Quem estes lados tem visitado já reparou que o ArRanhanoTrapo passa por mais uma fase de pouca actividade.
É verdade. Continuamos a adorar este projecto de fazermos algo em conjunto, de escrever para nós e para quem nos visita, de deixar opiniões, ideias ou mesmo relatos das vidas privadas (desde que não sejam muito privados, claro). Mantemos a ideia de desenvolvermos a nossa criatividade através da nossa assinatura Oficinas RANHA, e temos a certeza que em breve estaremos de volta com as nossas peças.
E não pense quem aqui vem que andamos apenas a pensar em férias. Estamos é muito mais embrenhadas na actividade social, e posso dizer que, pela minha parte, a personalidade reivindicativa que sempre foi uma das minhas características pessoais tem tido muitas razões para se desenvolver.
Como sabem a instituição onde exerço há mais de 12 anos está a passar por um processo de encerramento. Já aqui manifestei a minha opinião e ela não se tem alterado com os argumentos de reestruturação dos cuidados de saúde, com a existência de um bom conjunto de maternidades na região de Lisboa, incluindo as privadas, ou a necessidade de cumprimento dos acordos com os parceiros privados de prestação de cuidados de saúde (como é o caso no novo Hospital de Loures ou o de Cascais)
Dentro da MAC sente-se um desânimo muito grande e alguma revolta. Pensar que serviços como o meu vão abaixo depois de obras estruturais profundas com apenas 4 anos e serão "transferidos" para serviços que vão ainda ser remodelados é realmente decepcionante.
Mas pensar ainda que um serviço tão específico como a Neonatologia, onde se prestam cuidados a 42 bebés vai ser desfeito e, em troca, vão aumentar em 8 ou 12 (ainda ninguém sabe bem) o número de vagas da Neonatologia do Hospital da Estefânia (e que actualmente tem 16) para cumprir com os cuidados necessários à nossa população é em primeira linha muito preocupante.
A minha primeira dúvida é muito simples. Para onde vão as 30 vagas de internamento para recém-nascidos com necessidades especiais que sobram? Mas tenho mais, muitas mais... Mas ninguém se preocupe, ninguém vai deixar de ser atendido... dizem os nossos governantes.