quarta-feira, julho 30, 2014

O verdusco e bezuguento Xulé Quarenta e Oito


Claro que quando o rapaz soube que a irmã mais velha planeava comprar um novo Xulé, de imediato puxou das suas poupanças e decidiu fazer o mesmo. O problema inicial foi a escolha. Dentro do saco xulezudo, todos se empertigavam, mas a cada novo olhar, o rapaz decidia-se por um diferente. Até chegar ao verdusco e bezuguento Xulé Quarenta e Oito.
No saco já sabiam que o Quarenta e Oito era um pouco destrambelhado, a gostar de brincadeiras malucas e divertimentos que dessem origem a muitas gargalhadas, de preferência a serem proferidas em voz alta. Daí que ninguém tivesse estranhado o imediato tácito entendimento entre o rapazinho e o verdusco. Miraram-se – o Xulé de forma desigual, devido ao seu desigual olhar –, mexeram-se, abraçaram-se, experimentaram-se. E decidiram-se um pelo outro, com a certeza de que os esperava uma vida louca repleta de tontarias a realizar em conjunto.
E foi assim que o sexto Xulé chegou à nossa família.



Rita

terça-feira, julho 29, 2014

Uma estante cheia de Xulés


Estes são dez Xulés que pretendem encontrar novos donos. Na verdade a maioria já seguiu caminho, mas há alguns que, não tendo ainda donos, querem ir para novas paragens. Podem conhecer o mundo pelas mãos pequenas de companheiros de brincadeiras e sonos bons, ou ficar em locais tranquilos e passar dias inteiros a descansar se os seus donos forem pessoas crescidas. Têm todos um ar divertido e adoram tirar fotografias.
Vamos mostrá-los um a um, mas por enquanto fiquem com a ideia que há de cores, tamanhos e feitios variados. Todos de meia, todos Xulés.
Se conhecerem alguém que esteja interessado em ter um avisem.
Ana Cristina

segunda-feira, julho 28, 2014

Apresento-vos a MISHA

Chegou cá a casa com a madrinha, que a encontrou a necessitar de ajuda e nos convenceu a adoptá-la. Parece, ter vivido na rua com a mãe e irmãs durante três meses, altura em que terá ficado orfã. Pensa-se que nesse mesmo dia, a que depois se tornou madrinha encontrou as três manas na beira da estrada e levou-as para um veterinário já conhecido e companheiro na causa de salvar gatinhos e cãezitos necessitados. Das manas não sei mais nada, mas espero que tenham encontrado lares adequados e donos dedicados. Espero também que tenham vidas felizes e duradouras. 
A Misha foi a primeira a ser entregue e é a nossa bebé-gata. Nas primeiras noites dormiu na sala bem escondida mas assim que se viu autorizada a explorar a casa à vontade não demorou muito a descobrir a nossa cama e agora a maior parte da noite podemos senti-la entre nós. Têm-se revelado uma pestinha, destruidora e vasos com e sem plantas (adotou uma flloreira com terra como casa-de-banho para os cocós e roeu algumas folhas de uma planta alta de folhas largas) e uma gulosa de comida de pessoa, ao ponto de ter já no seu histórico criminal assaltos ao saco do pão, roubo de um pequeno pedaço e ratação de um grande e de um pão de deus (comeu a parte do coco), e assaltos sem sucesso aos sacos de compras. Alterna períodos de correria e brincadeira em que corre e salta com a energia típica dos pequenos, com sono reparador em local estratégico ou no colo de um dos donos. Ronrona alto e quase não mia, só quando está aflita. Já conheceu a maior parte da família e alguns amigos e parece dar-se muito bem com pessoas, mesmo com as crianças. Com a Fera, a prima-gata que já cá estava a passar umas férias quando ela chegou, a relação é de uma curiosidade cautelosa misturada com um desafio respeitoso, por parte da pequena, e de uma tolerância assertiva por parte da grande. 
Meus senhores e minhas senhoras, apresento-vos a Misha, a nossa filha-gata.

