Dia 2 [como não poderia deixar de ser] - Dia de fazer a Árvore de Natal e enfeitar a casa
Ainda não está tudo. O pinheirinho está preparado para a festa e na sala há uns salpicos de enfeites. Na caixa de cartão das coisas de Natal, um conjunto de enfeites feitos ao longo dos anos de vida deles para a escola encontra-se à espera de engalanar o resto da casa, mas a parte principal da tarefa está pronta e isso é que é preciso.
Dia 3 - Vamos escrever a carta ao Pai Natal com o que gostaríamos de receber. Só depois abrimos esta janela... [o papel estava dobrado em dois e colado com fita cola, para só ser possível ver depois da primeira parte da tarefa estar feita] Agora, escrevemos uma carta aos pais, sobre o que queríamos receber deles neste Natal...
A ideia tinha sido retirada de algo que tinha visto no facebook: uma espécie de experiência do Ikea, onde se pedia isto aos miúdos. O resultado é que, após as escolhas dos brinquedos preferidos, os filhos concentravam-se essencialmente em pedir aos pais mais tempo e disponibilidade para eles. O vídeo era lindo e tive curiosidade de saber o que diriam os meus filhos...
Carta da Alice ao Pai Natal:
«Querido Pai Natal!
Enfim, já é dezembro, eu acho que os meus pais estão orgulhosos de mim, portei-me bem eu queria: uma Nicoleta [outra?! deve pensar que cá em casa se faz coleção...], vária roupa (Zara, Bertca e H&M), várias coisas da ale-hop [eu acho piada à indefinição, "várias coisas"], um quarto só para mim [eheheheh, só se for acompanhado de uma máquina que estique a casa, isso é que era fixe, poderíamos acrescentar-lhe também uma arrecadação de todas as coisas que estão desarrumadas e que há anos não nos apetece arrumar e ainda um quarto para fazer de atelier, que dava jeito e é mais fino do que ter um escritório], uma nintendo, uma FAMÍLIA FELIZ [e não está a falar do prato chinês], um escondidinhos (peluche), boneca da disney (big-hero six ou outras).
Feliz Natal Ho Ho Ho Chau»
Carta do Vasco ao Pai Natal:
«Uma playstation portatil, uma televisão só para mim, uma nintendo, um peluche urso»
Se não fosse sabê-los sem grandes desejos (não são daqueles miúdos que falam imenso em coisas desejadas, ficam até um pouco desnorteados quando se lhes pede uma carta), diria que a frustração iria ser o sentimento da noite de Natal...
Carta da Alice aos pais:
«Eu queria: várias bonecas, um estojo de pinturas [perguntei-lhe, é mesmo material de papelaria, não de maquilhagem], um computador, bonecas da disney, um diário [deve ser para juntar à meia dúzia que já tem], coisas da Clares, um telemóvel, experimentar aulas de zumba para crianças [ * ] , um piano, peluches.
Fim»
[a notar: para nós, nada de desejos de bom Natal, o velhote das barbas ficou com todos...]
Carta do Vasco aos pais:
«Um campo de futebol pequeno [ * ], ir à kidzania, ir ao cinema, ter uma piscina de bolas cá em casa, ter um cão eletrónico [já tem, um cheio de flatulência, adorado por todos cá em casa e pelas visitas], ter o golfinho Blu Blu [segredado pela irmã], Arlo telecomandado [segredado pela irmã]»
[A quem ofereça prendas aos meus filhos: não se preocupem com estes desejos. Poucos serão realizados e eles sabem-no. Não se importam. Todos os anos temos esta conversa e têm perfeito conhecimento que receberão muitas coisas em que nunca tinham pensado e que essa surpresa traduz a maior magia de todas.]
De qualquer forma, conclusão da experiência: materialismo 1, idealismo 0. Os miúdos do Ikea são o máximo... ou então os meus filhos são uns sortudos e têm pais que lhes dão o tempo todo que eles precisam... é isso, de certeza ;-) Vê-se logo, pelo pedido das nintendos, playstations e televisões, que precisam é de tempo sem nós, para ficarem isolados do mundo...
Dia 4 - Escolher uma música de Natal e construir uma coreografia... quem sabe, pode ser apresentada na noite de Natal...
Esta não foi feita comigo, mas já pedi para me mostrarem. Estava bem, era basicamente cada um a dançar da sua forma, para o seu lado, sem qualquer tipo de gestos preparados com antecedência... presumo que serão igualmente um grande sucesso na noite...
Rita
[ * - YUPIIII!!! É bom quando acertamos nas prendas que não sabemos que os filhos querem, antes de lermos qualquer carta que tenham escrito... Fixe, fixe, fixe... devemos ser, de facto, uma família feliz, mesmo sem as letras garrafais...]
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