segunda-feira, agosto 23, 2010

Papéis e papelinhos

Não percebo.
No hospital, uma médica credenciada passa uma declaração, vulgo atestado, para ficarmos em casa com um filho doente. Dos tantos dias aos tantos dias, obviamente.
Do serviço mandam-nos fazer uma declaração - e como temos três dias para entregar o atestado, calculo que o prazo seja o mesmo para a dita declaração, pressupondo por isso que temos de a fazer em casa, onde estamos, com o filho doente - a dizer que somos a única pessoa ou a pessoa adequada a acompanhar o filho.
Por fim, como se o segundo passo não fosse já suficientemente ridículo, quando voltamos para o trabalho, no final do período que a médica nos estipulou - a nós, devidamente identificados através da apresentação do BI aquando da passagem do atestado - temos de fazer a chamada "apresentação ao serviço", um documento onde dizemos que voltámos.
Não percebo.
E pior, recuso-me a perceber a dinâmica da burocracia, desta troca de papéis e papelinhos... num mundo onde se continua a burocratizar demasiado, a falar - mas só a falar - que os sistemas deviam estar informatizados, que gastamos muito papel, que as florestas estão a arder desenfreadamente...
Rita

3 comentários:

rutinha disse...

tudo à boa maneira portuguesa...

Anónimo disse...

minha querida então se não fossem esses papelinhos todos as pessoas que os leêm, despacham, e arquivam não tinham emprego! não é? ;)
tou de volta :(
Parabéns super atrsados para a A.
Beijinhos
D

PomPix disse...

Se o governo apostar na informatização dos serviços, o desemprego aumenta, e aí a malta volta a queixar-se novamente, é um ciclo vicioso XD Mas sim, as burocracias empatam e os pedidos/ entregas de papéis são uma chatice.