Quando o Kaos tinha dois meses e se juntou à família, a Fera já era adulta, com lugar conquistado. Uma adulta que nunca tinha convivido com irmãos de ninhada e que o único bicho com quem convivia era o primo Pilas.
O Kaos, com dois meses, era um cachorro com o dobro do tamanho da Fera e, claro, com uma forma de agir que em nada se assemelha à postura dos felinos.
Resultado: a Fera nunca suportou aquele bicho peludo enorme, de patas gigantescas, de boca sempre aberta pronta a devorar qualquer pedaço de comida que se lhe dê (e sem cheirar primeiro, veja-se bem!) e, ainda por cima, constantemente agitado.
O Kaos, por outro lado, sempre lhe votou uns olhos de adoração, e principalmente de submissão... afinal, os bichos também não se medem aos palmos e a idade ainda é um posto de respeito...
Em casa, estão sempre perto um do outro, a controlarem os movimentos mútuos... mas ela rosna-lhe incessantemente e não perde a oportunidade para lhe demonstrar o quanto lhe enraivecem as tentativas de aproximação dele.
Na rua, e desde que a Fera tem passeado mais, vão conseguindo uma estranha relação, feita da partilha forçada de território.
Enfim, já lá vão os tempos em que eu achava que conseguiria um dia tirar uma foto de Natal com todos nós reunidos, pai, mãe, filha-menina e filhos-bichos. Mas, de longe em longe, lá se consegue uma fotografia dos dois juntos...
Rita
2 comentários:
hehehhe!
bem, o kaos continua a olhar embevecido para ela e ela com ar de poucos amigos...é impressão minha, ou nesta foto a fera parece ter uma aurela de anjo por cima da cabeça? bjs e obrgdo pela força, sim?
Enviar um comentário