Partiram juntos do saco xulezudo. Sabiam que iriam para casas diferentes. Todos eles sabiam que iriam encontrar pequenos donos. À partida já ansiavam por brincadeiras malucas e bons abracinhos, de meninos pequenos.
O Quarente e Sete imaginava um menino reguila e bem disposto, que gostasse de brincadeiras malucas. O seu olhar é um bocadinho torto e tudo o que vê é mais ou menos enviesado, por isso está sempre pronto para mais uma gargalhada, uma tropelia e uma luta entre heróis desde que ele seja um dos justiceiros.
O Quarenta e três, talvez por ter pernas e braços bem compridos, pensava em andar muito de baloiço, dar cambalhotas e fazer muita ginástica nas mãos de uma qualquer criança brincalhona. Na verdade também gosta de dormir, de preferência abraçado, numa cama quentinha e cheia de bonecada macia.
Por seu lado, o Trinta e Cinco tinha a ideia que o seu dono ideal seria um bebé pequenino, mas não pensava em mais nada. Ele próprio é pequenino, tem apenas 24 centímetros, por isso não sabe ainda o que esperar do futuro.
Tenho a ideia que partiram felizes. Acho mesmo que cada um deles já estará com o seus novo dono.
Nós, por cá, esperamos notícias. E fotos, claro.
Ana Cristina
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