Vir nesta altura do ano a Viana é o mesmo que dizer que viemos à Romaria da Senhora da Agonia... Não é fácil a opção de revisitar as festas das férias da minha infância e juventude, uma vez que apanha sempre o aniversário da Alice e gostamos de o festejar essencialmente com os tios e avós. A última vez tinha sido há seis anos, era o Vasco um bebé muito pequeno e estávamos de licença.
Este ano, talvez porque a sugestão da licença do ano passado trazia essa recordação mas sem que tivesse havido hipótese de realização do projeto, as saudades apertaram. Da cidade, do convívio familiar, das festas, das memórias. Em mim havia o desejo intenso de partilhar as festas e tudo o que as envolve com os miúdos.
Por essa razão, em noite de aniversário da mais velha, partimos (eu e os mais velhos) na caminhada para a cidade, para ver os tapetes das ruas dos pescadores a serem feitos. Pelo caminho, avizinhava-se o início da Romaria, pequenos grupos de cantares e o som de um ou outro bombo.
No dia seguinte, o primeiro dia formal das festas, foi altura de visitar as ruas já feitas. Descobri que a serradura deu lugar ao sal e que na rua principal, que antes era projetada pelo tio-avô, já não existe a limitação das cores vermelho, verde e amarelo. Em todo o caso, toda a decoração era bela e foi engraçado ver, mais uma vez, as soluções arranjadas (como o desenho da Sra. da Agonia todo feito em seixos pintados, com exceção de cara e mãos).
Da parte da tarde, depois da tentativa falhada de ver a procissão vinda do mar (a que vai pisar os tapetes) foi tempo de dar a conhecer o Campo. Fiquei surpreendida de, à chegada a Viana, não me recordar dessa parte das festas que tanto gozo me dava, e de só me lembrar já depois de andar por lá . Houve divertimentos para todos: trampolim para D. Panqueca, carrinhos de choque para o Sr. Crepe e até carrocel para Miss Goffre!
Rita
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