Há muitos anos atrás, eramos nós raparigas dos arrabaldes, vinhamos para os Santos com a Tina, a Catarina, a Prima Ana, a Sónia-Minha-Mana-Duracell.
Era bastante divertido. Dávamos umas voltas para estacionar o carro e aterrávamos num qualquer bailarico onde comíamos umas sardinhas, bebíamos umas sangrias e dançávamos música pimba até nos aprouver.
Depois de vir morar para Lisboa, passamos a ausentar-nos para aproveitar os feriados em terras alentejanas. Recordo-me de um ano ter de estar de serviço e de ser chamada precisamente quando tínhamos acabado de começar a comer umas sardinhas com os vizinhos do lado.
Há dois anos os Santos foram memoráveis porque fui voluntária num arraial imenso da escola e quando este terminou fui por Lisboa afora comemorar até o Sol nascer com um bando de amigos novos e fixes. Acho que foi a partir daí que decidi abraçar o St. António neste meu bairro e aproveitar até ao tutano.
Com a Alice na marcha da escola (tema para futuro post), tornou-se ainda melhor, ganhou nova dimensão, sempre na companhia de bons amigos.
No ano passado, o arraial foi no nosso páteo, uma coisa combinada à pressão com os vizinhos de cima e família. Foi tão agradável que decidimos continuá-lo no dia seguinte. E repetir este ano.
De maneira que tudo se apronta: o páteo já tem mesa posta e decoração a rigor, e a filha descansa um bocadinho a jogar antes de ir descer a Avenida. E eu daqui a nada vou sardinhar um bocado nas traseiras e santo antonar pela freguesia no intervalo de refeições da mais nova.
Rita
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