeira violinista impressiona o seu colega de trio com o instrumento rústico e humilde.
No dia seguinte, quando ele lhe pergunta como é que o obteve, uma notável história se revela: a da vida de Daniel, um luthier, que sobreviveu a Auschwitz.
A inesperada relação com o comandante do campo e a posterior encomenda de um violino com as especificações de um Stradivadius tornam-se dois momentos decisivos na vida de Daniel no campo de concentração, sobretudo após descobrir o segredo por trás dessa tarefa.”


Este livro foi escolhido pelo resumo que se encontra na contra-capa e que acabaram de ler, mas é muito mais do que nos é descrito. Trata-se de uma história escrita de forma muito simples, num livro que se lê muito rapidamente mas repleto de sentimentos. Transpira fome, transpira medo, transpira impotência. Transpira o que imagino se transpirasse entre os prisioneiros de um campo de concentração.
Gostei e aconselho. E se tiverem pouco tempo para ler não faz mal, porque este livro é mesmo pequeno, mas do tamanho certo.


Ana Cristina

Eu também cá estou...

Pronta para retomar os posts, o blog e as criações Oficinas RANHA. E o Pilas colaborará nalguns posts, pois claro. Ou não fosse ele um gato muito curioso e dedicado.

Ana Cristina

quinta-feira, outubro 06, 2011

Manos

Nestas férias foi notoriamente perceptível que o Vasco descobriu... a Alice.

De repente, a miúda que andava por ali e fazia parte da família, mas como uma espécie de atriz de segundo plano, a miúda que queria sempre (mas sempre) os beijos dele e que o agarrava de vez em quando, tornou-se verdadeiramente importante. Importante enquanto entidade individual que faz parte do mesmo grupo em que nos inserimos, mas com mais capacidades do que as que temos e que por isso é alguém que se deve seguir, imitar e adorar...

Com esta "tomada de consciência inconsciente", o Vasco passou a olhar para a Alice, a querer fazer o que ela fazia, a repetir gestos, vontades, gostos, brincadeiras. É de tal forma que por vezes é preciso chamar-lhe a atenção para o facto dele ser uma pessoa diferente da que ela é e de gostar, por exemplo, de alimentos que ela pede para não comer.

A Alice sente-se feliz com a novidade. «Ele quer fazer tudo o que eu faço...» Vai aprendendo a requisitar-lhe serviços... «ralha com a mãe, ralha, ela foi má para a mana»... a provocar-lhe reacções e a gozar a sensação de se ser influente e adorado... ao mesmo tempo, aprende que por vezes também consegue irritá-lo...

Não sei quando esta relação passará a outra fase mas, neste momento, os dois são verdadeiros companheiros, compinchas de brincadeiras e risos e gritos e perseguições alucinantes e excitadas pela casa.

O que posso eu dizer... é maravilhoso.

Rita

quarta-feira, outubro 05, 2011

Um post sobre lavagem de roupa à mão... desaconselha-se, mas é resultado de umas horas debruçada sobre o bidé...

Nem acredito que hoje consegui esvaziar o cesto da roupa suja... quer dizer, ainda lá tenho uma toalha de mesa e uma mochila, mas a quantidade enormíssima de roupa para lavar à mão... foi-se... Saí vitoriosa!!!!! Depois de meses e meses a acumular roupa com indicação para não ser misturada com a restante trouxa... venci! Venci o cesto!!!

Convem acrescentar que foi bom ter esperado para ver se as peças valiam mesmo a pena ser lavadas à mão... gostaria de ter noção dos rios de tinta que escorreram da maioria delas... no fim, interroguei-me se não poderiam ter sido lavadas todas juntas...


Volto atrás e leio isto. Que treta de post... mas hoje não dá para mais... Amanhã será melhor...

Rita

segunda-feira, outubro 03, 2011

Dois meses completos de ausência...

Pois é, cá estamos. Aparentemente regressadas de dois meses de ausência cibernautica.

Eu não quero deixar este sítio. Tenho aqui tantas opiniões e memórias guardadas, de nós, dos miúdos, do tue circunda a nossa vida...