Ana Cristina

quinta-feira, julho 24, 2014

Xulés Quarenta e Quatro (44#) e Quarenta e Seis (46#)


À medida que iam nascendo, as Meninas Xulés Quarenta e Quatro e Quarenta e Seis foram-se apercebendo das suas semelhanças. Não eram só as cores, o feitio, a vestimenta. Era toda a personalidade advinda do momento da sua confeção, os pensamentos e sentimentos que se transmitiam a cada ponto, a cada linha. As afinidades deram lugar a um sentimento de irmandade e como tantas vezes acontece, juntas no saco xulezudo desejaram ir uma com a outra para uma nova casa. Claro que foram advertidas que isso não costumava acontecer, mas a esperança persistia.
Depois, um dia, uma miúda pegou na Quarenta e Seis e disse: «Queria tanto este Xulé…». E zás, comprou-o, com o seu dinheiro poupado. E depois ofereceu-o à sua irmã bebé porque a Menina Xulé Quarenta e Seis só tinha um botão na sua gola e esta saía facilmente. E por proposta da Mãe, ficou antes com a Quarenta e Quatro, tão parecida e irmã da outra.

As Meninas Xulés Quarenta e Quatro e Quarenta e Seis moram agora cá em casa.


Rita

quarta-feira, julho 23, 2014

Relax

Iniciámos uma terceira parte de férias só a cinco. Só nós. Depois de uma primeira parte no nosso Alentejo com a companhia extraordinária da nossa amiguinha Di, de uma segunda em outro Alentejo com uma outra família sempre companheira, de dias intermédios sempre com familiares e amigos e festas, confesso que temi sentir-mo-nos um pouco… abandonados…
A atestar em como estava completamente enganada, o primeiro dia de praia foi delicioso e deu lugar a um bocadinho de tudo: jogos da bola entre o rapazola e o pai na areia lisa junto ao mar e mais tarde na areia seca entre o rapazola e amigos novos que foi convidar, construções de castelos retorcidos entre a mãe e a filha mais velha, ajudadas depois pelo jogador, procura de pedras para enfeitar o castelo, leituras, banhoca completa da mais velha, molhadela do do meio… E para a mais pequena não houve sestas, mas muitas brincadeiras sozinha dentro da tenda… e passeios ao colo do pai quando a solidão começou a ser demasiada… Tudo com tanta calma e descontração que quase nos esquecíamos de que precisávamos de comprar o jantar antes do supermercado fechar às oito…

Rita

sexta-feira, julho 18, 2014

Faz hoje um mês

... que me despedi do Pilas. Não pude fazê-lo pessoalmente porque estava longe, e isso ficou como "a mágoa" de todo o tempo que vivemos juntos. Ficarão para sempre os momentos de convívio, de mimo e até as zangas que tivemos. O Pilas era um gato bem disposto, brincalhão sempre que se sentia bem, que gostava de visitas mas não que os estranhos lhe pegassem ao colo, que fazia festas quando chegávamos a casa mas que se já estivesse acompanhado nos fintava para ir explorar a escada ou a casa de algum vizinho. Ainda hoje, quando chego a casa olho para os pés a ver se ele não sai a correr enquanto eu entro.

A última foto que tenho dele fará amanhã dois meses. Ilustra a recepção que recebia sempre que vinha das longas noites de trabalho. Foi a única vez que que consegui fotografar a recepção que nos vazia. Habitualmente durava uns dois-três minutos a dar turrinhas e ronronadelas, eu de rabo para o ar ou de cócoras e ele a receber-me com muito mimo. Logo se seguida passava para o modo "brincalhão" e deixava de querer festas para brincar ao esconde-caça com as minhas mãos. Nunca consegui gravar as miadelas que se ouviam quando ainda estávamos na escada.Entretanto, e contra os nossos projectos de adoptar para já um novo filhote-gato, não resistimos às várias ideias de possíveis adopções que fomos recebendo (obrigada Mena, Sofia e Sara). Acabámos por receber uma menina-gata com três meses que ficou órfã de mãe na beira de uma estrada bem movimentada. A Ana, minha amiga, e a pessoa que eu conheço como o íman-de-animais-a-necessitar-de-ajuda encontrou-a com mais duas irmãs, em risco também ser atropelada e escolheu-a para nós - das três a mais diferente do Pilas. E nós não resistimos... Mas as fotos ficam para um próximo post. Este é sobre o Pilas... porque tenho saudades do meu primeiro filhote-gato...

