sábado, agosto 01, 2015

Sete dias de... "Lá fora"

Este ano levámos o "Lá fora" de férias connosco. Já o tínhamos feito em outras ocasiões, mas desta vez quisemos mesmo aproveitá-lo.
O "Lá fora" é um livro magnífico do Planeta Tangerina, um "Guia para descobrir a natureza", cheio de úteis informações e belas ilustrações. Com ele nas mãos, saímos para fazer explorações ou aproveitámos para aprender sobre o que nos acontecia, lá fora, inusitadamente. Provocou-me o "Sete dias" que mais gozo me deu fazer até agora...

No primeiro dia fomos a pé à procura de árvores... pinheiros, sobreiros, oliveiras, eucaliptos... espreitámos, mexemos, olhámos...
«E o que são os anéis claros e escuros que vemos num tronco cortado?
São as camadas que aparecem à medida que a árvore cresce: o anel mais claro é formado durante a primavera e o verão e por isso se chama "anel de primavera"; o anel mais escuro chama-se "anel de outono" porque é formado durante o outono e o inverno.» (págs. 118 e 119)

No segundo dia aproveitámos os tesouros trazidos no dia anterior e fizemos caras... esta não é só uma foto, mas sim um conjunto dos nossos trabalhos, mas mereciam ser mostrados em grupo.
«Faz uma escultura inspirada na Land Art
Podes usar paus e outros materiais da natureza (folhas, pedras, terra). Se precisares de inspiração, procura imagens de artistas que gostam de usar elementos da natureza nas suas obras. Algumas pistas: Richard Long, Robert Smithson, Alberto Carneiro, Patrick Dougherty, Mikael Hansen.» (págs. 126 e 127)

A certa altura descobrimos que no escoadouro do pátio, havia um sapito preso. Em bom rigor, só o viemos a considerar preso dali a uns dias, por uns tempos pensámos que ali teria ido por sua livre iniciativa e ali estaria de bom grado. Foi o "nosso sapo" durante as férias, mas no último dia, armámo-nos em engenhocas, abrimos o escoadouro, pegámos (peguei) no sapo e levá-lo para o ribeirito mais próximo. Não queria sair do balde e foi luxuosamente colocado (coloquei-o) junto à água. Enquanto "o tivemos", foi alvo de muitos olhares curiosos.
«As diferenças entre sapos e rãs não são fáceis de perceber à primeira vista. Normalmente as pessoas chamam rãs aos animais de pele mais lisa e que vivem próximo da água; e chamam sapos aos de pele mais rugosa e que andam mais em terra. Mas, na verdade, há sapos e rãs que pertencem à mesma família, ou seja, os cientistas não consideram que exista uma diferença real entre uns e outros.» (pág. 106)

Não tive qualquer interferência nas suas descobertas das andorinhas que nos finais de tarde vinham rodear a casa enquanto eles brincavam no pátio nos seus momentos de brincadeiras após a praia e os banhos. Aproveitámos as amigas que eles afirmavam ter feito para aprender um pouco mais e foi até da sua iniciativa que nasceu o trabalho no livro das férias...
«Tal como nós podemos passar umas férias longe de casa quando chega o verão, há muitas espécies de aves que resolvem fazer uma viagem grande, até um sítio distante, uma vez por ano.
A diferença é que as aves fazem essa viagem por razões de sobrevivência: algumas porque não resistem ao frio; outras porque deixam de ter alimento nos sítios onde moram (por ex., por causa da neve); outras, por ambas as razões.» (pág. 172)

Sempre gostei de poças de maré. Desde que me lembro, foi sempre uma aventura descobrir os animais e plantas escondidos por entre as rochas quando o mar se ia. Continuo a gostar de uma praia com rochas descobertas na maré baixa e ainda mais de procurar o que se esconde por ali, com eles.
«À medida que a maré vai baixando, deixa à vista a areia ou as rochas que minutos antes estavam debaixo de água - forma-se assim a área entre-marés também chamada intertidal. Quando esta área é de rocha, a água do mar fica presa em pequenas cavidades, formando as poças de maré.»
(pág. 297)

As borboletas foram um mero e curto acaso descoberto durante um passeio, o suficiente para se tentar perceber um pouco mais acerca do seu esvoaçar e pousar por entre as flores.
«A boca é uma pequena tromba sugadora que funciona como uma palhinha. Quando está em repouso, fica toda enrolada; quando a borboleta se aproxima do néctar, desenrola-a e chuuup!» (pág. 85)


No último dia, a aventura tornou-se cómica, mas deu um belo final para os sete dias lá fora.
«Tal como acontece com as pessoas, quando os animais comem, há sempre partes dos alimentos que o corpo rejeita. Essas partes são enviadas para fora do corpo através dos dejetos (o nome que os biólogos dão aos "cocós" dos animais). Assim, nos dejetos dos animais podemos encontrar tudo o que não foi digerido, como sementes, plantas, pelos, pequenos ossos ou exosqueletos de insetos.» (pág. 45)
Neste caso, só pela observação, questionámo-nos acerca de bostas... e ponderámos que as dos cavalos serão maiores pelo seu tamanho, e terão aspeto do que passam o tempo a comer... palha.

Rita

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