quarta-feira, março 31, 2010

"Vasco com 1 ano" ou "Coisas a não esquecer ou aproveitar para contar à famelga que eu penso que não vem a este blog mas que até vai passando por aqui

Com um ano, o Vasco:
- mede 72,5 cm (percentil 25)
- pesa 8,440 (percentil 05, o mais baixo de todos, o que faz dele o chamado "lingrinhas")
- tem uma cabeça de 46 cm (à volta, não confunda quem não percebe nada do assunto porque o gajinho não é nada cabeçorras)
- gosta de comer, mas essencialmente da nossa comida, a menos que a dele seja colocada num prato de sopa dos nossos e dada com uma colher de sopa das grandes, de alumínio
- rastejava furiosamente e mesmo muito muito bem desde os 08 meses, até que começou a gatinhar aos 11 e meio e abandonou completamente a saída profissional de mini-homem-da-tropa
- agarra-se aos móveis, põe-se a pé e anda - as nossas calças também servem
- tem quatro dentes, dois em cima verdadeiramente garrafais (lembra-me os da irmã quando nasceram... para não dizer os meus primeiros definitivos das fotografias da primária) e prevêm-se mais para breve
- conhece perfeitamente as palavras "mana" ou "Alice", "gato" (e a mesma arranca-lhe logo sorrisos), "bola" ou "balão", "chucha"
- é um ingrato que finge não reconhecer as palavras "pai" e "mãe", de certeza
- é um teimosão de primeira que finge não reconhecer a palavra "não" e ainda por cima achar-lhe uma piada medonha
E sabe:
- bater palmas (não só nas suas mãos mas em todo o lado, aliás, auguro-lhe um bom futuro a fazer remates de voley)
- dizer adeus (mas não gosta muito de o fazer)
- dar "passoubens" e "cincos" (isto é esquisito de escrever)
- apontar a irmã, a gata, os candeeiros, e coisas que deixa cair ou que quer
- mostrar onde é que a galinha põe o ovo (se ela o decidir pôr na mão de alguém, o que faz da letra da música uma palermice irreal)
- dar autênticas pancadas na sua cabeça para mostrar que esta é muito tonta (e se não for, decerto ficará com a violência a que está sujeita)
- estender os braços de forma vitoriosa quando se grita "viva"
Mais:
- está pela primeira vez a entrar no terceiro dia de febre, nunca tomou antibióticos e até o Brufen foi no outro dia a primeira vez. Mas está porreiraço e não nos oferece qualquer motivo de preocupação.
- tenho o pressentimento que vai estar sempre a desarrumar a casa, que vai ser um teimoso de primeira lavra e que vai gostar de pândega.
Rita

terça-feira, março 30, 2010

"Um ano" ou "Coisas soltas e malucas que se me estão a passar pela cabeça"

Puto:
Nasceste há um ano.
E eu sinto-me tão feliz contigo e convosco que nem tenho palavras para descrever como é.
Ou então é porque estou cansada, também pode ser isso.
De qualquer forma, quero deixar aqui escrito para a posteridade que tu, que ainda quase não ficaste doente, não tiveste febre e não vomitaste neste tempo todo, podias ter deixado mais um dia para experimentares isso tudo.
Rita

É verdade, acho que já se me passou a travadinha de ontem, ou dos últimos tempos. Às vezes é assim, dá-me mas passa. É o momento do descontrole mental, em que não me lembro do trabalho fixe e aliciante que tenho, da bela cidade em que escolhi morar, dos magníficos amigos que me rodeiam, do homem espectacular com que vivo... e dos filhos, o raio dos miúdos que dormem lá dentro e que me... arrebatam, é isso... acho que é e melhor palavra para descrever a coisa... arrebatam-me... raça dos miúdos... a culpa é deles... nascem e a gente deixa de saber o que é estar sem eles, são quase como uma espécie de segunda vida...

