sábado, novembro 25, 2006

"Fácil de entender" ...?

Talvez por não saber falar de cor, imaginei. Talvez por não saber o que será melhor, aproximei. "O meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nós." Sei lá eu o que queres dizer... Despedir-me de ti, adeus um dia voltarei a ser feliz... Talvez por não saber de cor, aproximei... Triste é o virar de costas, o último adeus sabe Deus o que quero dizer. Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou... E se ao menos tudo fosse igual a ti.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, já não sei se sei o que é sentir. Se por falar falei, pensei que se falasse era fácil de entender...
É o amor que chega ao fim, um final assim assim é mais fácil de entender...
The Gift (Nuno Gonçalves)
A minha música do momento, para todos vós...
Rita

quinta-feira, novembro 23, 2006

Seguiu uma encomenda...

Calças de ganga pintadas com jardins floridos são, talvez, das peças que mais nos marcam como Oficinas RANHA. Em tempos tivemos oportunidade de explicar como as flores fizeram parte das primeiras experiências em pincél das Oficinas.
No ano passado pintámos umas calças para a Rita (com dois anos) e outras para a Sara (com oito) que foram um sucesso e que foram as responsáveis pelas da Marta. Agora recebemos uma encomenda para umas calças de adulta, segundo os moldes das últimas (com direito a borboleta e tudo).
O resultado foi este, que também pode ser observado aqui. Mas antes de seguirem tiveram que ser muito bem observadas e aprovadas pelo "Pilas". Fica o registo.
Beijinhos para todas as nossas visitas.
Ana Cristina

quarta-feira, novembro 22, 2006

Cansaços e frustrações

Ando frustrada. De cada vez que acaba o jantar, só tenho vontade de me aninhar no sofá. Sei que até tenho razões plausíveis para andar mais cansada. E sei que os tempos não andam para graças, que se me animasse com os trabalhos e encomendas das Oficinas, distraía-me mais e andava melhor, mais satisfeita. Mas o jantar acaba, aninho-me no sofá, enrolo-me no saco-cama e adormeço pouco tempo depois (em todo o caso, já depois das 23...). Chateia-me isto, a falta de vontade de permanecer acordada a fazer o que gosto.
Vim cá só mesmo para desabafar. Antes de ir para o sofá. Porque já bocejo.
Rita

segunda-feira, novembro 20, 2006

Cinema ao fim de semana


Já li o livro há uns anos, mas recordo-me do prazer com que o fiz, aquele que tenho quando encontro uma história bem imaginada e bem escrita. Ficou-me a noção geral do enredo e o fascínio por encontrar um livro sobre algo que na minha vida é tão importante: o olfacto.
Quando vi o filme anunciado, pensei para mim que iria ser, como são quase todos os adaptados de livros, uma desilusão. Surpreendeu-me pela positiva. Não sei o que pensaria se fosse ler o livro novamente, mas a esta distância da primeira vez que o fiz, pareceu-me uma boa adaptação.
Aconselho-o aqui, para os que quiserem rever a história, passar os olhos por uma boa fotografia, imaginar tempos idos sem a magia higiénica das novelas e séries. Também para os que gostam de um filme sem palavaras demais. E, mais do que tudo, para os que estejam dispostos a analisar a possível metáfora por trás do livro: afinal, "O Perfume" pode não ser mais do que a história do que é capaz de fazer um homem, incapaz de amar e ser amado por circunstâncias da vida, para saber a que correspondem esses sentimentos.
Rita

sexta-feira, novembro 17, 2006

Um Tiago cavaleiro

Apesar da ideia inicial não ser esta, a P. achou que o nosso cavaleiro era "a cara" do seu Tiago. No entanto, como o rapazola em questão, de ruivo não tinha nada, a pintura submeteu-se a cirurgia estética.
Colocado na parede de surpresa, o nosso cavaleiro a brincar surpreendeu o cavaleiro a sério. De risinho nervoso (que, como diz a mãe, é como ele fica quando gosta de algo), disse então que também tinha «um cavalo daqueles», mas de cor diferente. E não achou grande piada à parede atrás... que, por mera casualidade, até «parece a do mano».
O que importou mesmo foi saber que, no geral, tinha gostado.
Rita

terça-feira, novembro 14, 2006

Não, não fugi ...

