Chegou cá a casa com a madrinha, que a encontrou a necessitar de ajuda e nos convenceu a adoptá-la. Parece, ter vivido na rua com a mãe e irmãs durante três meses, altura em que terá ficado orfã. Pensa-se que nesse mesmo dia, a que depois se tornou madrinha encontrou as três manas na beira da estrada e levou-as para um veterinário já conhecido e companheiro na causa de salvar gatinhos e cãezitos necessitados. Das manas não sei mais nada, mas espero que tenham encontrado lares adequados e donos dedicados. Espero também que tenham vidas felizes e duradouras.
A Misha foi a primeira a ser entregue e é a nossa bebé-gata. Nas primeiras noites dormiu na sala bem escondida mas assim que se viu autorizada a explorar a casa à vontade não demorou muito a descobrir a nossa cama e agora a maior parte da noite podemos senti-la entre nós. Têm-se revelado uma pestinha, destruidora e vasos com e sem plantas (adotou uma flloreira com terra como casa-de-banho para os cocós e roeu algumas folhas de uma planta alta de folhas largas) e uma gulosa de comida de pessoa, ao ponto de ter já no seu histórico criminal assaltos ao saco do pão, roubo de um pequeno pedaço e ratação de um grande e de um pão de deus (comeu a parte do coco), e assaltos sem sucesso aos sacos de compras. Alterna períodos de correria e brincadeira em que corre e salta com a energia típica dos pequenos, com sono reparador em local estratégico ou no colo de um dos donos. Ronrona alto e quase não mia, só quando está aflita. Já conheceu a maior parte da família e alguns amigos e parece dar-se muito bem com pessoas, mesmo com as crianças. Com a Fera, a prima-gata que já cá estava a passar umas férias quando ela chegou, a relação é de uma curiosidade cautelosa misturada com um desafio respeitoso, por parte da pequena, e de uma tolerância assertiva por parte da grande.
Meus senhores e minhas senhoras, apresento-vos a Misha, a nossa filha-gata.
Ana Cristina
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