quarta-feira, dezembro 02, 2015

O Calendário do nosso Advento - Dia 1

Com Dezembro chega a época natalícia cá a casa, o que é o mesmo que dizer que se pendura o maravilhoso Calendário do Advento com um segredo por cada dia encerrado nas suas pequenas algibeiras... 

O Calendário é uma tradição da nossa família há cinco anos. Envolve muito planeamento meu, muitas pesquisas na net para atividades e trabalhos a propor, muitos olhares para o calendário do mês. Há escolhas indicadas para cada dia, consoante a vida extracurricular dos filhos: às segundas há um tempo livre com a Alice, depois do piano, mas o Vasco chega mais tarde, do futebol; às terças e quintas os minutos são poucos depois das ginásticas de cada um; às quartas ela está livre mas ele tem terapia da fala, da qual, apesar de tudo, não chega tarde; às sextas ele volta mais tarde do futebol mas a noite é mais comprida devido ao fim-de-semana que se avizinha. Os sábados e domingos são maior garantia de tempo para atividades mais compridas, mas há que ter em conta o restante planeamento do Natal e das prendas. Também é preciso nunca esquecer dias de trabalho suplementar, em que as atividades poderão ter que ficar a cargo do pai, menos dado a trabalhos manuais. O objetivo é chegar ao dia 25 com a realização completa das propostas para cada dia, mas isso não depende só de mim e nunca conseguimos um ano que tudo tivesse corrido da forma pretendida. Não faz mal, a vida precisa sempre de ajustes e a verdade é que se vai melhorando com o tempo e a prática.
Eu sou fã do Calendário, que promove tanto do meu stress natalício, mas tanto prazer nos momentos de convívio com os filhos. Começo a pensar nele com muita antecedência e tenho no computador documentos criados que me permitem colocar ideias ao longo do ano. E, claro, felizmente tenho amigas como a V, que me acompanha nestas paixões e nos planeamentos diários, partilhando sugestões, compras, conversas...

Este ano, o Calendário reservava-nos a leitura para o Dia 1: «Olá novamente! Vamos começar a época natalícia com a leitura de uma história de Natal emprestada...»


Na ideia de não ceder ao eterno consumismo, a colega E emprestou "A história de Natal de Auggie Wren", de Paul Auster. Lemo-la a seguir ao jantar, ainda à mesa. É magnífica e, nesta edição, da ASA, as ilustrações são um belíssimo acompanhamento. 
Imaginemos que alguém utiliza uma mentira para fazer algo de bom e inesquecível a alguém. Pode algo de incorreto tornar-se correto? Pode uma mentira sê-lo, se partilhada por opção por duas pessoas que conhecem a verdade? A extraordinária escrita e o suspense da história deste livro tornaram-no muito agradável e suscitaram conversas interessantes em torno destas perguntas... Foi assim um grande início do nosso Advento deste ano, obrigada E!!!
Rita

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