Eu sei que há muito dias que não venho aqui deixar umas palavras e tenho umas explicações para vos dar.

Em termos pessoais arrumo ideias, preparo espaço na secretária e local para guardar dossiers e apontamentos, para um período de muito estudo e trabalho extra. Iniciei este mês esta nova fase da minha vida, com expectativa e ansiedade.

As Oficinas não têm estado paradas mas a meio gás, com novos projectos e algumas encomendas. Muito pouco tempo para trabalhar e concretizar essas ideias criativas e uma nuvem de desânimo a toldar as nossas mentes não ajudam a sua realização.

Mostro a fotografia de uma das ultimas criações das Oficinas RANHA, um anel feito por encomenda para uma menina que volta para a sua terra. Dentro de uns dias este anel viajará por terras de Sevilha, e passamos fronteiras a caminho de todo o MUNDO
.
A todas as nossas visitas, até breve.
Ana Cristina

sexta-feira, novembro 10, 2006

Afinidades 2


A Fera, agora, foge da Alice. Muito sinceramente, eu também fugiria se tivesse alguém atrás de mim o tempo todo, com olhos de adoração plena, mãos pequeninas mas pesaditas a fazer festas e guinchos de satisfação prontos a qualquer hora.
Não deixa de ser curioso. A Fera, que é um doce com qualquer pessoa, faz jus ao seu nome com os restantes animais. À excepção do Pilas, a filha-gata cá de casa tem um verdadeiro mau feitio com os seus congéneres de quatro patas. E, obviamente, com as crianças pequenas que nos visitam.
A Alice é perfeitamente tolerada e tem direito até a oferecer mimos. No entanto, o comportamento obsessivo dá direito à escalada para locais fora do seu alcance... e fotografias como esta têm carácter raro e digno de exibição.
Rita

quarta-feira, novembro 08, 2006

Coisas cá de casa


Conheci a Margarida Botelho por casualidade e de relance, numa aula de Danças Europeias, em Almada. E qual não foi o meu espanto quando, pouco tempo a seguir, encontro-a com um stand na FIA, rodeada de trabalhos lindos e coloridos...
Este foi o primeiro quadro que comprámos para a nossa casa. E, mais propriamente, para pôr na casa de banho. Sem qualquer desprimor para o quadro; afinal, o problema reside na falta de hábito com que se decora as paredes das casas de banho...
O quadro da Margarida Botelho é lindo, de uma lindeza que têm as coisas que nos fazem sonhar e nos deixam descobrir sempre algo de novo de cada vez que olhamos para elas. Não passa despercebido a ninguém que nos visita, mas merece ser visto por toda a gente.
Rita

O trabalho da autora pode ser visto nas ilustrações de alguns livros infantis, mas infelizmente já não o consigo encontrar em site.

quinta-feira, novembro 02, 2006

O tempo

Hoje reparámos, quando vínhamos a pé do trabalho para irmos buscar a Alice, que já é noite à hora de saída...
Desde que a hora mudou que é manhã quando acordamos mas noite quando voltamos para casa. É estranho este fenómeno... porque, na verdade, temos o mesmo número de horas até nos deitarmos, mas a ilusão de nos terem cortado uma fatia do dia... Em compensação, custa menos acordar com a frincha de luz a entrar pela casa...
O pior mesmo é a chuva, esta irritante chuva que nos faz ter de pensar numa roupa que depois não combina com a temperatura. Porque é que não chega o frio de uma vez...? Eu sempre saberia o que me vestir e à Alice e acabariam de uma vez os atrasos de manhã para ver o tempo no teleponto e decidir só aí, em cima da hora.
Tenho no corpo a saudade da areia da praia e das camisolas de alsas e na cabeça o apetite das golas altas e dos casacos quentinhos... vontade do que se sabe ser uma inevitabilidade...
Rita