segunda-feira, abril 30, 2012

Mais sobre o "Não ao encerramento da MAC"

Ao que parece as declarações oficiais têm vindo a alterar-se acerca do eminente fecho da Maternidade Dr. Alfredo da Costa. No princípio trabalhávamos até ao final do mês (hoje seria o último dia), depois considerou-se que até ao fim do ano encerraríamos e agora será até ao final da legislatura. E mais, entre a chamada de retrógradas e obsoletas a quem se manifestou contra o encerramento da maior maternidade do país, às afirmações que a MAC encerra até 2015 e passando pelo anúncio de falta de verba para fazer obras no telhado, aparentemente o que parece ser uma luta apenas dos profissionais está a tomar contornos de símbolo nacional. 
A verdade é que a MAC é um símbolo nacional. Não é só o seu edifício com aquela estátua sugestiva e localização privilegiada ou que tanta gente tem afirmado como o local onde tantos nasceram que é uma ameaça. O fecho da MAC apresenta hoje contornos de exemplo do futuro do Serviço Nacional de Saúde. O seu encerramento representa que, em seguida, muitas outras instituições poderão também ser dispensadas.
A minha perspectiva continua a ser a defesa da manutenção desta instituição enquanto não houver condições para que os mesmos cuidados, ou melhores, sejam prestados em local público, “tendencialmente” gratuitos, e por funcionários públicos. Por isso temo-nos manifestado na rua e continuaremos a chamar a atenção para a causa “Não ao encerramento da MAC”.
E temos tido o apoio de várias figuras públicas de vários quadrantes políticos, mas falta agora o debate público em assembleia da república com as posições oficiais de todos os partidos políticos representativos.
Mas o ambiente que lá se vive é difícil. Proliferam a revolta por se ter investido nos últimos anos na nossa instituição, as declarações de receio pelo futuro mas também o medo de opinar à comunicação social. E, pior de tudo, começam a faltar condições de trabalho. Agora, além da redução efectiva de profissionais auxiliares (agora denominados de assistentes operacionais) que estão a ver renovados os seus contractos com a empresa prestadora de serviços ao mês, com a insegurança que acarreta, e a saída sem substituição de colegas enfermeiros a quem não foi renovada a sua contratação no final do ano passado falta-nos agora material como seringas, luvas e até fraldas. Só para que percebam, os pais uns bebés “nossos” ofereceram ao serviço 11 pacotes de fraldas para bebés com menos de 1500 gramas porque estávamos na eminências de colocar fraldas para bebés com mais de 2000 gramas a bebés com pouco mais de um kilo.
Agora só falta evocar que temos de fechar porque não temos material…
Ana Cristina

sexta-feira, abril 27, 2012

Chapéu de chuva personalizado


Aproveito as fotografias do 25 de Abril para mostrar a prenda espectacular que os filhotes me ofereceram pelo meu aniversário em Dezembro. Foi feito com a ajuda da Tia Cristina e só em Abril o pude estrear... deve ser mesmo verdade que desde que os homens foram à Lua, o tempo está todo diferente...
Rita

quarta-feira, abril 25, 2012

segunda-feira, abril 16, 2012

GAP

Podia ser aquela marca famosa que têm a mania arrogante de se nomear nas próprias camisolas que faz... mas não... alguém resolveu dar o mesmo nome a uma aula de... de... de exercício físico...
Não sei se a ideia era a de fazer com que o pessoal fosse ao engano... talvez pensassem que era alguma campanha do ginásio, que alguém lá ia estar a dar camisolas... porque venhamos e convenhamos, Glúteos Abdominais e Pernas estava aparentemente mais para aula de anatomia numa qualquer faculdade de medicina do que para treino de ginásio...
Apesar de tudo, há quem vá. Como eu, a quem deu na venetta (?) aproveitar o tempo que passo no ginásio à espera da Alice e ir ginasticar... e, para comemorar alguns meses - vá, anos - sem fazer qualquer exercício físico, comecei por GAP...
Resultado: quando a Alice me quis dar a mão para descermos as escadas juntas, eu fiz a triste figura de lhe dizer que era melhor agarrar-me ao corrimão porque as pernas me poderiam falhar... e não é que dois degraus abaixo desta conversa me ia estampando mesmo...?! Estive quase a pedir à miúda de seis anos para me levar a casa...
Posto isto, questiono-me como é que amanhã vou conseguir conduzir até à casa do meu colega para o apanhar e irmos até Mafra...
Rita

