quarta-feira, março 21, 2018

A navegar por brincadeiras

Por vezes encontro pessoas que dizem ler este canto, demonstram espanto por achar que faço imensas coisas com os meus miúdos e questionam o meu tempo e a minha paciência...
No entanto, a verdade é que, havendo projetos que são pensados e sonhados por mim durante muito tempo, outros há que nascem precisamente da falta de paciência. Eu explico.
Sempre gostei de brincar com crianças, desde muito cedo, no limiar em que deixei formalmente de ser uma deles. Mas recordo que por vezes não me apetecia as brincadeiras com bonecas e propunha coisas mais espalhafatosas. Os jogos de circo, por exemplo, em que eu lhes pegava, fazia rodopiar, inventava mil e uma cambalhotas e cabriolices - ainda hoje um sucesso, devo dizer...

Atualmente, com os meus filhos, isso continua a acontecer. O último foi um caso desses, de deslize de atividades, por assim dizer...

Joana adoentada. Não muito mal, só uma febre baixa a teimar aparecer todos os dias. As duas em casa. Uns bonequinhos de borracha que vêm numas embalagens pequenas, uma espécie de personagens de diferentes características que são zombies. A Joana a querer que eu brincasse com ela e com os ditos, vezes seguidas. À segunda, eu já farta dos mortinhos-vivos de borracha e àquelas brincadeiras nonsense a que os miúdos de quatro anos acham piada. 
E foi assim que surgiu a proposta. Fazer um barco com caixas de ovos. Ao que se acrescentou uma baleia azul sorridente.


O processo correu todo muito bem, apesar do resultado ainda não ter proporcionado tantas brincadeiras como eu gostaria. Ela empenhou-se e gostou. Os mais velhos, em particular o Vasco, também aprovaram o objeto final. 


Foi totalmente copiado de ideias a circular pela net. Não está mal, mas fica a ideia de melhoramento para um próximo barco.
Rita

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