quinta-feira, novembro 04, 2010

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Na noite passada, em conversa com algumas colegas, falávamos sobre os problemas actuais da enfermagem. Acaba por ser um assunto recorrente em tempo de restrições orçamentais mas também de mudanças na profissão. Nos últimos anos aumentou-se o tempo de formação em um ano, negocia-se o tempo de experiencia profissional tutorado para a obtenção de autonomia profissional, abriram-se de novo as formações especializadas e abrem-se portas para novas especializações (que durante uns anos estiveram praticamente bloqueadas), negociam-se o exercício tutorado para obtenção de autonomia como enfermeiro especialista. Por outro lado assumem-se apenas duas categorias profissionais das quais para atingir a segunda é necessário ser especialista, que não tem categoria, mas onde só se pode chegar por quotas dependentes de avaliação que podem envolver requisitos de malvadez.
No meio disto tudo, uma falta imensa de profissionais, uma alta taxa de desemprego, uma realidade que envolve a proposta de estágios profissionais a serem pagos à hora e a subcontratação para exercício em hospitais de serviço público e ordenados bloqueados umas vezes por causa da crise, outras porque os acordos de actualização da carreira de enfermagem não foram cumpridos.
Claro que o desânimo é muito e a sensação de impotência é quase generalizada mas eu sou incapaz de dizer a alguém que não vá para enfermagem se for esse o seu sonho. O resto fica para outro dia.
Ana Cristina

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