terça-feira, agosto 28, 2007

A Mané

Há uns tempos pensei que me iria parecer ao Penicheiro (esta tu entendes, Miguel), descaradamente sem dar nenhum tipo de informações da minha vida aos que estão ao meu redor e com quem não tenho grande proximidade...
Enganei-me. Os filhos dão-nos a volta aos planos e nos últimos tempos dei pela Alice a enfiar-se pela casa dos vizinhos adentro, a curtir grandes finais de tarde de brincadeira. Por momentos chega a passar-me pela cabeça o receio de que não goste de estar connosco, mas logo em seguida fico orgulhosa da sua sociabilidade e do prazer que retira do convívio. Rio-me quando a ouço a perguntar pelos outros meninos do prédio enquanto começa a subir as escadas na direcção das suas casas e tento consolá-la com mimos quando chora amargamente ao meu colo de cada vez que a vou buscar. Basicamente, tenho um dejá vu por cada visão destas, comigo na primeira pessoa a dizer à minha mãe que poderia não estar a dar desenhos animados na nossa televisão, mas na da Mané estava de certeza.
Hoje tive pela primeira vez a D. e o J. cá em casa, a brincar com a Alice e a conversar comigo. Espero em breve receber a R. com a mãe, a mais recente e "cósmica" amizade que desenvolvi.
Não consigo deixar de sorrir a pensar no facto de poder tornar-me na Mané da vida deles, talvez tão importante um dia como a primeira Mané sempre foi e ainda hoje é na minha vida. Fico igualmente tranquila com a possibilidade da Alice vir a ter várias Manés na sua, será com certeza uma sortuda...
Rita

3 comentários:

rutinha disse...

Rita, não pude deixar de me rir com este post! é que ontem à noite acho que fui uma "Mané" de um piolho de 4 anos lá do prédio. Queria ir brincar com os vizinhos da frente, mas acabou por ficar no nosso sofá a ver a "pequena sereia" (para delicia do Calita). E nem reclamou quando o fomos "devolver", levou consigo as 2 versões, em k7 e dvd, para acabar de ver em casa...

Anónimo disse...

Que giro!!! A Alice já dá largos passos na conquista da sua independência. O problema mesmo é quando as birras nos fazem ficar com os cabelos em pé. O T. e a L. também pedem constantemente para ficarem em casa dos vizinhos... E então quando temos necessidade de os deixar lá a dormir eles ficam radiantes e nem sequer sentem a nossa falta (fico sp tão triste). Por sorte os vizinhos são os primos, tios tias padrinhos e madrinhas!!!!!
Beijos
D

Anónimo disse...

Não pude deixar de ficar com as lágrimas nos olhos e percebes muito bem porquê...
Ainda bem que a Alice tem também a Mané tal como tu também tiveste na idade dela. :)
Tina