O mês de Abril veio com más notícias para uma boa amiga. A maldita doença revelou-se num exame de rotina. E se ela e quem está com ela diariamente não dormiram até ao dia da cirurgia, eu posso dizer que também perdi o sono. A junção de recordações antigas relacionadas com as datas (o dia em que foi operada é um dia histórico para a família, o dia de aniversário da minha mãe, o próprio dia 25 de Abril que trás com as comemorações as recordações) com a preocupação com a sua saúde e a saúde dos meus pais, trouxeram a sensação mista que, por um lado a vida é demasiado curta, por outro lado de vez em quando é preciso fazer pausas para recuperar energias interiores.
Tudo junto teve o efeito de não ter efeito nenhum. O diário gráfico, projecto criativo que me tinha proposto para este ano, ficou descurado. Este blog, pra variar, também. A casa e uns projectos de organização ficaram em stand-by (que é o mesmo que dizer que tudo está um caos).
Então, ainda ontem, dei por mim a dizer à minha amiga que ela tinha de encarar de frente a situação que lhe aconteceu, enfrentar as propostas de tratamento e seguir em frente, coisa que ela sempre fez e que desta vez não será diferente. Depois, fui a casa dos pais e a minha mãe estava tranquila, a aproveitar a vida e a rir-se com as cenas dos netos. Hoje li os comentários no facebok acerca do post que a Rita escreveu sobre o seu aniversário e chorei. Chorei por ela. Chorei pelo meu pai. Chorei pela minha amiga. Chorei pela Rita. Chorei por mim própria.
Mas todos os choros têm um fim. E este fica por aqui. Com o final do mês.
Até amanhã.
Ana Cristina
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