E então é assim, cá estamos de volta. Depois de irmos de férias, e de termos voltado ao trabalho com os miúdos de férias, e deles também voltarem de férias, e de termos festejado aniversários, e de termos feito pausas para cirurgias, e de nos termos iniciado em encontros para práticas desportivas, e de termos tomado decisões para o início do próximo ano lectivo, e de começarmos o ano lectivo, e de já termos iniciado festas e convívios e vida socio-cultural... cá estamos... depois do tanto que dois meses podem conter... e que nós agora iremos, aos poucos, desfiar...

Sei que agora vamos passar por aquele período um pouco desmotivador, porque ninguém sabe que voltámos e não vamos ter visitas, principalmente a deixar um ou outro comentário... mas ok, estamos por cá, quando quiserem, é só dizerem. Bem vindos.

Rita

terça-feira, agosto 02, 2011

Olá

Depois de uma imensa ausência volto ao blogue, e ao computador porque estive a fazer uma cura de desintoxicação de internet e computadores e sites e blogues e facebooks... Ao contrário da Rita, que esteve de férias (mas escreveu uns posts) eu não estive de férias apesar de ter estado uns dias fora de Lisboa. Visitei o ponto mais alto de Portugal continental e fui passar um belo fim-de-semana ao Alentejo do costume, esse com o pessoal que estava de férias. Mas quase todos estes dias foram dias de trabalho num serviço que continua dia e noite, faça Sol ou chuva, haja pessoal de férias ou de atestado. E não tem sido fácil, porque os ânimos esmorecem com tanto turno extraordinário e com o acumular de dívidas por parte da instituição, que passam pelo pagamento em dinheiro dos turnos extra com muitos meses de atraso e com o acumular do número de dias e de feriados que havemos de (um dia) gozar. Só para que percebam bem. A próxima vez que eu ficar em casa de “feriado”, esse dia refere-se a um dos feriados de Junho de 2007, porque todos os outros que eu estive a trabalhar de lá para cá estão por ser pagos em tempo.

Mas, mudando de assunto, agora que consegui ter o pc desligado durante uns 15 dias seguidos, não visitar blogues nem ir à net durante mais de duas semanas, volto ao meu ritmo de sempre e que inclui umas pesquisas, umas visitas e uns mails não deixando de parte os meus livrinhos que já se acumulavam à espera de belos dias cheios de leitura. E tenho muitos para vos mostrar....

Ana cristina

sexta-feira, julho 22, 2011

Novamente o Badoca



Este ano não eramos para ir ao Badoca. Tinhamos ido há dois anos pela primeira e única vez e se bem que houvesse o plano inicial de repetir a visita este ano, a Alice tinha feito lá a visita de final de ano lectivo há aproximadamente um mês. Ao deparar-me com um promoção da Odisseias de dois bilhetes pelo preço de um, decidimo-nos pela repetição.

O dia foi, como se pretende, muito bem passado. Aprendemos imenso e recordámos algumas aprendizagens anteriores. Para o Vasco foi como uma primeira vez, já que da outra era mesmo muito pequeno. Para a Alice foi a possibilidade de fazer o Rafting Africano enquanto não se paga por esta diversão - já que uma ou outra que eram gratuitas passaram a ser pagas (como a interacção com os lémures)...

O Safari Badoca Park é um divertido programa a considerar. Contudo, dados os elevados preços (16 euros os adultos, 14 as crianças entre os 3 e os 10!), aparentemente sem recurso a quaisquer protocolos, aconselham-se medidas de diminuição de gastos: podem sempre fazer como nós e levar as famosas sandochas e diminuir ao máximo os olhares (e a tentação) para as belas fotografias tiradas pelos elementos do parque.

Rita

quinta-feira, julho 21, 2011

Estas férias...

... decidi fazer umas viagens pelos anos 80 sob a forma de gelado... e acho que já cativei o Sr. Crepe e a D. Panqueca para me acompanharem...

Rita

sexta-feira, julho 15, 2011

Aventuras de férias

Desde que chegámos ao nosso Alentejo que fomos ficando sem esquentador, tanto que nos últimos dois dias tomámos os banhos praticamente gelados.

