quinta-feira, junho 20, 2013

Eu também declaro, tal como a Alice Vieira, que sou contra qualquer luta dos trabalhadores!

DECLARACÃO ANTIGREVE:


Eu, .................................................................................................................................................. ,

NIF . ....................................................., Trabalhador/a da empresa................................................. ,

DECLARO:


QUE estou absolutamente contra qualquer coação que limite a minha liberdade de trabalhar.

QUE, por isso, estou contra as greves, piquetes sindicais e qualquertipo de violência que me impeçam a livre deslocação e acesso ao meu posto de trabalho.

QUE por um exercício de coerência com esta postura, e como mostra da minha total rejeição às violações dessas liberdades,

EXIJO:

1 º. QUE me seja retirado o benefício das 8 horas de trabalho diário, dado que este benefício foi obtido por meio de greves, piquetes e violência, e que me seja aplicada a jornada de 15 horas diárias em vigor antes da injusta obtenção deste benefício.

2 º. QUE me seja retirado o benefício dos dias de descanso semanal, dado que este beneficio foi obtido, por meio de greves, piquetes e violência, e que me seja aplicada a obrigação de trabalhar sem descanso de domingo a domingo.

3 º. QUE me seja retirado o benefício das férias, dado que este benefício foi obtido por meio de greves, piquetes e violência, e me seja aplicada a obrigação de trabalhar sem descanso os 365 dias do ano.

4 º. QUE me seja retirado o benefício dos Subsídios de Férias e de Natal, dado que este benefício foi obtido por meio de greves, piquetes e violência, e me seja aplicada a obrigação de receber apenas 12 salários por ano.

5 º. QUE me sejam retirados os benefícios de Licença de Maternidade, Subsídio de Casamento, Subsídio de Funeral dado que estes benefícios foram obtidos por meio de greves, piquetes e violência, e me seja aplicada a obrigação de trabalhar sem usufruir destes direitos.

6 º. QUE me seja retirado o benefício de Baixa Médica por doença, dado que este benefício foi obtido por meio de greves, piquetes e violência, e me seja aplicada a obrigação de trabalhar mesmo que esteja gravemente doente.

7 º. QUE me seja retirado o direito ao Subsídio de Baixa Médica e de Desemprego, dado que estes benefícios foram obtidos por meio de greves, piquetes e violência. Eu pagarei por qualquer assistência médica e pouparei para quando estiver desempregado/a.

8 º. E, em geral, me sejam retirados todos os benefícios obtidos por meio de greves , piquetes e violência que não estejam contemplados por escrito.

9 º. DECLARO, também, que renuncio de maneira expressa, completa e permanente a qualquer beneficio actual ou futuro que se consiga por meio da greve.
 
Alice Vieira

Ao que parece, esta declaração circula nas redes sociais como sendo da autoria da Alice Vieira, a escritora. Não sei se é verdade mas gostava de aqui dizer que, qualquer que seja a sua autoria, subscrevo inteiramente quem a escreveu.

terça-feira, junho 18, 2013

O Bairro da Estrela Polar

O livro que aqui mostro é um dos que entraram na minha biblioteca recentemente e aguardava na prateleira dos "a ler em breve". Levei-o para férias e foi o primeiro a ser lido. 
Em primeiro lugar escolhi-o porque, tenho lido pouco de autores portugueses, que me parece ser uma falha na minha auto-formação como leitora. Deste autor, Francisco Moita Flores não tenho experiência suficiente para emitir uma opinião bem fundamentada. Li apenas Ballet Rose, que foi escrito em parceria com a jornalista Felícia Cabrita. Nessa altura gostei da obra, escrita à laia de pesquisa policial. Deu, mais tarde, mote para uma série televisiva que, na minha opinião não seguindo rigorosamente a história contada pela publicação serviu para começar a alertar para os hábitos sexuais perversos de algumas figuras poderosas (para quem não sabe ballet rose foi um escândalo sexual, penso que nos anos 60, que envolveu gente importante e poderosa do regime e que terminou com a absolvição das pessoas importantes e na condenação de algumas prostitutas. Caiu no esquecimento até que um dia alguém fez a ligação ao caso casa pia...). Resumindo, de Francisco Moita Flores tinha a ideia, muito baseada no conhecimento de algumas séries televisivas mas também porque muitas das suas obras são passadas para o pequeno ecran, que será um bom cronista, com escrita leve e de fácil compreensão, não que os temas sejam leves ou fáceis, mas muito visual e transparente na descrição das personagens e ambientes.