segunda-feira, março 29, 2010

Quase quase um ano

Amanhã o meu filho faz um ano e eu estou tristíssima.
Não me consigo adaptar ao facto de ir começar a trabalhar em horário completo, mas pior, não me consigo adaptar à ideia de que a partir daí não me vou mesmo conseguir afastar mentalmente dos problemas da minha equipa e impedir que me arrastem com eles... e não vou conseguir livrar-me mais daquelas semanas horríveis de trabalho agendadas com regularidade... e ainda pior, não vou conseguir impedir-me de, para além dessas semanas, e com mais frequência do que me apetece (por causa dos ditos problemas de equipa), por vezes ter de deixar de vir a casa e de ter horários e vida e sei lá mais o quê...
Amanhã o meu filho faz um ano e eu já estou cheia de saudades do tempo que até agora tivemos e partilhámos com a crescida (sim, a separação de dois é muito pior do que a separação de um).
E parece horrível porque até moro perto do trabalho e em quinze minutos de carro consigo ir buscá-los, mas só me ocorre que a partir de agora são duas horas a menos deles e só sobrará o tempo de preparar roupas e banhos e comidas e a vidinha a vidinha a vidinha...
Daqui a uns tempos já me habituei. Mas por enquanto estou aqui, pelo menos a curtir a tristeza. E só não curto as lágrimas porque há pouco a sapiência da minha irmã a fez dizer:
- Deixa lá, é pior não ter filhos.
E eu olha, calei-me. E agora vá, autorizo a que me chamem nomes, daqueles feios, que eu provavelmente mereço.

Rita

domingo, março 28, 2010

O 9ºQ - ou, para alguns, o grupo FD

Quem me conhece sabe que a matemática nunca fez parte dos lados mais agradáveis do meu coração. É uma daquelas coisas que sabemos que existe e que até nos desperta um fascínio teórico, mas que no fundo sabemos que nunca vai ter nada a ver connosco.
Apesar disso, por artes e acasos do destino, no 9º ano escolhi Quimicotecnia e fiquei na única turma desse ano com acesso ao mundo mágico do laboratório. Confesso que nunca percebi "pevas"daquilo, mas que me diverti muito a quase incendiar o espaço e a entornar (sem querer)tudo o que era líquidos estranhos na bata que vinha da minha irmã e que se mantinha quase incólume até ao momento.
A minha turma do nono foi extraordinária. Fui enquadrada no meu primeiro grupo misto de amigos e com eles ri, cantei, toquei flauta, fiz teatro, criei aventuras, passeei e descobri muitas e muitas coisas.
Hoje encontrámo-nos. Alguns, os que deu para contactar e juntar. Sete. Trocámos telefones, gargalhadas antigas cheias de recordações, e também risos novos, plenos de piadas mais maduras, bem como dos percursos de vida que fizemos, dos trabalhos actuais (tão pouco relacionados com os cursos superiores tirados), das famílias que constituímos, dos lugares para onde fomos viver, dos animais que temos...
Sentimo-nos e dissemo-nos iguais, apesar de nos sabermos mais velhos, mais gordos, mais enrugados, mais desiludidos. Mas estávamos lá e foi importante e havemos de repetir, com fotografias e vídeos comprometedores à mistura.
Rita
Obrigado a todos por tudo o que representam na minha vida. Foi maravilhoso.

segunda-feira, março 22, 2010

A vida

Há mais ou menos três semanas, um amigo teve um acidente de carro.
Despistou-se, foi bater num poste de electricidade daqueles grandes, formados por dois pilares de cimento, e por lá ficou encaixado, até que os bombeiros o desencarcerassem. Teve uma paragem cardio-toraxica e ia morrendo. Teve um traumatismo craneano, com edema cerebral a recusar-se a ceder. Uma imensa possibilidade de lesões desconhecidas. Ficou em coma.
Durante este tempo, teve sempre no meu pensamento. Por trás de todas as coisas que fizesse e sentisse e me ocorressem. Não dormia bem, não andava bem. Ia vê-lo e sofria porque me sentia impotente e pequenina a olhá-lo, ligado a máquinas e com tubos por tudo quanto era lado. Ele era eu e todos nós, a vida na sua finitude e fragilidade a olhar-me de frente.
O meu amigo por afinidade, grande amigo do grande amigo que comigo partilha a vida. Um daqueles amigos que nos deixa a certeza de ser um grande amigo se precisarmos, que é o que basicamente faz de um amigo um amigo.
Hoje apertou-me a mão e acenou quando lhe disse quem era. Há dois dias quis saber as horas. Comeu sopa e mousse de chocolate. Mexeu as duas pernas e os dois braços. Acenou a dizer que está bem, que a luz não lhe faz confusão. Ainda não se sabe de nada, mas desse nada sei eu que voltaremos a mergulhar na piscina da Várzea ou no mar da Costa, a inventar jogos e expressões, a passear, a correr, a rir, a rir, a rir...
Quando penso nisto, não consigo deixar de ter vontade de chorar de felicidade.
Rita