A coisa era estranha porque o dito esquentador ainda pode ser considerado novo; deve ter cerca de um ano e foi pouco usado até agora, comparativamente com os utilizados diariamente nas nossas casas. De qualquer forma, era certo. Regulássemo-lo nós para a maior ou menor quantidade de água, para mais ou menos quente, a chama mantinha-se acesa durante certa de dois minutos e apagava-se em seguida. Este era precisamente o tempo que demorava o frio da água a ficar cortado, situação que se mantinha por mais dois minutos. Depois, vinha o gelinho.

Pronto, nós somos adultos e tal, mesmo com as imprecações que soltássemos, aguentariamos. O pior era para os miúdos, os dois colocados por baixo do duche depois das devidas explicações do que iria acontecer e do facto de ser necessário que, mediante indicação, colocassem as cabeças para trás para se poder tirar o shampo das cabeças e demorar o menos tempo possível.

Foi uma aventura que durou três dias e que me trouxe à lembrança os meus tempos de parque de campismo, quando pequena, em que a maioria dos banhos eram de água gelada e nada de queixas, que outra solução não havia e aquela poderia até ser a melhor para restaurar energias e nos fazer sentir vivos.

Hoje veio um senhor da terra ajudar-nos. E eis que dois minutos também terá demorado, mas a descobrir que a questão era a botija estar mal colocada... Dez euritos pelo serviço e pela humilhação...

Rita

quinta-feira, julho 14, 2011

Pensamentos de viagem(ns)

Ao longo do caminho que fizemos de Lisboa para o nosso Alentejo, veio-me à memória o passeio do ano passado pela Irlanda.

É estranho ter saudades de um local que só se conheceu nas férias e em férias. Não senti o mesmo em relação à Polónia, apesar de ter gostado muito dessa viagem. Quanto a outras, mais antigas, não posso dizê-lo, foi há algum tempo, eu era diferente e a forma como viajava também.

Acho que pode ser pelo facto de, na Irlanda, termos andado de um ponto para outro, a conduzir. Ou então porque a paisagem parece preencher melhor todo um imaginário relacionado com filmes e histórias que recordo e que no fundo nunca pensei que se enquadrassem tanto ali. Melhor dizendo, nunca pensei que tinha esse imaginário, ou que tinha a necessidade de o realizar diante dos meus olhos.

É estranho, mas em momentos em que preciso de descansar, vem-me a Irlanda à cabeça e tenho a ideia bizarra que ali a vida parece melhor e mais simples e que deve ser mais fácil viver num local verde e com pouca gente. Parece-me não ser fácil de perceber e até consistir numa ideia um tanto ou quanto imbecil, mas talvez seja esse o papel dos nossos imaginários, até daqueles que conseguimos um dia concretizar não só dentro de nós mesmos...

Rita

quarta-feira, julho 13, 2011

Por aqui muito trabalho

...

Se uns estão de férias, os outros andam a fazer turnos duplos e complicados. Espero amanhã poder vir aqui fazer um post.

Ana Cristina

segunda-feira, julho 11, 2011

Custou...

... foi à volta de um mês e meio muito chato, de um stress e desstress constante, de andar sempre na perspectiva desta etapa chegar... Ufa...!!!! Estamos de férias!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Rita

segunda-feira, julho 04, 2011

Mentirinhas




Ando a tentar colocar aqui este vídeo há uma série de tempo, devido a algumas mudanças nas definições do You Tube... em todo o caso, se conseguir que isto se visualize, chego à conclusão que o procedimento se simplificou e que eu é que não quis acreditar que tal seria possível... Adiante...


Imagens sobre como o nosso actual Primeiro, quando ainda era só candidato a Primeiro, achava que nos tirar algo do 13º mês era um total disparate... como as coisas mudam... Mas pronto, foi há muito tempo atrás... ah não?! Pois, foi só em Abril, né... Ah, mas foi no dia 1... o das mentiras... Ok, está explicado...

Rita

quarta-feira, junho 29, 2011

História triste mas que se quer com final feliz

O J. e a B., que é irmã da minha grande amiga V., queriam um filhote. Tentaram, não conseguiram e foram ao médico. Descobriram que a B. tinha endometriose e, coincidentemente, problemas renais para os quais teve de ser operada.

