quarta-feira, maio 29, 2013

A minha Nanda

Hoje, foi-se mais uma das minhas pessoas. Família de coração, daquelas pessoas que estão e estiveram sempre lá, que recordaremos sempre e que fizeram de nós o que somos.
A Nanda Mãe era, numa daquelas brincadeiras muito nossas que não deixam de ser verdade, a minha "avó postiça", a única que eu na minha infância tive sempre a dois passos de casa, uma vez que as outras estavam em Viana do Castelo, tão longe... Com ela eu tive direito a outras pessoas que também preencheram a minha vida... e a muita aprendizagem e convívio felino, que naquela casa sempre imperaram muitos gatos... aliás, foi pelas mãos dela que a Fera, a minha primeira filha, chegou à minha família... com ela tive direito a um armário mágico cheio de livros e brinquedos... à água bebida em copinhos de licor... a ouvir falar interminavelmente durante as telenovelas... a saber o que era um presente na altura em que mo era dado e sem que tivesse tido tempo de o desembrulhar... a uma voz muito rouca sempre pronta a disparatar, mas também a rir muito... nos últimos anos, a telefonemas em todos os dias de aniversário meu e dos meus filhos... a sensação de disponibilidade, sempre muita e toda para mim...
A minha Nanda Mãe partiu hoje. E, sendo óbvio que ninguém dura para sempre e que, depois do que não se dura, perdura tudo o que se viveu e construiu, a verdade é que eu estou triste e a minha família ficou bem mais pobre...
Rita

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