Ana Cristina

quinta-feira, julho 17, 2014

O Doce de Morango deste ano

Foi em grande escala, o que quer dizer que desta vez fiz um total de 12 frascos de doce caseiro, de morango. Alguns já foram distribuídos por outras casas, e no serviço já vamos no segundo frasco, mas com sorte o stock durará por um bom tempo.
Eu não sou dada a grandes experiências culinárias. Aliás, nem grandes nem pequenas. Gosto de fazer umas coisas especiais de vez em quando, mas de programar as refeições diariamente, de ter de variar e de fazer as compras para cumprir com o programado nem pensar. Felizmente, cá em casa há quem goste mais do que eu. 
No ano passado, quando fiz a minha primeira panela de doce gostei da experiência. Gostei de dar um frasco aos meus pais e à minha irmã de doce feito por mim. E gostei de o comer, claro. Este ano repeti a proeza e, à parte de uns ajustes que terei de fazer numa próxima vez, ficou bom. Agora apetecia-me continuar a fazer compotas. Talvez. Quem sabe.
Ana Cristina


terça-feira, julho 15, 2014

O Xulé 30#

Foi feito a pensar na sua dona, e aguarda há muito que ela venha passar as férias a Portugal, para se conhecerem e, quem sabe, irem juntas para a Dinamarca. Também faz parte do grupo restrito dos Xulés que têm uma saia de bolinhas, a combinar com os da Alice e das suas amigas (a sua dona também é uma amiga). 
Tem criado grandes simpatias entre quem a conhece por isso esperamos ansiosamente pela opinião da L.

E, para quem esteja interessado, fique sabendo que em breve mostraremos um montão de Xulés, alguns deles ainda sem dono.
Ana Cristina

sexta-feira, julho 11, 2014

Vasco, o entusiasta


O rapazeco é uma animação só. Acho-lhe tanta piada. Seja o que for, é sempre vivido com intensidade e entusiasmo. Beyblades, Tartarugas Ninja, Super-Heróis da Liga da Justiça, Invizimals, sucedem-se em fases de euforia constante e quase obsessiva.
Mas que não se pense que são só brinquedos ou jogos. Apaixonou-se pelos anúncios do “Optimus/Nos Alive” na televisão e rádio e parece um autêntico festivaleiro, a vibrar verdadeiramente com o acontecimento… No outro dia, durante um jogo, perguntou se podíamos ir ao Brasil e talvez pouco tempo a seguir, questionou se o podíamos levar a ver os “One Direction”. Conclusão: visse o rapaz mais televisão nas férias (onde só há quatro canais durante o pequeno almoço e ao jantar) e tínhamos programação para todos os dias que nos restavam às mesmas, só baseados nos seus entusiasmos.
Dos quinze dias de férias com avós e tios, veio com a febre do futebol. Não conseguimos perceber se foi só no decurso do Mundial ou se estava relacionado com conversas e entusiasmos do tio, de quem ele é um completo adorador. O que é certo é que, nos dias que intervalaram essas primeiras férias e estas segundas, connosco, fartou-se de jogar nos páteos das traseiras com os vizinhos.
Agora temos uma bola, atrás da qual ele se farta de correr na praia e com a qual ganha milhentos jogos de penaltis com o pai. O coitado do pai, que ainda não se consegue mexer de forma perfeita e que se farta de apelar à existência de um árbitro isento que avalie as jogadas dos dois.
Quando ninguém pode jogar com ele, joga sozinho. «Agora é o Real Madrid contra o Gana!» (vai uma confusão naquela cabeça…) Também se aninha no sofá com o pai a ver os jogos, falando interminavelmente ao mesmo tempo e fazendo-lhe perguntas sobre os tempos em que ele “era jogador” (ou seja, a altura em que ainda não se tinha magoado e jogava com os amigos – «tu também foste jogador, não foi, pai?», «ah, mas tu jogava basquete mesmo a sério, não era?»).
O futebol proporcionou-lhe até um pesadelo e apareceu para dormir connosco esta noite. Da parte da tarde explicou que tinha sonhado com um jogador «a sério» que estava a jogar descalço (esta é a parte para nos convencer a deixá-lo calçar-se sempre de ténis, de certeza) e que tinha dado um pontapé numa bola e se tinha magoado; depois tinha pensado que estava tudo bem, mas «o cérebro ficou estragado e ele morreu». A história deu azo aos risos das miúdas, a fazerem trabalhos de casa de férias («se ele se magoou no pé, como é que foi o cérebro que se estragou?»), mas ele não desmanchou… que o jogador se tinha magoado mesmo, porque a bola era «de ferro»…
O rapaz é mesmo cómico. Vamos lá ver se nos próximos dias não tem nenhum pesadelo com o “Optimus Alive” ou assim…