Com essa primeira parte controlada, passaram à planificação do filhote e ingressaram as fileiras dos tantos casais que não conseguem ter bebés e se inscrevem nos processos de fertilização no serviço de saúde.

Ao terceiro programa, conseguiram. Dois gémeozinhos rapazes num útero muito desejoso de os receber, o A. e o A..

Com a gravidez, continuaram os problemas. Síndroma de hiperestimulação ovária, óvulos inflamados de tanta medicação, uma grávida sempre sorridente mas cheia de dores, somente capaz de dormir sentada.

Depois, os problemas de uma bexiga contraída, incapaz de urinar. Um colo de útero curto curto, o A. e o A. prontinhos para nos fazer companhia neste mundo antes do tempo necessário.

A B. teve de ficar internada em repouso uma temporada, as pernas ligeiramente para cima para que os bebés não decidissem surpreendê-la. E, prestes a fazerem 29 semanas de gestação (sete meses, mais coisa menos coisa), eis que se cansam de lá ficar.

O A. e o A. nasceram, mínimos, mas, dentro das dificuldades inerentes à sua prematuridade, bem. E por lá foram andando, enchendo os seus pais de expectativas. Quase uma semana depois de nascer, o A. não resistiu a uma infecção e foi-se.

O J. e a B. continuam a ir logo de manhã para o hospital. O J. senta-se cá fora, no exterior do serviço, porque ainda não consegue entrar lá dentro. A B. vai sentar-se ao lado da incubadora do seu único A., de costas para a que albergava aquele que era o seu outro. E lá fica, com uma mão a acarinhar o seu menino e a outra a enviar, por telemóvel, mensagens escritas de telemóvel ao seu homem. No fim do dia, os dois voltam a casa.

Não há palavras para descrever o tanto que gostaria de lhes fazer chegar e que eles, com toda a certeza, já sabem. Não há dia em que não lhes envie toda a minha solidariedade e carinho, à família de três que vai despontando.

Rita

sexta-feira, junho 24, 2011

Afinal fui!

Não fui ao jantar mas depois de fazer o post mandei umas mensagens a umas colegas de curso. Passado algum tempo recebi um telefonema a desafiar-me a aparecer e a beber um copo com o pessoal. Esqueci naquele momento o motivo porque tinha decidido não ir e o trabalho para entregar com atraso foi adiado por mais umas horas. Rumei para o restaurante e encontrei um grupo barulhento de umas 16 mulheres e um homem (coitado). Nada que se compare a enorme grupo que terminou o curso no dia 21 de Junho de 1991, mas ainda assim um belo grupo.

Fizemos uns brindes, trocamos umas novidades, moemos o rapazinho do restaurante pra nos tirar umas fotos com todas as máquinas disponíveis (nem eram assim tantas). No fim marchamos para casa, no meu caso, depois de ainda ter ficado mais um bom tempo dentro do carro a trocar novidades com uma amiga de longa data daquelas que quando nos encontramos sentimos o mesmo carinho que sentiamos antes. O tempo afastou-nos mas algumas daquelas pessoas que revi há dois dias estão no meu coração com a mesma intensidade que estavam nos anos de curso...
Deixo a foto actualizada e só digo que eu estou nas duas, agora que quiser que adivinhe quem sou eu.

Ana Cristina

quarta-feira, junho 22, 2011

Ganda cota!

