Ao que parece, é o último dia da Semana do Babywearing. Acho muita piada ao termo, fico sempre com a ideia de que se trata de nos vestirmos com o nosso bebé... O que é algo que de facto se aproxima à realidade...!
Quando tivemos a Alice, pedimos um "canguru", daqueles clássicos das marcas mais populares, e foi com ele que contámos para a transportar. Mas quando nasceu o Vasco, aderi aos slings, de cuja existência tinha ficado a saber por blogs perdidos por esta internet fora. Com a Joana, para além do sling emprestado (e outro feito carinhosamente para mim), uma amiga arranjou-me um pano, daqueles feitos em tear, de padrão lindíssimo...
Eu confesso-me totalmente fã de babywearing... Mas claro que cada método tem vantagens e desvantagens.
Se os membros de um casal tiverem tamanhos muito diferentes (como acontece cá em casa) e só quiserem investir num método, o "canguru" poderá ser uma boa ideia. Contudo, têm de ter a noção que aquele de formato mais clássico (falo naquele que eu tinha, mas sei que agora existirão com certeza muitos mais modelos) poderá não dar para os primeiros meses e não se estender muito no tempo. Recordo-me ainda de, quando a Alice começou a ficar mais comprida, levarmos com os pés dela a baterem-nos nas pernas, o que era bastante incomodativo.
Gostei muito do sling e as suas grandes vantagens são, de facto, o podermos transportar o bebé logo desde recém-nascido e durante muito tempo da sua meninice. A Joana tem 03 anos e eu, de muito longe em longe, ainda levo o sling na mala, para ter a certeza que poderei carregá-la caso seja necessário. Já não o faço, porque ela adora andar e correr de um lado para o outro, mas poderia, em caso de necessidade (que pode surgir se ela estiver muito cansada e eu precisar das mãos livres). O sling também tem essa grande vantagem, a de poder colocar-se dentro de qualquer mala e andar sempre à mão. As maiores desvantagens que encontrei foi o facto de não ser de fácil adaptação (muitas amigas nunca chegaram a gostar e contavam que os bebés também não - já eu, como desejava muito usar, adaptei-me muito bem e tanto o Vasco como a Joana adoraram) e de fazer doer bastante um ombro quando o filhote já pesa e há necessidade de o carregar durante algum tempo. Os meus miúdos foram sempre peso-pluma, mas recordo que, na altura em que acompanhávamos a Alice a uma atividade, andar uma hora a carregar o Vasco de um ano e tal, não era fácil...
Por sua vez, o pano foi uma descoberta muito agradável por alturas da terceira filha, quando eu saltitava de um método para o outro de forma descontraída. Tem a desvantagem de ser mesmo muito grande e de as suas pontas arrastarem pelo chão quando o estava a pôr, depois de sair do carro... o que num chão molhado da chuva não parece muito boa ideia - eu gostava tanto do resultado que resolvi não me importar... O pano é muito confortável, principalmente porque faz o peso do bebé assentar por cima das costas no seu todo. Como nos enfaixamos bastante com ele, ficamos quentes, o que o torna num método excelente no Inverno, provavelmente não tanto no Verão. Em tempo muito frio, ainda dá para vestir um casaco por cima, o que não é tão fácil com o sling...
Que se desengane quem pense que só se recorre ao babywearing para transportar um filhote na rua... Em casa, quando ele parece queixar-se de cólicas ou, por algum motivo, não consegue sossegar-se, ou a mãe e o pai precisam de fazer algo enquanto o adormecem ou entretêm... é sempre uma boa solução...
Não sei se este post ajudará alguém a escolher um método de babywearing... mas, mais do que isso, talvez ajude pais e mães a perceber que "vestir um bebé" é ótimo, é aconchegante e caloroso, independentemente de como se o faça... tê-los encostados a nós é promover a união, a terapia pelo toque, o sentir, o amor.
Rita
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