Rita

quinta-feira, julho 10, 2014

quarta-feira, julho 09, 2014

Somos um montão


Eu: Já viram, as pessoas devem pensar que vocês são todos irmãos… Ainda por cima tu também és clarinha, com o cabelo quase do da cor da Alice… são da mesma altura, as pessoas devem pensar que vocês são gémeas, já viram…
Di: É verdade, e as pessoas devem pensar que vocês são uns malucos, com muitos filhos…!

Na verdade, pouco nos têm perguntado. Logo no primeiro dia, quando parámos para almoçar a meio da viagem, apareceu precisamente um casal com quatro, de idades todas diferentes. Olharam para nós, olhámos para eles. Quando íamos embora, a mulher cruzou-se com o João e questionou: «Com quatro não é fácil, hã…». O João não desarmou: «Uns dias melhores que outros.», deixando-a ir embora com um sorriso pretensamente cúmplice de quem não percebe o cliché totalmente verdadeiro e que se poderia aplicar se até só lhe tivesse perguntado só por ele.
Hoje, um casal brasileiro não resistiu a perguntar se eram os quatro nossos. Não mentimos (provavelmente a Di não deixaria, ela que se recusa até à brincadeira que é como se fosse nossa filha emprestada por estes dias), mas eles, sempre divertidos, admitiram que, nos tempos que correm, mesmo com três somos uma raridade e que na altura deles era mais comum. Depois acrescentaram que, ainda por cima, nós eramos novinhos, ihihih… nesse caso também não desarmamos, eles que pensassem sobre a nossa idade o que quisessem…
Devemos ter a nossa dose de atenção, claro está. Ainda por cima sendo um conjunto tão bem oleado, cada um a chegar à praia com a sua incumbência (mãe com mochila da filha pequena e filha pequena; pai com saco de praia, meio iglô e uma barreira; filha grande e amiga alternadamente com mochila da comida e mochila gigantesca de brinquedos de praia; filho pequeno com bola ou meio iglô), a saber como organizar os chinelos todos juntos, como colocar a roupa toda no saco antes de correr para a água, a ir depois embora todos em fila desordenada com os chinelos pela mão. Provavelmente seria pior se fosse para nos organizarmos de manhã, antes de ir para a escola ou trabalho, mas nas férias, tudo funciona, até nas horas previamente propostas para sair de casa.