domingo, março 21, 2010

Homens que matam cabras só com o olhar

Se imaginarem algo que combine com o título do filme, será certo que não conseguirão descobrir o desenrolar do filme. Assistir a este filme é como estar a falar com um grupo de pessoas com alteração da realidade (diga-se doidas varridas) e conseguir perceber que elas até têm a sua realidade e se compreendem umas às outras. E depois é imaginar que esse grupo de pessoas até tem alguma importância social e que é “alimentado” por quem tem muito poder, o que faz esse grupo de "doidos varridos" um grupo perigoso.
“Homens que matam cabras só com o olhar” é um filme estranho do início ao fim. Mas se quiserem ir ver um filme, de um humor muito especial, onde sairão sem ter aprendido alguma coisa, mas de muito bom humor, não o percam porque não tarda nada ele sai de cena.
Ana Cristina
(Para quem já o viu- A "belinha mortal" já pegou entre o grupo de amigos.)

sexta-feira, março 19, 2010

Finalmente almoçamos juntas.

Foi difícil, mas quase um ano depois, lá fizemos o nosso almoço. A ideia era aproveitar a hora de almoço delas com meu horário e, já que os locais de trabalho são próximos, aproveitarmos para ir pondo a conversa em dia sem maridos nem filhos a reboque.
Primeiro a responsabilidade foi do Vasco e da licença de maternidade da Rita. Depois foi tudo culpa dos meus horários. Sim, elas almoçam todos os dias pelas mesmas bandas mas eu tenho horários pouco compatíveis e sou muito pouco regrada e, a maioria dos dias que não almoço no refeitório nem sequer me preocupo com a hora da refeição.
Na verdade, as novidades vão chegando pelas nossas mães, vizinhas de longa data. Na prática quer umas, quer outra, frequentamos o mesmo prédio mas é raro encontrarmo-nos nas casa que já formam nossas. Mas o saberque estamos sempre no coração da nossa amiga, para mim já me equilibra.
Companheira desde o nascimento, amiga de infância daquelas que corriam de mão dada na aula de ginástica, a Tina, foi e será sempre uma presença na minha vida. Se os dias passam e a gente nem se vê, não é por mal, é mesmo porque vamos deixando o tempo passar.
Temos que almoçar mais vezes.
Ana Cristina

segunda-feira, março 15, 2010

Ballet



A Alice teve uma festa de ballet no sábado. Ou melhor, uma festa na qual estava incluído o ballet.

No início não me apetecia que ela fosse para o ballet. Acho-o lindo, mas um pouco restritivo de movimentos, demasiado rígido e disciplinador para ser iniciado aos quatro anos. Acabou por ir, na óptica de fazer uma actividade física e algo extracurricular que lhe diminuisse o número de horas num recreio fechado, confuso e muito barulhento.

A aprendizagem não tem sido isenta de questões. Há uns tempos começou a dizer que não queria ir mais porque a professora se tinha zangado com ela (estava a conversar com uma colega).
Seguindo a opinião de uma amiga, combinámos com ela que frequentaria a actividade pelo menos até à festa, e que depois logo se veria.
A exibição foi amorosa. A Alice estava tão linda, toda magrinha e pequenina, com as suas asas de borboleta coloridas e uns collants de uma cor diferente de todas as outras. O esquema de dança parecia um verdadeiro desafio à concentração e ela até se portou muito bem. Claro que, como sempre, tenho a sensação que eu teria babado de orgulho, mesmo que ela tivesse escorregado, ficado sentada a um canto ou feito xixi pelas pernas abaixo no meio da sala...
Nada disso aconteceu e tudo correu maravilhosamente.
Hoje a professora disse que ela tinha estado muito bem na aula e, embora ainda não tenhamos falado sobre o assunto, aposto que já não quer desistir.
Rita