Deste, porque é deste livro que se trata este post posso dizer que gostei. Escrito numa linguagem de leitura fácil, que remete para um ambiente de bairro urbano em Lisboa, onde as personagens principais são à luz da lei criminosos, mas solidários e amigos dos seus amigos. 
"O Bairro da Estrela Polar" lembra-nos as grandes desigualdades sociais, os ambientes familiares pautados pela pobreza económica cultural e social, o narcotráfico e o crime organizado como carreira profissional, a falta de esperança no futuro e o convívio com as armas e ambientes agressivos. Ficamos a simpatizar com as personagens e até acabamos por torcer que os seus esquemas lhes corram bem. 
Do autor fiquei mais ou menos com a ideia que tinha e, para reforçar a minha ideia apercebi-me que em breve este livro vai servir de argumento para uma série televisiva. Aconselho a sua leitura.

O Bairro da Estrela Polar, de Francisco Moita Flores. Edição Casa das Letras - Leya, 2012
ISBN 978-972-46-2127-2
Ana Cristina

segunda-feira, junho 17, 2013

Foi tão bom...

... fazer nada e depois descansar. Foram uns dias descanso, com tempo para quase todos os gostos. Visitámos lugares já conhecidos mas que são sempre bons de voltar, melhores ainda quando têm poucas pessoas de férias. Deu para ler uns livros, que em breve poderei mostrar. Mas as férias, por agora, acabaram e hoje é dia de voltar ao trabalho e à luta.
Ana Cristina

quinta-feira, junho 13, 2013

O nosso Santo António


Cá por casa também houve arraial... decorámos o páteo e partilhámo-lo numa grande sardinhada com os vizinhos, alguns familiares nossos e alguns familiares dos vizinhos... a festa manteve-se até à hora de ir buscar a Alice, que regressava de marchar na Avenida com a escola (promete-se a explicação para outro dia...)...
Como se não tivesse a festa sido suficiente na noite de Santo António, continuámo-la no dia, com os vizinhos e uma nova ementa.
Por cá, as festas de Lisboa ainda estão longe de terminar... planeiam-se mais marchas, um noite de fados e uma noite de Mouraria algures... pelo meio, um sarau de ginástica, o final do ano lectivo, um acantonamento com a turma... Em resumo, muitos afazeres.. e dos bons...
Rita

quarta-feira, junho 12, 2013


Na noite de Santo António
Vamos todos ao arraial
Mas não vamos esquecer
De fazer GREVE GERAL 

No dia 27 de Junho, a não esquecer. Imagem e quadra adoptada daqui.
Ana Cristina

quarta-feira, junho 05, 2013

Eu avisei o S. Pedro, mas ele não ligou nenhuma

O tempo hoje não colaborou nas nossas intenções de ir para a praia. Fomos na mesma porque, teimosos, achámos que, quando a tarde chegasse, o Sol aparecesse por detrás das nuvens. E ainda fizemos umas duas horitas de tempo encoberto mas agradável desde que protegidos do vento. Depois desse tempo viemos corridos com o vento que soprava do lado da aragem, como diz uma amiga, por sinal alentejana e da zona. 
Apesar das previsões não serem animadoras, acredito que amanhã vai melhorar. Ou não fosse eu uma esperançada.
Ana Cristina

terça-feira, junho 04, 2013

Duas primeiras vezes... hoje e ontem

Hoje foi o primeiro dia de praia deste ano. Um bom dia de Sol, na Costa Vicentina colaborou e, a vontade de praia e bom tempo também já era muita. verdade (Dizem que vai piorar mas, como imaginam, ignoro as más notícias até ser obrigada a conviver com elas. Aliás, já fiz saber ao S. Pedro que estou de férias e não trouxe roupa a contar nem com frio nem com chuva.)

Ontem foi a primeira vez, em toda a vida, que pintei as unhas dos pés. Tenho memória de andar a passear na rua com a prima Beca e as amigas e de elas me elogiarem as unhas das mãos pintadas, mas que me lembre nunca pintei nem as das mãos nem as dos pés. Foi ontem, de vermelho, com muita falta de arte mas com o resultado que imaginava. Mostro aqui, para que possam testemunhar a minha proeza.
Ana Cristina