Como já tive oportunidade de o escrever aqui, este é o meu autor preferido, se é que posso distingui-lo de entre os vários que gosto muito. Acontece que dele já li todos as obras publicadas em português, se forem os dezoito que penso serem, e de todas gostei muito. Talvez seja pela capacidade com que, através da sua escrita, nos transportar para um ambiente cultural onde se misturam os factos reais com as figuras mitológicas e com as crenças populares.
Este é um livro autobiográfico, publicado em 2002, e que aguardava na minha estante por dias de dedicação por inteiro. Mais uma vez me senti transportada, como se de um filme a preto e branco se tratasse, para uma realidade desconhecida, onde um menino tímido que gostava de cantar se torna num homem tímido que será um grande escritor. Nesta obra conseguimo-nos aperceber da evolução de um homem das letras, que reconhece os seus defeitos literários, expõe os seus momentos de fracasso como contista e, sem pretensões escreve como as suas vivências pessoais, tal como alguns dos momentos marcantes da sua vida foram aproveitadas nos seus contos e romances. E conta-nos a sua história como se de uma conversa se tratasse.
“Viver para contá-la” é um livro que gostei muito. E só para vos dar um gostinho, mostro a frase de introdução, escrita pelo autor:
“Viver para contá-la” é um livro que gostei muito. E só para vos dar um gostinho, mostro a frase de introdução, escrita pelo autor:
“A vida não é a que cada um viveu, mas a que recorda e como a recorda para poder contá-la.”
Ana Cristina