Hoje, pouco tempo antes do Vasco conseguir pôr, pela primeira vez, um cubo pequeno dentro de um cubo grande, inaugurámos as nossas reuniões familiariares.
A ideia foi do Brazelton, confesso. Ele é que disse que Quando as crianças atingem os quatro anos de idade, é altura de começar a ter reuniões familiares regularmente. (...) Todos se sentam juntos. A ideia é levar a criança a sentir que é um membro estimado da família, com responsabilidades claras, de que se pode orgulhar.* E nós, seguindo o conselho um "guru" cá de casa, lá o fizemos. Com direito à escrita dos pontos principais e tudo.
Nesta reunião, mantida sob o desatento olhar do Vasco, que jantava (ou melhor, que pouco jantava), conversámos sobre actividades, tarefas e regras de doces. As ideias dela ainda foram poucas e as do pai nenhumas, mas acho que com o tempo nos habituaremos a melhorar estes momentos.
As conclusões, como todas as conclusões, foram importantes. Definiu-se que, a juntar às tarefas que já tem (tirar e arrumar os seus sapatos e casacos quando chega a casa, colocar uma toalha separadora na mesa quando vai lanchar, por exemplo), a Alice vai passar a despir sempre a sua roupa e a vestir o pijama, bem como a ajudar por vezes a pôr a mesa. Ao pequeno-almoço vai comer Chocapic "só" às 2as, 4as, 5as, 6as e sábados, bebendo leite e comendo pão às 3as e domingos. Pode pedir doces dia sim dia não, apesar de não significar que os pais lhos dêm (só diminuir os pedidos já é bom, isto anda um exagero!). Da parte dos pais houve a promessa de brincar mais vezes com as Barbies, às escondidas, à plasticina e um pedido para que se guardasse um dia para desenhos, trabalhos e exercícios.
Tudo registado em "acta" para o futuro.
Rita
*T. Berry Brazelton e Joshua D. Sparrow, "A criança dos 3 aos 6 anos"