Agarrámos em nós, na avó e nos sacos de papel com os restos de pão duro que cá haviam, e rumámos até à Gulbenkian para acabar de convalescer a Alice e a indisposição que lhe deu uma febrita e uns vómitos nos dias anteriores.
A Gulbenkian traz-me boas recordações e é um local onde me sinto bem. Ela também gosta. Os patos e pássaros que por lá andam têm uma desfaçatez tal que só saltam uns ligeiros metros quando os miúdos os tentam fazer voar. Chegam a comer da nossa mão estendida. Ela partilhou o pão que levava com três irmãs e imitou-as nas suas brincadeiras. Conversámos ainda sobre quem tinha sido o Calouste Gulbenkian, experimentámos os toldos e almofadas que por lá andavam e tentámos as duas cafetarias, que, para quem queria saber com antecedência e poupar a travessia de todo o jardim, fecham precisamente à mesma hora, às 17H30.
O Vasco também gostou dos degraus, que lhe permitiram uma boa e tremida soneca.
Foram bons momentos, embora que curtos.
A raivinha ficou para o parque de estacionamento Berna que tem um elevador que não leva as pessoas até à superfície. Claro. Porque os cidadãos com deficiência ou necessidade especial de locomoção deste país, bem como os pais com carrinhos de bebé, só precisam de viajar por entre os vários andares do parque, não precisam de subir ou descer os três lances de degraus até à rua...
Rita