quarta-feira, fevereiro 22, 2017

Um dia todo PLAY

Voltámos ao Play Fest no passado sábado. Logo pela manhã, para usufruir de uma experiência quase completa.

Os miúdos saíram de pijama de casa, como fazia parte da proposta lançada pelo festival, e adoraram, não só porque, tal como toda a gente sabe, é capaz de não haver roupagem mais confortável, mas também porque foi uma indumentária assumidíssima e não uma coisa meio às escondidas como quando se vai pôr lá fora o lixo e se faz um sorriso envergonhado ao vizinho encontrado nas escadas. Não, isto foi mais do estilo «é verdade, estou de pijama no meio da rua, em plena Lisboa, e é de propósito e olha tão giro que ele é!». Mesmo do alto dos seus 11 anos não muito altos, a Alice quando reparou que não haveria muitos mais miúdos como eles, ainda esboçou um comentário de estranheza, mas logo a seguir pareceu convencer-se que os outros é que saíam a perder e não ficou minimamente incomodada.

A experiência passou a seguir pelas panquecas, pequeninas, redondinhas e saborosas, sempre com cobertura de chocolate, comidas de várias formas e feitios, inclusivamente com a ajuda do cabelo, bochechas, mãos, casaco e mais a mãe deixasse se não se apercebesse. A única não apreciadora da coisa foi a Joana, mas já sabemos que é coisa para variar e no próximo ano ser a sua maior fã...

Dividimo-nos depois, pai e filhos crescidos para a sessão dos 6-9 anos, mãe e filha pequena (com birra descomunal provocada pela separação forçada dos dois irmãos, a levar todos os outros pais na sala a crer que talvez não tivessem feito bem na escolha dos lugares, até ao início do filme) para a sessão dos 3-6.


À tarde a coisa foi diferente. Mãe e filha crescida rumaram ao cine-concerto de Buster Keaton acompanhado musicalmente por Noiserv - David Santos, o que se revelou uma experiência única, por todo o tipo de motivos: a idade do filme (e a sua tremenda qualidade cinematográfica), o seu humor, a sua diferença, a música ao vivo ali, para nós... O S. Jorge, em toda a sua magnificiência (uma sala de cinema com 827 lugares é coisa rara e ainda me lembro de lá ir com a minha irmã, nas fases em que os filmes eram uma descoberta semanal), a receber tão bem este PLAY, que belos momentos lá passámos... 

No fim, um grande passeio a pé até à nossa colina, pelo caminho longo e turístico, hora e meia de conversa partilhada, entre paragem para fotos, para ver os artistas de rua, as lojas de artesanato, os edifícios que nos rodeiam nesta tão bela cidade em que vivemos.


Decisão de futuro, para as duas convencermos a restante família: mais passeios a pé por Lisboa precisam-se!
Rita

Nota: para quem não saiba, como era o meu caso, o S. Jorge tem atualmente lá dentro um café onde se está maravilhosamente, aberto todos os dias, com exceção dos domingos sem atividade cultural. 

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