Acho que quem nos lê já percebeu que eu e a Rita somos duas irmãs, daquelas compatíveis o quanto baste e que se dão muito bem. Foi quase sempre assim mas nos primeiros anos a nossa relação era bem mais insegura em que a Rita fazia muitas vezes o papel de miúda chata, e um bocado birrenta e eu, por outro lado, devia representar na perfeição a cena da irmã injustiçada e embirrante. Claro que era a possível entre irmãs com vários anos de diferença e em estádios de desenvolvimento diferentes
Ela deu-me a volta, quando tinha três anos. Foi o entusiasmo com que me recebeu quando cheguei de férias, e o quanto chorou quando tornei a ir de férias no mesmo verão. Nesse momento, se não fosse o compromisso e a viagem marcada teria desistido de viajar na hora. Aquela menina pequenina, abraçada a mim, a chorar e a dizer "ó Cristina... não vás..." fez-me sentir tão desejada que nunca mais me esqueci. Nas férias comprei-lhe um boneco e voltei cheia de amor fraternal. Passei a valorizar o facto de ser a irmã mais velha e o exemplo; uma "quase mãe", como dizia o tio António. Fui eu que cedi quando ela pediu para eu não mudar de quarto e continuarmos com as camas bem encostadinhas durante a noite, e conclui que tanto eu como ela gostávamos de dar as mãos nas noites mal dormidas. Foi com orgulho que a levei à escola na primeira semana de aulas, e era voluntariamente que a levava a reboque quando ia ter com os meus amigos na altura da adolescência. Toda a gente sabia que eu tinha uma irmã, e toda a gente a conhecia. Toda a gente sabia das suas proezas e conquistas.
O mesmo acontecia com os amigos dela, e alguns, com o tempo também se tornaram meus amigos.
Tenho imenso orgulho da mulher que ela se tornou, e, qual "quase mãe", acredito que também eu tive um papel no seu desenvolvimento. E não tenho qualquer dúvida que eu sou fruto também da relação que tive e tenho com ela.
Este post é pra ela.
A ti, MQ, espero que tenhas passado um bom dia. Amo-te muito.
Ela deu-me a volta, quando tinha três anos. Foi o entusiasmo com que me recebeu quando cheguei de férias, e o quanto chorou quando tornei a ir de férias no mesmo verão. Nesse momento, se não fosse o compromisso e a viagem marcada teria desistido de viajar na hora. Aquela menina pequenina, abraçada a mim, a chorar e a dizer "ó Cristina... não vás..." fez-me sentir tão desejada que nunca mais me esqueci. Nas férias comprei-lhe um boneco e voltei cheia de amor fraternal. Passei a valorizar o facto de ser a irmã mais velha e o exemplo; uma "quase mãe", como dizia o tio António. Fui eu que cedi quando ela pediu para eu não mudar de quarto e continuarmos com as camas bem encostadinhas durante a noite, e conclui que tanto eu como ela gostávamos de dar as mãos nas noites mal dormidas. Foi com orgulho que a levei à escola na primeira semana de aulas, e era voluntariamente que a levava a reboque quando ia ter com os meus amigos na altura da adolescência. Toda a gente sabia que eu tinha uma irmã, e toda a gente a conhecia. Toda a gente sabia das suas proezas e conquistas.
O mesmo acontecia com os amigos dela, e alguns, com o tempo também se tornaram meus amigos.
Tenho imenso orgulho da mulher que ela se tornou, e, qual "quase mãe", acredito que também eu tive um papel no seu desenvolvimento. E não tenho qualquer dúvida que eu sou fruto também da relação que tive e tenho com ela.
Este post é pra ela.
A ti, MQ, espero que tenhas passado um bom dia. Amo-te muito.
Ana Cristina
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