Talvez também já tenham percebido que nós, profissionais que lá trabalhamos, fomos apanhados de surpresa com o seu anuncio, que, apesar de não ser uma completa novidade (fala-se no assunto há pelo menos 20anos) se efectivou de repente e após uma anexação legal a outros hospital de Lisboa.
Desta forma, de repente, eu como profissional, e todos nós como utentes do Serviço Nacional de Saúde estaremos privados de uma Instituição que nos últimos 8-10 anos investiu muito dinheiro na remodelação e modernização das suas instalações e que apresenta actualmente taxas de ocupação maiores que qualquer outro serviço das mesmas áreas de trabalho da região de Lisboa. Não serão esses concerteza os argumentos para o seu encerramento, como o são para os encerramentos vários dos serviços de maternidade espalhados pelo país. Também não será desculpa dizer que o novo hospital nos tirará utentes, porque se esse fosse o argumento seria necessário justificar o seu investimento numa área de funções que já cobria os cuidados à população da sua área de residencia, em período de contensão de despesas.
Não me opondo, de forma nenhuma à restruturação de serviços e ao fecho de alguns deles mas gostava muito de obter respostas acerca do fecho de toda a instituição MAC. E gostava de mostrar o meu desagrado pela forma totalitária como esta decisão estará a ser tomada.
Se vocês estiverem de acordo, convido-vos desde já a participar no "abraço à MAC", uma iniciativa de formação de um cordão humano, na terça-feira, dia 10 de Abril, às 19.30. Eu em princípio estou lá dentro, porque estou de serviço, mas espero que muita gente se una neste abraço conjunto a uma causa. O saber porquê, quais as soluções, o que vão fazer do edifício, dos profissonais e como se irão prestar cuidados a todos os utentes que a MAC, sozinha, presta.
Ana Cristina
6 comentários:
Olá
Há coisas que são muito difíceis de entender, estive de férias e longe de quase tudo... ainda não percebi muito bem quem e porquê tomou uma decisão destas....
Este vai ser de certeza um tema de que vou falar... entretanto vou levar este teu post para um dos meus blogs
Jorge
Minha krida colega e restantes colegas...nesta hora em k as decisões já estão tomadas e nós ñ fomos tidos nem achados...resta-nos unir-nos e manisfestar a nossa indignação e deixar no ar a grande questão "e agora o k vai ser de nós TODOS?" sim pq nós ainda sabemos fazer contas e há uma que ñ tem solução "onde cabem TODOS os funcionários da MAC nos hospitais disponíveis, mas cheios de pessoal?".
Amanhã lá estaremos a lutar pelas respostas k ngm nos dá.
Bjs e se puderem...juntem-se a nós.
Como tu dizes, opiniões é coisa que nao falta. Nao consigo perceber esta decisão também, embora nao saiba se quero perceber. Acho sempre que na saude, como noutras áreas, precisávamos sim de humanizar os serviços e nao extingui-los. O problema e nao conseguirmos medir o custo de montar toda aquela experiência de raiz. Mas ainda nao inventamos um carimbo a dizer humanizar, nem outro a dizer experiência...
Bjs
Eu não tenho duvidas que estas decisões, como outras, têm como base os interesses pessoais de alguns, económicos de um grupo e, claro, são regidas por convicções políticas.
O fecho da MAC é um desses exemplos. Vem na linha de uma serie de decisões que têm como grande objectivo, servir os interesses económicos de quem tem já muito poder.
Obrigada pelos vossos comentários e ATENÇÃO, eu tinha escrito que o abraço era no dia 10 de Fevereiro, mas não, é já amanhã. Maldita PDI (se vêm isto ainda me colocam na mobilidade)
Ana Cristina
O Ministro a preparar-se para fechar a maior maternidade do País e enquanto isso o Enf. Germano Couto, Bastonário da Ordem dos Enfermeiros anda mas é em sessões fotográficas com os políticos. Que comece a trabalhar e se manifeste contra esta pouca vergonha que ainda há de levar mais Enfermeiros para o desemprego.
O Sr. Bastonério deve estar de acordo...
AC
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