sexta-feira, abril 13, 2012

Uma semana complicada

Onde se trabalhou muito num serviço a abarrotar, apesar de alguém andar a dizer por aí que trabalhamos pouco, mas onde se vive um clima de muita ansiedade e angústia. Foi também uma semana onde o espírito colectivo se sentiu, e a noção de somos um colectivo.
Este é um post muito curto, só a lembrar que a luta continua e novas iniciativas se perfilham na defesa da Maternidade Dr. Alfredo da Costa. A próxima é no domingo "Uma flor pela MAC", onde se vai construir o logotipo da intituição em flores a partir das 15 horas.
Prepara-se também a MARCHA LENTA A CAMINHO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, no dia 19, às 18.30. Mas depois dou mais notícias, agora vou dormir, depois de três noitadas de trabalho amanhã entro às 8 da manhã.
Ana Cristina

terça-feira, abril 10, 2012

Não ao encerramento da MAC





Nós estivemos lá. Os quatro cá de casa, mais os dois da casa da Cristina, mais os dois da casa dos nossos pais. Mais não sei quantos que ali trabalham ou trabalharam ou gostariam de vir a trabalhar. Mais não sei quantos que lá nasceram. Mais não sei quantos que já lá tiveram filhos. Mais não sei quantos que não têm ali familiares, nem vínculo afectivo, nem qualquer relação, mas que vivem esta tão famosa crise diariamente e que ali viram os seus dinheiros gastos nas grandes obras realizadas. Mais não sei quantos que gostariam de saber os planos para todos os que ali trabalham ou para a futura utilização daqueles tão preciosos metros quadrados no centro de Lisboa. Mais não sei quantos que sabem que ali se faz nascer... e viver... e sobreviver.


Rita

domingo, abril 08, 2012

Maternidade Dr. ALfredo da Costa

Já devem ter ouvido falar que a Maternidade Alfredo da Costa irá fechar como instituição de saúde.
Talvez também já tenham percebido que nós, profissionais que lá trabalhamos, fomos apanhados de surpresa com o seu anuncio, que, apesar de não ser uma completa novidade (fala-se no assunto há pelo menos 20anos) se efectivou de repente e após uma anexação legal a outros hospital de Lisboa.
Desta forma, de repente, eu como profissional, e todos nós como utentes do Serviço Nacional de Saúde estaremos privados de uma Instituição que nos últimos 8-10 anos investiu muito dinheiro na remodelação e modernização das suas instalações e que apresenta actualmente taxas de ocupação maiores que qualquer outro serviço das mesmas áreas de trabalho da região de Lisboa. Não serão esses concerteza os argumentos para o seu encerramento, como o são para os encerramentos vários dos serviços de maternidade espalhados pelo país. Também não será desculpa dizer que o novo hospital nos tirará utentes, porque se esse fosse o argumento seria necessário justificar o seu investimento numa área de funções que já cobria os cuidados à população da sua área de residencia, em período de contensão de despesas.
Não me opondo, de forma nenhuma à restruturação de serviços e ao fecho de alguns deles mas gostava muito de obter respostas acerca do fecho de toda a instituição MAC. E gostava de mostrar o meu desagrado pela forma totalitária como esta decisão estará a ser tomada.

Se vocês estiverem de acordo, convido-vos desde já a participar no "abraço à MAC", uma iniciativa de formação de um cordão humano, na terça-feira, dia 10 de Abril, às 19.30. Eu em princípio estou lá dentro, porque estou de serviço, mas espero que muita gente se una neste abraço conjunto a uma causa. O saber porquê, quais as soluções, o que vão fazer do edifício, dos profissonais e como se irão prestar cuidados a todos os utentes que a MAC, sozinha, presta.

Ana Cristina

quinta-feira, abril 05, 2012

Depois das noticias na TV...

... ainda pensei telefonar para lá a perguntar se devo ir fazer a tarde, mas no telejornal dizem que até ao fim do mês a MAC estará aberta.
Vai ser um turno lindo vai... AnaCristina