Rita

terça-feira, julho 08, 2014

Momentos de férias

Os três, na piscina minúscula montada no páteo (conselho: em casa alentejana com um nico de páteo, bote-se sempre uma piscina, nem que seja pouco mais que um alguidar… o divertimento é sempre garantido), assustam-se com uma abelha.
A Di dá-lhe uma pancada com a rede de limpeza. O problema parece resolvido, até repararem dali a um tempo que a abelha ainda mexe e tenta a todo o custo patinar na água expulsa do recipiente azul.
A Alice desafia a Di a matá-la com o chinelo (não tinha os seus), mas esta recusa porque em tempos o irmão matou uma mosca com um chapéu e o chapéu ainda hoje mantem a mancha de sangue.
A conversa mantem-se neste tom, comigo divertida a interferir (que os bonés se lavam, que o sangue sai com a lavagem), e eles pouco preocupados com a abelha, que não parece oferecer perigo.
De repente, a Di repara que a abelha parece partida ao meio (deve ter sido da pancadona anterior com a rede, livra!). A Alice torna a desafiar, a Di torna a recusar.
Eu acrescento que a abelha deve estar a sofrer e que matá-la acaba por ser um bom acto, que lhe permitirá acabar com o sofrimento.
A Di decide-se logo a seguir, solidária com a causa, e sai da piscina. Procura os chinelos, um de cada cor, e ouço-a a dizer para si mesma, em voz alta: «O verde ou o cor-de-rosa?! O rosa, que fica melhor com o sangue…». Temos ali, portanto, uma pequena “abicida” cheia de preocupações estéticas…
Rita

segunda-feira, julho 07, 2014

Como três não nos chegavam...


Posto o último post, este ano, à semelhança do que já tinha acontecido há dois anos, trouxemos uma amiguinha de férias.
O tempo passou, a nossa família está maior e dois anos mais crescida, a amiga é diferente da R. Tudo isso traz uma dinâmica completamente diferente.
Ao contrário do que se possa pensar, tem sido tudo fácil. As duas entendem-se perfeitamente, ainda praticamente não houve conflitos para gerir, ou fomos nós que não demos por isso. Na verdade, não fosse preciso alimentá-las e transportá-las de ida e volta para a praia, quase não éramos necessários.
A única coisa que me faz pena é ver o Vasco a tentar algumas vezes introduzir-se no duo dinâmico. Com pouco sucesso. Ele, que é verdadeiramente um fixolas, volta-se facilmente para outra coisa, mas não consigo deixar que o desprezo e desinteresse delas me toque. A Di acaba por seguir a Alice nessas atitudes e são as da irmã as que mais me custam. Principalmente tendo em conta que eles até se dão bastante bem.
Da outra vez, fosse porque ele fosse mais pequenino e se limitasse a andar atrás delas, fosse porque a R. o conhece desde sempre e estava muito habituada a ele, fosse porque elas ainda não tinham brincadeiras tão complexas, fosse porque com 03 anos ele ainda tinha perante elas aquele ar de bebé, foi mais fácil lidar com o triângulo. Nem sequer o sentimos como tal.
Até ao quarto dia, a exclusão a que elas o votaram foi notória e quando ele procurava o companheirismo habitual da irmã («não é, mana?!», «viste, mana?!») e ela o repelia, até me doía. Depois, a aproximação foi algo quase imperceptível… primeiro, a amiga que se quis juntar a um jogo de futebol pais e filho… depois, uma brincadeira a três na praia… mais tarde, um boneco hulk a conviver com umas nancys… isto vai…

Rita

domingo, julho 06, 2014

Ontem publicamos a mensagem 1111...

Apesar de pouco movimentado, este blog afinal já tem uma longa história. Até agora, oito anos e exactamente 5 meses.
E apesar de escrever pouco nele, continuo a gostar deste projecto.
Ana Cristina


Nota: Esta foi a primeira imagem que publicámos no arRanha no Trapo. Uma camisola pintada à mão que oferecemos a uma amiga. Na altura tivemos de fotografar a fotografia...

sábado, julho 05, 2014

Os meus obrigados

Fico tão contente por termos tido a hipótese de, há uns meses, termos trocado o nosso carro por um novo (novo para nós) que permite colocar mais dois lugares. É que é tão bom trazer amigos pequenos de férias. É tão bom ter grandes amigos grandes que confiam em nós para nos permitirem isso. E é tão bom ter amigos em quem confiamos para levarem os nossos filhos de férias. E tão tão bom chegar à conclusão que, ao contrário do que pensávamos, a nossa capacidade para fazer amigos destes não diminui com o passar da vida. E, também ao contrário do que poderíamos ter considerado em tempos, o grupo destes amigos pode ir aumentando. E eles andam por aí e é uma sorte encontrá-los, mas é também reflexo das pessoas que nós somos, por conseguirmos atraí-los e isso também diz algo de nós e é bom.