Na foto: a Alice e a grande amiga R., depois da sua dança, a assistirem à mostra do karaté, de saias de tule e casacos vestidos.

quarta-feira, março 10, 2010

Novidade de há poucas horas

E eis que hoje...
depois de ter começado a rastejar perfeitamente aos oito meses, tal qual um pequeno homem da tropa,
depois de no último mês ter aprendido a pôr-se de pé e a andar agarrado às coisas,
depois de nada o fazer prever...
o Vasco gatinhou!!!!!

Rita

terça-feira, março 09, 2010



Há uns tempos comprámos à nossa Alice a sua primeira "Alice". Falo na primeira porque acho-a uma história tão fantástica que poderia ter várias, de várias edições e ilustradores. Cheguei até a pensar em fazer uma colecção de "Alices" para a miúda homónima cá de casa.
O livro demorou cerca de uma semana a ler porque o dividimos em capítulos e, apesar da história ser confusa, a Alice percebeu e gostou. Todas as noites revíamos em traços gerais o que tínhamos lido no dia anterior e fechávamos o livro sem ver o que iria acontecer no dia a seguir, para ser surpresa.
Foi uma semana divertida, talvez até mais para mim, que pude viajar novamente ao País das Maravilhas e recordar os seus pormenores deliciosos. Fiquei cheia de vontade de lá voltar, desta vez, quem sabe, por outras mãos... nem me importava de fazer uma colecção, mas para mim mesma...

Rita

segunda-feira, março 08, 2010

"Estado de Guerra"

Neste fim-de-semana foi novamente ao cinema. Fui ver um filme de americano e de guerra, duas condições que me afastariam, à partida, da sala de cinema. Não fossem as boas críticas e o F dizer que estava na sua lista e teria perdido um bom filme.

Com um argumento muito simples, "Estado de Guerra" faz-nos reflectir sobre a vivência diária do risco de vida, e de como esta experiência se pode tornar viciante, quase como se fosse a única forma de dar sentido à própria vida.
Neste filme, assistimos a imagens de bombas a explodir, de tiros e mortes, sem que estas cenas sejam acompanhadas de grandes efeitos, gritos e agressões visuais. Todo um conjunto de estímulos, visuais e sonoros, muito limpos, sem a agressividade a que estamos habituados. São imagens, aparentemente, mais naturais.

A minha classificação é de bom argumento, muito boa realização. Não será por acaso que, ao que parece, esta noite ganhou vários óscares. Na minha classifacação também fica vários pontos à frente do seu mais directo rival; o "Avatar".

(Uma curiosidade, para quem anda distraído; "Estado de Guerra" é realizado por uma mulher.)

Ana Cristina

domingo, março 07, 2010

Como prometido...

... cá vai a explicação sobre o Livro do Ir e Vir.
Na última reunião de pais, a MJ deu a ideia. Um livro que percorresse a casa de todos os meninos da sala, à vez, durante duas ou três noites, onde cada menino, com a sua família, fizesse algo para os outros. Podia ser o que se quisesse, uma história, um poema, o relato de alguma coisa, um desenho, uma fotografia, qualquer coisa.
Os pais aceitaram. Quanto a mim, deliciei-me com a ideia de algo assim partilhado com todos os outros, uma espécie de oferenda a todos e a cada um de nós.
Claro que não estava à espera de ser a segunda casa do Livro. E do dito vir por duas noites, sendo as mesmas a meio da semana... Parecia que não nos ocorrria nada...
Fazer o nosso capítulo do Livro foi verdadeiramente divertido. Dei a ideia de uma foto-história e a Alice gostou. O problema estava na história... algo já inventado e meramente recontado por ela... ou algo que ela criasse... ou algo do nosso dia-a-dia...
Ficou a Cinderela. A Cinderela da Alice, com as suas palavras, o seu discurso. E nós fomos as personagens que ela escolheu, com adereços palermas e em poses sorridentes para fotografias depois coladas segundo a ordem que ela tinha contado... pequenos fotogramas de uma Cinderela reinventada em família...
Rita
*Haviam de ter visto o Pai de príncipe com peruca cor-de-rosa, montado num cavalo de pau e com um sapato de salto alto na mão... e da Tia Cristina e esta Mãe de bruxas/irmãs horripilantes... e o Vasco feito pai, com bigode... e ela de Cinderela, cabeleira verde comprida, a ir para o baile de carro-triciclo... Magnífico...
** MJ, espero que me perdoe o abuso de ter tirado fotografia ao Livro e de a ter postado aqui. Se quiser que eu tire a foto, diga-me por favor.

