segunda-feira, novembro 30, 2015

Fim-de-semanário gráfico

Foi no outro dia, numa reunião da escola, que me apercebi que o Vasco investia pouco no desenho. 
Para mim, desenhar é importante. É uma forma de expressão que acaba por passar despercebida e ser pouco incentivada num ensino essencialmente virado para a escrita e a matemática. 
Fiz então uma proposta: um fim-de-semanário gráfico. Ou seja, um desenho por fim-de-semana, sobre o que quisessem, o que tivessem feito, o que desejariam fazer. 

No sábado, o Vasco desenhou assim:


A sua paixão de há algum tempo: o futebol. Ele e o vizinho João no páteo, a jogar futebol. E depois eu perguntei: «E a arrecadação?». E apareceu. «Não percebo como está o tempo? Faz sol? Está a chover?» E apareceu o sol e as nuvens. «E o limoeiro?» E lá estava ele, uma árvore maravilhosa. «Talvez pudesses dizer o que é o desenho...». Pumbas, legenda.
Depois, como se tivesse adivinhado o futuro, foi jogar à bola com o João. 

No domingo, lembrou-se de desenhar novamente. Desta vez uma curiosidade recente: dinossauros. A ver no livro, mas mesmo assim, uns belos dinossauros. 


Esta foi uma ideia muito fixe. Sou capaz de comprar um caderno e aceitar a proposta para mim mesma.

Rita

sexta-feira, novembro 20, 2015

Dia da aprovação da adoção e coadoção por casais gay

Filhos, escrevo-vos do dia 23 de Novembro como se fosse do dia 20. Porque queria mesmo tê-lo feito nesse dia e a preguiça e falta de tempo impediram-me. Portanto, porquê escrever no dia 20 de Novembro de 2015...?
Porque, filhos meus, este foi o dia em que o nosso país aprovou, em plena Assembleia da República, o vosso direito a serem pais, não importa as circunstâncias, as orientações, os caminhos, os rumos das vossas vidas... E esse dia deve ser comemorado... e deixado aqui, para relembrar...
Às futuras famílias que vocês escolham ter, meus filhos. À minha família, à nossa, a todas.
Rita

sábado, novembro 14, 2015

Esquecemo-nos de desejar

... um bom S. Martinho, com muitos magustos deliciosos por aí...!

(desenho do Vasco aos 05 anos, há um ano atrás)

Este ano, para além da sempre grandiosa Festa do Outono da escola (que atualmente se tornou num pré-magusto, tão pré que nem teve direito a castanhas, com grande pena nossa), nós também tivemos um magusto, com amigos e bailaricos na aldeia...
A notar: cá por casa, já todos gostam de castanhas, tendo sido a Alice a destoar e a demorar o seu tempo a ser conquistada. É óbvio que a pequena gostou à primeira dentada...


Rita

domingo, novembro 08, 2015

Crítica literária: As Noivas do Sultão

Na semana que foi lançado ouvi no rádio uma entrevista com a sua autora, Raquel Ochoa, que, confesso, não conhecia. 
Fiquei curiosa. Por se tratar de um romance histórico, pelo qual tenho recentemente algum interesse. Por ser escrito por uma autora portuguesa. Porque partia de um facto real, o de em 1793, depois de Portugal ter perdido a última cidade de Marrocos, numa Lisboa em rescaldo de um dos maiores terramotos seguidos de tsunami da história mundial, ter atracado uma comitiva real marroquina. Fruto de uma tempestade no Atlântico, e de quase naufragarem, as embarcações chegaram primeiro à ilha da Madeira, depois aos Açores onde, com a ajuda de marinheiros experientes foram guiadas para Lisboa. Acontece que a comitiva real marroquina era composta por mulheres! Princesas, concubinas, criadas... E essas mulheres, com hábitos culturais tão diferentes dos da época, vieram alterar as rotinas diplomáticas e até as relações interpessoais.


Li-o durante as férias e confesso que esta opinião devia ter sido escrita logo depois de lido até porque seria, com certeza, muito mais interessante de ler. Mas posso dizer que, como imaginam, gostei até porque nunca aqui escrevi sobre o que não gostei de ler. A sinopse é apenas para tentar incutir alguma curiosidade (e tenho alguma esperança que surta efeito) até porque este livro tem de tudo um pouco; factos reais, mistério, uma pitada de intriga, e até de amor. A sua autora foi uma agradável surpresa e espero em breve ler outras obras dela.
Gostei muito e aconselho.
Ana Cristina

quinta-feira, novembro 05, 2015

terça-feira, novembro 03, 2015

Diferenças de idades, géneros ou personalidades...?

A Alice descobriu a psicóloga da escola. Já sabia que existia, já a conhecia, já tinha falado com ela. Mas desde ontem que terá verdadeiramente interiorizado que podia recorrer a ela. Ontem contou-me como tinha ido com duas colegas falar sobre uma quarta. Hoje contou como tinha ido com três colegas falar sobre uma professora. E como pensava lá ir falar sobre uma outra. E como pensava em ir falar sobre uma outra colega. 
O pai perguntou ao Vasco se ele também se chateava com os amigos, ao que ele confirmou.
- Dizemos coisas parvas um ao outro e pronto, fica resolvido. 
Rita