Ontem fez anos que o curso acabou. Na altura ainda se fazia nas escolas uma cerimónia de entrega de diplomas com farda, e nalgumas colocava-se um quepe (aquele chapeuzinho que aparentemente serve só para enfeitar e que não faço ideia como se escreve o nome) a completar a farda da escola. Ainda não se admitia sequer a ideia das escolas assumirem calças como fardamento de mulheres e havia mesmo cenas tristes como nalgumas instituições obrigarem a usar saiote. Não se sabia também que agora os estudantes de enfermagem chamam Faculdade à escola e que libertaram-se de cerimónias tacanhas e antiguadas mas vão todos contentes comprar traje académico e benzer as fitas como sendo cerimónias tradicionais. Diga-se que não tenho nada contra o pessoal se divertir e fazer as festas que quiser. Só me parece trocar uma tacanhisse por outra,mais nada.Se estivessemos nos States estava na altura de fazer uma daquelas festas que se vê nos filmes, com baile, vestidos de gala e confetis. Por estas bandas parece que alguém organizou um jantar para hoje, mas como eu só soube ontem não vou. Tenho pena. Gostava de ver alguns daqueles colegas e tentar perceber se tiveram o percurso que eu pensei que teriam. Pode ser que daqui a uns cinco anos possamos fazer o baile das bodas de prata (vá de reto que eu não casei com a profissão) de preferência marcado com um bocadinho de tempo de antecedância.

Deixo a fotografia da época e lanço o desafio de tentarem adivinhar qual das "enfermeirinhas" é a minha pessoa. (eheheh)

Ana Cristina

quinta-feira, junho 16, 2011

Já vos aconteceu?

Sentar-me com o computador junto a mim, preparadíssima para um post, decidir-me a viajar um pouco pela net nos momentos prévios e...

... dar por mim, de repente, de olhos fechados, a dormir...

Rita

quarta-feira, junho 15, 2011

E dela

Ontem à noite, quando a fui deitar, as duas ainda na cama, a trocar umas palavras sobre o dia, primeiro de praia-campo da escola. Ela havia-se queixado de cansaço e dores nas pernas e eu indaguei:

- Quando é que te começaram a doer as pernas hoje?

- Foi quando a Dina me foi buscar.

- Não pediste colo à Dina, pois não?

- ... Pedi... Mas ela não deu.

- Oh filha... que vergonha... tu já és crescida, andas a pedir colo...?

- Mas eu depois pedi-lhe desculpa.

- Ah sim?! Está bem, menos mal. E ela?

- ... Quer dizer... eu ia pedir... mas depois não pedi.

- ... então...

- Oh mãe, eu ia pedir desculpa, eu queria pedir. Mas não pedi. Esqueci-me.

Rita

sábado, junho 11, 2011

Dele

O pai e a mana iam à frente, já a subir pelas escadas da encosta. Eu e o Vasco atrás deles, ainda no areal. Ele, de repente, por incompreensão de algo que eu fiz, a querer calçar as sandálias. E eu:

- Não, Vasco, não nos devemos calçar enquanto estamos na areia porque custa mais a andar, percebes...?

E ele, do alto dos seus dois anos:

- O Vaco anino...

- O Vasco é pequenino?

- Xim. Não xabe.

Rita


*umas quantas risadas e horas depois, surgiu-me a questão sobre se ele queria dizer antes que «não subia» e não que «não sabia»... em todo o caso, eu é que lá estava, ele também nunca me irá conseguir explicar, portanto, sou livre de interpretar como quero... o meu filho fez alarde da sua ignorância e pronto.

quinta-feira, junho 09, 2011

Já não posso ouvir a palavra "resíduos"!

Por favor...

... há por aí alguém que saiba se existe algum abaixo-assinado ou petição pública para conseguir que saiam do ar os estúpidos anúncios radiofónicos dos resíduos-que-não-deixamos-na-nossa-casa-e-por-isso-também-não-deveriamos-deixar-acumular-no-nosso-corpo?!!!!! É que não suporto aquilo, deveriam receber um prémio pelo pior anúncio de todos os tempos... E já agora, acabei de ver o da televisão, podem acabar também com ele... detesto anúncios de produtos de emagrecimento com mulheres magérrimas que nunca tiveram uma preguinha de pele a mais que desse para agarrar, em toda a sua vida... É ridículo, mas pior... é ultrajante pensarem que aquilo engana alguém e que existirá porventura um possível cliente tão palerma que pense que aquelas pessoas tomaram aqueles produtos para ficar assim...


Rita

quinta-feira, junho 02, 2011

Um ano depois

E, numa cena que lembrava a de exactamente há um ano (que, não me perguntem porquê, não consigo linkar), desta vez só com ele, o tio fez de conta que a água estava maravilhosa e cumpriu o seu papel de adulto. E o pequeno? Esse, pode até admitir que a água está fria mas uma hipótese de ir a banhos não se pode desperdiçar.

