segunda-feira, fevereiro 03, 2014

Um mês de Joana



Uma das coisas boas de ir aqui escrevendo é poder, anos depois, consultar o que disse e reviver aqueles mesmo sentimentos e sensações... é bom pensar que, em relação a eles, os miúdos poderão também um dia gostar de ver o que tanto se reflectiu sobre eles...
Assim, correndo o risco de me ver repetida em relação ao post sobre o primeiro mês do Vasco, um mês de Joana tem igualmente representado trinta e um dias de arrebatamente e adoração crescente...
A miúda é linda. Agora é-o cada vez mais, uma vez que já tem uns olhos enormes "de ver mundo" que nos seguem com assertividade, e uns sorrisões lindos de boca aberta, (ainda por cima)essencialmente para mim...
Fisicamente, é o mesmo estilo de bebé que eram a Alice e o Vasco e, devido a isso, houve quem na escola no outro dia dissesse que era parecida com eles. No entanto, muito embora existam várias pessoas a concordar que há uma maior parecença da Joana com o Vasco, acho-a com feições diferentes das deles.
É a mais chorona dos meus filhos, mas isso não é dizer muito porque a Alice não chorava praticamente nada e o Vasco também o fazia pouco. Parece ser a que come mais e por isso tens umas bochechas giraças. Mama de quatro em quatro horas durante o dia, mas as noites têm sido mais instáveis, provando-se aquela máxima famosa do "quanto mais dorme, mais quer dormir". Tem feito algumas noites com intervalos de seis horas e algumas noites a chorar desalmadamente... Somos nós que estamos efectivamente mais velhos e temos menos resistência para choros nocturnos. Com a Joana já fizemos o que nunca foi feito com os outros dois: incapazes de a sossegar, puxámo-la para a nossa cama e tentámos dormir assim. É a idade, dirão uns; o cansaço, dirão outros; a sapiência e confiança da experiência, o acreditar que não vamos fazer nenhum disparate e fazer dela uma bebé cheia de manhas, poderá ainda afirmar alguém. Será um pouco de tudo isso, acredito eu.
Ser mãe de terceira viagem é ser ainda mais descontraída. Digo "ainda mais" porque cá em casa sempre o fomos muito (ainda por cima com uma primeira filha angelical e uma irmã enfermeira-de-bebés para nos ensinar tudo o que sabe)... mas claro que agora já não damos grandes hipóteses a algumas dúvidas mais comuns. Por exemplo, quando ela chora sem conseguir acalmar-se, encolhe-se com mais facilidade os ombros e admite-se a incapacidade parental para fazer parar o choro em todas as ocasiões. Não se alinha facilmente em "será que comeu o suficiente? será o meu leite bom?"... simplesmente, pensa-se que um bebé chora, por stress, excitação, cansaço, desgaste, manhozice, necessidade de contacto ou miminho... acontece, o choro é uma forma de comunicação e, encontrando-se as suas necessidades básicas satisfeitas, é melhor admitir que um bebé chora e tem o direito de chorar...
Em resumo... nesta casa onde passei a cortar quarenta unhas por semana (oitenta de quinze em quinze dias, noventa de longe em longe, quando lhes somo as das patas dianteiras da Fera), tudo vai correndo... apaixonadamente bem...
Rita

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