terça-feira, junho 26, 2007

Dilemas de sempre, para sempre

A minha querida amiga Dê (cliente assídua neste blogue, embora um pouco distante nos últimos tempos... ouviste?!) anda há mais tempo do que eu nestas andanças da maternidade. Falamos frequentemente das dúvidas, experiências, trocamos novos desenvolvimentos e rimo-nos das diversas histórias... e, de vez em quando também nos comovemos...
Acho que talvez nunca lhe tenha dito, mas com ela aprendo muito, já há muito tempo. Como aprendo com as amigas que são mães mais recentes ou com as que nem o são, claro... Venho para casa muitas vezes a pensar no que me contaram, nos seus dilemas que se transformam ou provavelmente transformarão nos meus... E fico por vezes com coisas para lhes dizer...
Dê, és uma excelente mãe e espero que não o questiones frequentemente. Porque ser uma boa mãe não é não ter medos... de mandar os filhos à praia com a escola, de os deixar ir de férias com os avós, de que lhes aconteça algo... medo dos riscos que correm, que correrão sempre... Ser boa mãe, acho eu, é tentar minorar os perigos ao máximo... mas deixá-los voar... saber que, quanto mais preparados, melhor será um dia a sua opção nas várias escolhas que terão de tomar... E assim, ser uma boa mãe é como tu és, ir trabalhar com a ruga na testa, mas enfrentar a preocupação e aprender a viver com ela...
Por isso é que me lembrei do Nemo... «Porque se não deixares que lhe aconteça nada, aí é que não vai mesmo acontecer-lhe nada...!»
Rita

5 comentários:

Elsa Serra disse...

É bem verdade!!!!! mas quando eles são pequeninos a ruga na testa ainda é só uma, agora quando têm 15 anos as rugas na testa também crescem...mas sempre deixando-os voar para que lhes aconteça a vida...e eu que ainda tenho a Bi com 7 anos que está muito debaixo da minha asa,(ainda descanso...) mas o mais velho está mesmo mesmo muito grande e o voo é mais alto...é respirar fundo e deixá-lo ir...sempre com a minha asa bem atenta :)

Elsa Serra disse...

Ah!!! mas não esquecendo que os filhotes nos fazem mães cada vez mais tranquilas...porque não são só eles/elas que crescem, nós também crescemos como mães e isso é que é delicioso...esta caminhada lado a lado...

Anónimo disse...

Tás a ver?Tás a ver?Agora deixaste a Dê com a lágrima no canto do olho e a gastar os meus lenços de papel!!!!!Bandida!!!
Agora a sério,embora não sendo mãe,acho que já posso opinar (um bocadinho)sobre o que é a melhor educação para uma criança(se é k há melhor ou pior...)
O que é certo é k tal como dizes devemos deixa-los voar (mas sempre atentos,é claro)
È importante que as crianças sintam que têm o seu espaço, o seu mundo....acho que só assim despoletamos a "criatividade"que há dentro delas(e as crianças são tão ricas!),além de que se incute sentido de responsabilidade (importante no futuro!)
Os medos que as mães sentem são naturais(dentro do espírito protector que cabe-ou deveria caber- a cada mãe). Os medos e protecções excessivos é que podem tornar-se "castradores" não só para os filhos, mas sobretudo para as mães (atenção que quando falo em mães, também me quero referir aos pais,cada vez mais importantes nos dias que correm!). Três,dois,um....vá,respirem fundo e deixem-nos voar um bocadinho!!!!!!!!!
E Dê, sim, és boa mãe...havia dúvidas???????E isto aplica-se tb a ti Rita!Com estas duas caras alegres,não há filho que resista;)

Anónimo disse...

Rita és uma amiga muito especial!!! obrigada por tudo, pelo carinho, pela atenção e pelas palavras sempre sensatas e reconfortantes que me fazem sempre ver o lado bom das coisas.
Hoje deixei o Tiago voar até ao Portugal dos Pequeninos!!!! e pra semana ele e a Laura começam com as idas até à praia... Claro que tou com o coração apertadito mas depois penso na alegria e na euforia deles e pronto!!! Vou apaziguando os meus medos...
Beijos
D

Anónimo disse...

Rita,desculpa a nova "intromissão" no teu blog,só para acrescentar uma coisa,(que não tem directamente a ver com akilo que estamos a falar,mas que indirectamente tb serve):
Terrível medo causa-me as "andanças" deste mundo....para não falar das guerras estúpidas que se fazem...mas sobretudo (e já que estamos no tema das crianças)na exploração,abandono e abuso de crianças que nunca pediram para vir ao mundo(e tu sabes do k falo...)
de pais ausentes, abusadores e déspotas que nunca souberam o que é ter um filho (nem o mereciam),muito menos como educá-lo!!!
Ontem vi um programa de dois pais e 4 filhos que fizeram as malas e partiram à descoberta "deste" mundo,e sabes o k me impressionou?Foi ouvir um dos filhos (com apenas 12 anos) dizer que o k mais gostou foi fazer voluntariado com crianças abandonadas na India e no cambodja!
A certa altura,perguntavam-lhe o k mais tinha gostado nesse voluntariado e sabes o k disse?
O sorriso,sim, o sorriso de crianças que nada mais têm para dar...o sorriso de crianças abandonadas à sua sorte e que mesmo assim não perderam a esperança de um mundo melhor!!!
Isso leva-me a pensar que é precisamente nestas crianças que temos de acreditar e levar como exemplo, crianças como esta de 12 anos, que já se apercebeu de coisas que muitos adultos nem questionam (de tão "encerrados" que ficam no seu mundinho pequeno,tacanho e egoísta), crianças pobres que trazem sempre um sorriso para oferecer, e que não esperam nada em troca...
Destes exemplos devemos fazer uma bandeira...por isso já fui voluntária (experiência que quero repetir!)
Embora não sendo mãe(tal como já disse), se um dia for, é destes exemplos que quero transmitir aos meus filhos!
Que sirva de exemplo para todos nós!!!!