A tia adorou os belos mergulhos, com pirolito acompanhado, do pequeno príncipe. Vibrou com os gestos dele "a nadar à cão" como se fosse o seu meio natural. E achou maravilhosa a forma como ele, de forma cautelosa e segura correu dentro de água e caiu, se levantou e adorou...

E no resto da praia todos se regalaram a ver o Vasco a fazer uma festa dentro de água.

Ana Cristina

quarta-feira, junho 01, 2011

As férias...

Foram uns dias bem passados em terras bem conhecidas do Alentejo. Tivemos direito a uns bons dias de Sol, a praia com pouca gente como é costume na época e muita brincadeira. O Vasco foi connosco e parece que também adorou.
Três gerações em férias, com momentos bem maravilhosos.


Ana Cristina

Conversa rápida comigo própria

Bem, isto de vir de férias e ter um trabalho para entregar dois dias depois não tá certo. Foi entregue com uma hora de atraso mas agora já está.

"Amanhã" faço um post sério. Agora vou dormir.


Ana Cristina

sexta-feira, maio 27, 2011

Passeios de fim de ano e comoção

Foi há umas horas, apenas esta manhã, que a Alice foi no seu passeio grande de final de ano lectivo. Agora dorme, de perninhas ligeiramente escaldadas do Sol. Estava cansadíssima, mas a caminho da lavagem dos dentes ainda dançava pela sala e falava nas pegadas que ela e os colegas tinham visto. De urso, dizia. E garras, também tinham encontrado garras.

Nos dias de passeio grande, eu acordo igualmente contente e expectante. É um tipo de excitação indirecta de mãe, em que se fica feliz porque o filho vai ver coisas e conhecer coisas novas... em que se revive todos os passeios que se fez, a excitação com que se partia para eles e o dia maravilhoso que se vivia.

Fico sempre comovida quando os vejo a sair da escola e a encaminhar-se para a carrinha. Não consigo explicar, mas vêm-me as lágrimas de contentamente e emoção aos olhos, é todo um ciclo que se completa no final de um ano lectivo, eles um ano mais velhos, uma aparência mais crescida, nós ali, para acompanhar e assistir, privilegiados. É maravilhoso, enternecedor, comovente.

Rita

terça-feira, maio 24, 2011

Mudanças

Nos últimos dias tive de escrever algumas vezes a correspondência, por extenso, às siglas IMTT. Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres. Haverá alguém que se tenha esquecido da famosa DGV?! Haverá ainda quem pense em DGV em vez de IMTT?! Confesso que a maioria das vezes, neste caso, acho que sim. Comigo acontece, confesso, e tenho a ideia que à minha volta isso se dá com quase toda a gente...

Pergunto-me quantas siglas o novo Governo... o que se formar depois das eleições de 05 de Junho... irá mudar... quantos nomes de institutos, departamentos, ministérios... quantos timbres, placas, carimbos, objectos, materiais... e ainda quanto dinheiro se gastará em tudo isso, nessas "pequenas" mudanças... e ainda nas decorações de gabinetes, alterações de carros (os senhores directores às vezes até gostam mais de outros modelos de carros que não os que já existiam para os senhores directores anteriores)... e em quantos a mudança será tão mal conseguida como no caso da ex-DGV-actual-IMTT...

Rita

domingo, maio 22, 2011

Dia especial de festa e passeio

À semelhança do ano passado, o aniversário da Sofia, este ano, também deu comemoração com direito ao convívio com bons amigos e a um belo passeio no campo. De muito diferente teve a Quinta Derrainhas, onde uma carroça puxada pelo Zeca nos levou (aos de palmo e meio, os outros tiveram de caminhar a bom passo). Foi aí que conhecemos e fizemos festas à Maria, à Joana, à Alzira, à Bela, e a mais umas quantas burrinhas que ali moram. Ainda pudemos contactar uma égua meiguinha (cujo nome não recordo), três cabrinhas simpáticas (sem nome), um par de gansos com um filhote e um conjunto de galinhas caçadoras (de toupeiras, para mim era uma toupeira que ali estava no bico)... Para além de passeios, a Quinta tem muitas outras actividades planeadas, para miúdos e graúdos... fica a ideia para um dia divertido...