Eu esqueci-me completamente de aproveitar a iniciativa dos CTT para enviar obrigados aos meus amigos. Mesmo depois de deles ter recebido obrigados, continuei a atrapalhar-me com o dia-a-dia e tornei a esquecer-me… Vão então por aqui esses obrigados aos meus amigos. Eles sabem quem são.

Rita

quarta-feira, julho 02, 2014

Nota-se muito...


... que fomos à exposição dos Transformers?!
Rita

Pequena nota: nada de especial que valha grandemente a pena a deslocação, mas mais engraçado a partir das 16h, quando abrem os jogos aos miúdos e fornecem uns quantos espécimes para mexer... já agora, pegar naquelas coisas e transformá-las em robots e em veículos ou dinossauros (?!) deve ser tarefa para seres extraordinários, provavelmente com mãos pequeninas, com certeza...

terça-feira, julho 01, 2014

A Alice e a marcha

Neste último domingo a Alice teve a última exibição da Marcha infantil da escola.
Fazendo bem as contas, há nove anos que a Alice assiste aos ensaios da Marcha da escola. Chegávamos lá para Maio e era vê-la a marchar pela casa com as mãos nas ancas. Sempre achei que seria natural ela querer participar quando fosse para o 1º ciclo e foi uma surpresa quando declarou que «dava muito trabalho» e não se quis inscrever.
Talvez porque no 1º ano a turma estava lá quase em peso, no ano a seguir alinhou. Gostou dos ensaios e das exibições, mas não declarou nenhuma paixão nem demostrou orgulhos especiais.
É preciso ter a noção que a Marcha da escola é “à séria”. Ensaiam coreografias e músicas quase todos os dias, obedecem à regra das três marchas (a tradicional da coletividade, a original da coletividade e a original desse ano para todas as marchas de Lisboa), vão ao Pavilhão MEO Arena, descem a Av. da República, aparecem na televisão e têm várias outras exibições espalhadas por feriados e fins-de-semana de Junho.
No ano passado foi mais difícil, ela tinha treinos intensos de ginástica e sarau precisamente num dos dias de exibição. Não sei se isso lhe retirou algum prazer ao envolvimento na Marcha; o que é certo é que não a vi vibrar.
Este ano foi completamente diferente. No primeiro dia de exibição, no Pavilhão, ela estava verdadeiramente feliz, encantada com a sua aparência, preocupada com a sua prestação. Foi espetacular vê-la tão contente com a Marcha ao longo do mês e perceber a evolução da maturidade nas suas posturas do ano passado para este ano…
Gosto de a ver ali, acho que lhe faz bem. É no fundo a hipótese de se relacionar com um projeto de equipa intenso mas que a curto prazo lhe permite ver os resultados do trabalho conjunto, trazendo-lhe as vantagens que advêm precisamente do trabalho de equipa.
Quanto a nós, lá marchamos também para a ver, com diversos grupos de amigos ou familiares divididos pelos dias de exibições. Brincamos acerca das indumentárias das outras Marchas, observamos o bairrismo dos outros e fingimo-nos de bairristas, decoramos (mesmo sem querer) a marcha original do ano (repetida e repetida e repetida), rimo-nos muitos, damos por nós a acordar a trautear músicas, fixamos mais uma quantidade de bons momentos para a posteridade…

(no ano passado, panorama geral da Marcha no Pavilhão, a miúda a dormir no caminho para casa e com um grupo de amigas)

(este ano, praticamente os mesmos cenários)

Rita