Hoje, pouco tempo antes do Vasco conseguir pôr, pela primeira vez, um cubo pequeno dentro de um cubo grande, inaugurámos as nossas reuniões familiariares.
A ideia foi do Brazelton, confesso. Ele é que disse que Quando as crianças atingem os quatro anos de idade, é altura de começar a ter reuniões familiares regularmente. (...) Todos se sentam juntos. A ideia é levar a criança a sentir que é um membro estimado da família, com responsabilidades claras, de que se pode orgulhar.* E nós, seguindo o conselho um "guru" cá de casa, lá o fizemos. Com direito à escrita dos pontos principais e tudo.
Nesta reunião, mantida sob o desatento olhar do Vasco, que jantava (ou melhor, que pouco jantava), conversámos sobre actividades, tarefas e regras de doces. As ideias dela ainda foram poucas e as do pai nenhumas, mas acho que com o tempo nos habituaremos a melhorar estes momentos.
As conclusões, como todas as conclusões, foram importantes. Definiu-se que, a juntar às tarefas que já tem (tirar e arrumar os seus sapatos e casacos quando chega a casa, colocar uma toalha separadora na mesa quando vai lanchar, por exemplo), a Alice vai passar a despir sempre a sua roupa e a vestir o pijama, bem como a ajudar por vezes a pôr a mesa. Ao pequeno-almoço vai comer Chocapic "só" às 2as, 4as, 5as, 6as e sábados, bebendo leite e comendo pão às 3as e domingos. Pode pedir doces dia sim dia não, apesar de não significar que os pais lhos dêm (só diminuir os pedidos já é bom, isto anda um exagero!). Da parte dos pais houve a promessa de brincar mais vezes com as Barbies, às escondidas, à plasticina e um pedido para que se guardasse um dia para desenhos, trabalhos e exercícios.
Tudo registado em "acta" para o futuro.
Rita
*T. Berry Brazelton e Joshua D. Sparrow, "A criança dos 3 aos 6 anos"
5 comentários:
bem estou a ver que tenho de ir comprar um livro desses, desconhecia esse tipo de reuniões...mas depois vem cá contar como está a resultar em termos práticos!:) imagino a A. deve-se ter sentido uma crescida!
Rutinha
O Dr. Terry Brazelton é o pai da pediatria moderna. Tem vários livros que explicam aos cuidadores a criança numa prespectiva desenvolvimental. Para a idade do teu pimpolho é "O grande livro da criança, dos 0 aos 3 anos", mas há outros que falam sempre numa vertente de desenvolvimento social e relacional. Percebes?
Eu gosto muito...
Beijinhos da Ana Cristina
E se quiseres umas dicas estás à vontade.
Achei graça às reuniões familiares, uma coisa que lá em casa se fazia frequentemente, mas sem direito a actas e acordos formais.
E coitada da Alice, que só vai comer 5 dias por semana os seus chocapic... tenho tanta pena dela...
eheheh
Ana Cristina
Sim Cristina, é verdade que lá em casa também se faziam as ditas reuniõers, mas sem ser de forma tão estruturada.
Uma coisa que percebi desde logo, ao escrever as resoluções, foi o interesse crescente da Alice pela escrita. É sempre positivo e semelhante à forma de estar na escola, o que penso que vem a dar muitos frutos. Hoje lembrava-se perfeitamente do que era um dia "não" (de não pedir doces)e do pequeno-almoço que vai comer amanhã. E, de certa forma, a escrita vincula as pessoas a um compromisso... há dúvidas?! Vai-se ao papel, ver o que ficou escrito...
Em resumo: esperam-se grandes feito, eheheheh!
Rita
Nós tb já fizémos, mas em casos de necessidade. Talvex n seja mal pensado ter uma periodicidade... vou pensar nisso. Bjs
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