Rita

sexta-feira, maio 20, 2011

Um grande susto

Ontem por esta altura estava eu incrédula, quase em pânico e a pensar que as Oficinas RANHA tinham desaparecido da blogosfera.

Mesmo no final do dia, altura em que pensei vir aqui fazer um post sobre um outro susto que passei, deparei-me com uma mensagem que dizia que o blog tinha sido apagado. Tentei entrar no mail das oficinas e aparecia alguma coisa do tipo "foi detectada uma actividade suspeita". Ainda usei a técnica de esperar um bocado e voltar a tentar, a de ir ver se os outros blogs do Blogger também tinham o mesmo problema, mas nada, estava tudo bem menos o que nos dizia respeito.

Fui-me deitar a pensar que se calhar tinhamos perdido este espaço, que a nós nos dá muito prazer.

Esta manhã a coisa estava tal e qual como no dia anterior. Aí resolvi seguir o conselho do gmail e pedir um código de resolução de problemas que se recebe por telefone. E assim foi. Afinal era um problema de fácil resolução. Foi só mudar a password do mail e tudo voltou ao normal.

Se vos acontecer o mesmo não empaniquem, sigam as instruções e escusam ter ter uma noite mal dormida.

Ana Cristina

segunda-feira, maio 16, 2011

No nosso parque



No nosso parque encontramos caras conhecidas e fazemos amigos. Partilhamos confissões, gelados, brinquedos, novidades, batatas fritas, jogos, correrias, risadas e gargalhadas. De vez em quando há música e ensaiamos movimentos de dança. Ensinamos e aprendemos a dar cambalhotas nas cordas do baloiço. Zangamo-nos com quem possa dizer mal de nós. Tentamos ler jornais ou livros mas nunca conseguimos porque há demasiado para ver, inclusivamente filhos. Corremos atrás de pombos e nunca, nunca, nunca nos cansamos. No nosso parque passamos dos fins de tarde mais espectaculares do mundo, temos a certeza absoluta.

Rita

sexta-feira, maio 13, 2011

Cantos da nova casa 2

Daqui, posto de controlo do Pilas. Numa rua com muito movimento. Tanto automóvel, como de passarinhos e pombos. E como ele gosta de passarinhos...

Ana Cristina

terça-feira, maio 10, 2011

Evolução dos tempos e/ou das idades... medo...

Alice e R., 05 e 06 anos, a brincar cá por casa, cada uma a segurar no seu telemóvel de plástico, eu a ouvir:

A - Amiga, estou cá em casa, estou tão contente, está cá o meu namorado e ele dá-me tantos beijos... na cama...!

R - Que bom amiga, venham cá a casa, tenho camas para todos, para toda a nossa família...!


Rita

segunda-feira, maio 09, 2011

A Seco

Num livro de leitura fácil o seu autor conta-nos uma época da sua história de vida. Em Nova Iorque Augusten Burroughs é, na altura, um jovem adulto já com sucesso como publicitário. Vive numa boa zona da cidade, tem um bom salário e uma vida social activa. Detentor de uma personalidade instável e insegura, refugia-se diariamente no álcool e nas relações ocasionais, sofre de crises de amnésia e começa a ter comportamentos profissionais embaraçosos. Um dia, no trabalho, é pressionado a admitir o seu alcoolismo e a aceitar fazer um tratamento de desintoxicação. Esse é apenas o primeiro passo para o crescimento interior, onde se reformulam sobretudo as suas necessidades emocionais. Mas este, como qualquer percurso de desenvolvimento pessoal, não é isento de sofrimentos …


Gostei sobretudo da forma simples como o autor escreve os seus sentimentos mais profundos e nos mostra as suas fragilidades. Gostei muito deste livro e vou à procura do primeiro do autor onde, ao que parece, podemos ler sobre a sua invulgar infância e adolescência. Quando encontrar “Correr com Tesouras” eu venho aqui contar.


