Fico contente que o Carnaval seja nosso, algo que vemos como uma festa pela qual ansiamos antecipadamente e que gozamos entre nós (mãe, filhos e tia, que o pai não foi feito para estas coisas), que nos faça começar a pensar e a falar nas máscaras que vamos escolher a cada ano meses antes da data. E acho piada que se entreguem totalmente às minhas ideias e que por vezes já nem se preocupem em arranjá-las. E que uns tempos antes de começarmos a temporada, fiquem inseguros por não verem a máscara a desenvolver. E que, mesmo antes de saírem de casa, todos vestidos e pintalgados, tenham sorrisos de grande contentamento, satisfação, e digam que se acham bonitos [«Afinal estou muito bonita», disse ela... ao que eu respondi: «Pff, como se houvesse dúvida...» ]...
Este ano, para eles, foi assim:
D. Panqueca foi de Bambi, que sempre é mais romântico de dizer do que "cervo".
Máscara muito simples: camisola e leggigns castanhas, com acrescentos de barriga, bolinhas nas costas e rabinho. Maquilhagem a preceito. E, como pormenor, o desafio mais interessante da fantasia: as hastes. Muito mais simples do que parece... papel de alumínio (muito leve e moldável) a fazer o formato pretendido, revestido com fita adesiva de proteção de pintura, pinta-se e acrescenta-se umas orelhinhas de feltro. Segui dicas de vários blogs e o efeito resultante foi espetacular.
O Sr. Crepe foi de mergulhador.
Máscara também muito simples, que só vale pelos pormenores: camisola e leggings pretas, passa-montanhas também preto (Decathlon), óculos de mergulho. Sem maquilhagem, bom para aqueles miúdos que não gostam de pinturas (não é o caso de nenhum dos meus). Cinto de pesos feito com elástico e musgumi. Barbatanas ilusórias com elástico e musgumi primeiro, antes de se romper todo, e com feltro depois (muito melhor solução, aconselho). O desafio maior foram as botijas: duas garrafas de leite interligadas com fita adesiva, pintadas com tinta de spray cinzenta metalizada; um tubo de canalização com entrada e saída diferentes (comprado numa loja de chinês), a entrar e a sair pelas garrafas (que são de um material muito fácil de trabalhar), e cujas pontas foram aproveitadas, uma para colar uma tampa de frasco com uma impressão de medidor de oxigénio, outra para colar uma tetina descartável de biberon (que não resultou, descolou e ficou sem nada); tudo colado numa placa de cartão com duas tiras de tecido (que vinham a prender uma manta comprada no Natal) com velcro.
Miss Gofre tinha fatos de compra, cá por casa, da época em que eu não metia mãos à obra.
De forma que foi apalhaçar num dos dias. E em todos os outros preferiu ser um Capuchinho Vermelho, mas daqueles que atravessa a floresta de Ferrari vermelho e que acaba por caçar um lobo...
Rita
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