domingo, novembro 08, 2015

Crítica literária: As Noivas do Sultão

Na semana que foi lançado ouvi no rádio uma entrevista com a sua autora, Raquel Ochoa, que, confesso, não conhecia. 
Fiquei curiosa. Por se tratar de um romance histórico, pelo qual tenho recentemente algum interesse. Por ser escrito por uma autora portuguesa. Porque partia de um facto real, o de em 1793, depois de Portugal ter perdido a última cidade de Marrocos, numa Lisboa em rescaldo de um dos maiores terramotos seguidos de tsunami da história mundial, ter atracado uma comitiva real marroquina. Fruto de uma tempestade no Atlântico, e de quase naufragarem, as embarcações chegaram primeiro à ilha da Madeira, depois aos Açores onde, com a ajuda de marinheiros experientes foram guiadas para Lisboa. Acontece que a comitiva real marroquina era composta por mulheres! Princesas, concubinas, criadas... E essas mulheres, com hábitos culturais tão diferentes dos da época, vieram alterar as rotinas diplomáticas e até as relações interpessoais.


Li-o durante as férias e confesso que esta opinião devia ter sido escrita logo depois de lido até porque seria, com certeza, muito mais interessante de ler. Mas posso dizer que, como imaginam, gostei até porque nunca aqui escrevi sobre o que não gostei de ler. A sinopse é apenas para tentar incutir alguma curiosidade (e tenho alguma esperança que surta efeito) até porque este livro tem de tudo um pouco; factos reais, mistério, uma pitada de intriga, e até de amor. A sua autora foi uma agradável surpresa e espero em breve ler outras obras dela.
Gostei muito e aconselho.
Ana Cristina

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