Ana Cristina

domingo, maio 08, 2011

Hoje fomos ao cinema...

... e depois, contámos o filme ao pai:

- Era sobre dois papagaios azuis. Estavam quase sempre juntos porque estavam presos um ao outro. Porque um senhor tinha prendido os papagaios.

- O quê, tinha-os roubado?

- Sim, para ganhar mais dinheiro. Mas esse senhor já tinha roubado muita coisa! Papagaios, papagaios, papagaios... e um morcego...! E pintainhos. Um pintainho azul que estava sempre assim: «Socorro, socorro, socorro!»

- E os papagaios gostavam um do outro?

- O papagaio é que gostava da menina [papagaia, entenda-se... ou melhor, arara, mas isso não vem ao caso]. A menina estava sempre contra a gaiola. Depois... estava quase a ser Carnaval...

- Então e conta lá, os papagaios, o que é que queriam?

- Queriam soltar-se para viverem livres.

- E eles conseguiam fazer as mesmas coisas?

- Não. Porque ele não voava. Porque na primeira parte do filme era ele muito pequenininho a dormir... e os papagaios todos a voar... Ele não conseguia porque ele não tinha mãe...

- E depois, ele conseguiu voar?

- Sim. Eram todos a voar... E depois ele teve um voto de confiança e voou.


Rita (e Alice)

Ideia introduzida recentemente cá em casa: voto de confiança.

sexta-feira, maio 06, 2011

quinta-feira, maio 05, 2011

Eu,,,

... defensora dos pobres e oprimidos, dos que lutam nas suas guerras com armas menores me confesso:

- Não acredito que o aperto do cinto que as medidas hoje aprovadas nos vão obrigar a fazer sejam justam e absolutamente necessárias. Estou mesmo convicta que, à custa de uma pretensa política de controlo da dívida do País vamos quase todos perder muito, mas que o País não vai ganhar nada.

- Amanhã só não estarei de greve porque estou de folga.

- Hoje torço pelo Braga, apesar da minha simpatia ir muitas vezes para o Benfica

Ana Cristina

terça-feira, maio 03, 2011

Dela

Há duas noites atrás, já na cama e enquanto eu me afastava para sair do quarto:
- Mãe, como é que o coração bate?
-Muito depressa, pum-pum, pum-pum, pum-pum...
- Mas não bate contra as paredes do nosso corpo, pois não?!

Rita

domingo, maio 01, 2011

Momento lamechas

Lamechice 1:


Há uns tempos, o U. dizia que o dia do nascimento do filho tinha o mais feliz da sua vida. Fiquei a olhar para ele, sem concordar por inteiro. A partir do momento que se tem filhos, parece irrisório limitar a felicidade ao dia em que apareceram objectivamente nas nossas vidas. Não obstante, algo é certo: quando fui mãe, senti-me como se voasse... tudo parecia mais leve e iluminado e belo... e as lágrimas vinham-me aos olhos de cada vez que me ocorria o pensamento que não pensava poder ser tão feliz...

Talvez o U. tenha de facto razão. O dia é por si só um marco. O marco.

É difícil explicar a máxima que se costuma dizer a propósito. Apesar de não apreciar lugares-comuns, sou obrigada a concordar que nada a partir desse dia é igual.

O Dia da Mãe é aquele em que se festeja isso. Aquele em que, quando miúdos, fazíamos um trabalho para a nossa e em que, ansiosos e contentes, esperávamos a sua expressão de orgulho. Mas mais do que isso, o Dia da Mãe, quando se é mãe, é aquele em que esperamos os trabalhos que fizeram para nós, rebentamos de orgulho com o orgulho deles e de felicidade por sermos tão, tão sortudos.

Lamechice 2

Os trabalhos que a minha irmã fez no mestrado sobre parentalidade têm razão. Quando somos mães, pensamos mais nas nossas.

Madrezita, estavas tão longe hoje na mesa do almoço... por isso, daqui deste canto virtual, fica dito: todos os dias, em todos os meus momentos de mãe, o que mais desejo é, quando crescer, ser como tu.

Rita


Desculpem a lamechice, hoje deu-me para isto.