sexta-feira, março 05, 2010

No rescaldo de um dia loooongo...

Entrei na quinta às 15.30 para uma jornada que se previa longa.
Fiz tarde. Segui noite e, mais uma vez fiz greve, mas não deve ter contado para as estatísticas porque só o sindicato se preocupou em saber quantas de nós estavamos de greve e a garantir os serviços mínimos (e fomos todas). Saí às 8.30, depois de passar o turno (às colegas que estavam de greve e que ficaram a decidir quem iria para casa e quem ficaria a garantir os serviços mínimos).
Tomei o pequeno-almoço e às 9.30 fui a uma formação daquelas que estava inscrita e que terminou às 4 da tarde.
Cheguei a casa já passava das 6 e, tal era o cansaço que não consegui adormecer antes das 10.30.
Hoje dormi até às tantas e passei o dia, de folga, sem fazer nada de jeito.
Amanhã lá entrarei às 8.
Ana Cristina

quinta-feira, março 04, 2010

Novidades

Já estou melhor, sim senhora. Até já estou quase boa. Continuo com dores pelo corpo e acho melhor ir tendo alguns (já poucos) cuidados alimentares. Mas o que me lixa mesmo é o cansaço. Depois do jantar - e às vezes antes - estou pronta para uma grande soneca. Como agora. Ainda por cima o dia não acabou com boas novas e preciso de digerir. E por isso, já sabem o que vou dizer: o sofá aguarda-me.
Rita

segunda-feira, março 01, 2010

Cineminhas

Ontem fui ao cinema. Aliás, nos últimos dez dias fui ao cinema três vezes.
Do “Avatar” tenho pouco a dizer. Que vale a pena, porque dizem que será um marco no cinema pela tecnologia. A história, apesar de já não ser nova, é uma temática que será sempre importante não esquecer. Mas, no fundo no fundo, esperava muito mais.
Do “Invictus”, tenho a dizer que é um filme interessante, que nos relembra uma África do Sul num passado bem recente, mas que parece tão distante. A tomada de posse do Nelson Mandela e os primeiros passos de um país a caminho da igualdade de direitos, independentemente da cor da pele. Vale a pena ir ver, e vale a pena pensar sobre o apartheid, regime que regeu a África do Sul até à duas décadas atrás.
Mas este post é dedicado fundamentalmente ao “Tudo pode dar certo”, o último dos três filmes que fui ver. De um dos meus realizadores preferidos este filme veio lembrar os velhos tempos em também ele era o actor principal das suas obras cinematográficas. Pois é, Woody Allen voltou. Desta vez sob a forma de um outro actor que parece personificá-lo na perfeição. Mas a personagem que conhecemos como sendo o próprio Allen continua igualmente genial, egocêntrico e hipocondríaco. Numa história sem grande enredo, assistimos à defesa de uma teoria cuja mensagem é a de que a vida, tal como o amor, não são algo predefinido, sendo sim frutos do acaso. Nas nossas mãos está a capacidade de aproveitar ou não o que nos acontece, tornando o acaso em algo proveitoso. O “Tudo pode dar certo” é uma lição de vida. Parece tratar-se de uma despedida do realizador que tão bem conhecemos. Como se ele nos dissesse: “Aproveitem. Aproveitem, porque, apesar de acontecer por acaso, tudo pode dar certo.” Aconselha-se a quem deste género gostar. Eu adorei.

Ana Cristina